Governo desiste de vender tudo e preserva mais 12 estatais

Publicado em: 18/06/2019

Antes com o discurso de vender tudo, a equipe econômica do governo Jair Bolsonaro reviu sua política para estatais e agora vai deixar de privatizar ao menos 12 empresas. O governo constatou as dificuldades ou a inviabilidade financeira de algumas delas. Em outros casos, o problema é a resistência nos ministérios, especialmente no caso das estatais ligadas à Defesa.

Além de Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, o Ministério da Economia inseriu na lista de empresas que não serão vendidas 8 das 18 estatais que dependem de recursos do Tesouro para sobreviver. Entre elas, estão companhias do ramo militar como a Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa). Ligada à Marinha, desenvolve o submarino de propulsão nuclear. O projeto começou em 2012 e deveria ser concluído em 2025 –com o atraso, o término foi adiado para 2029.

Outra a ser mantida é a Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais), criada em 2013. Também ligada à Marinha, gerencia pedidos de embarcações, reparos navais e comercializa bens no setor.

Permanecerá pública também a Indústria de Material Bélico do Brasil, que fabrica e vende produtos de defesa e segurança para clientes como Forças Armadas, polícias e clientes privados.

Contribuíram para a decisão nessa área as diferenças de visão entre militares e equipe econômica sobre as privatizações. As divergências começaram a aparecer já na época da transição de governo, no fim do ano passado.

Representantes do time do ministro da Economia, Paulo Guedes, já falavam que, por eles, seriam colocadas à venda todas as estatais —mas que representantes das Forças Armadas eram contrários.

A diferença já foi exposta por Guedes. “Os nossos militares olham para algumas delas [estatais] com carinho, como filhos, porque foram eles que as criaram. Mas eu digo ‘olha que seus filhos fugiram e hoje estão drogados'”, afirmou em evento sobre privatizações em fevereiro.

A resistência é observada também em outras pastas. Desde o começo do ano, representantes da equipe econômica têm feito reuniões com diferentes ministérios com o objetivo de checar a viabilidade das privatizações.

Encontram resistências dos titulares. Bolsonaro também já se posicionou de forma contrária à venda daquelas consideradas estratégicas para o país. Também será mantida a Embrapa (de pesquisa agropecuária), ligada à Agricultura. A interpretação é que companhias como essa geram um valor que não é apenas medido pelo lucro ou prejuízo.

Há um conjunto de outras empresas consideradas no governo importantes para executar ações ligadas a políticas públicas e que, por isso, serão mantidas neste momento. Estão nesse universo empresas ligadas a hospitais, como a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Grupo Hospitalar Conceição. A CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, também segue estatal.

Procurada, a Secretaria de Desestatização e Desinvestimento informou em nota que a Constituição determina que a exploração direta de atividade econômica pelo Estado “só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo”. “Neste sentido, a manutenção de empresas estatais pela União só se dará se esses critérios forem observados”, afirma o texto.

Hoje, são 134 empresas estatais, sendo que as 18 dependentes do Tesouro demandam cerca de R$ 20 bilhões ao ano. O secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar, defendeu ao tomar posse que estava desenvolvendo um programa com o objetivo de se desfazer de tudo. “Estamos apenas no pré-projeto de um programa para desestatizar tudo. O Estado não deve competir com a iniciativa privada”, disse.

Há três meses, Guedes deu declarações semelhantes ao dizer que, “no final, vai a [privatização da] Petrobras também, vai o Banco do Brasil”. “Tem que ir tudo”, defendeu.

A intenção do ministro é vender as empresas para reduzir o endividamento público. Hoje, o valor das estatais corresponde a 27% da dívida líquida do setor público. Em 2010, a relação chegava a 60%.

O governo ainda estuda o destino de outras empresas. É o caso dos Correios, que já teve a análise sobre a venda liberada por Bolsonaro.

Segundo representantes da equipe econômica, há diferentes compradores potencialmente interessados, principalmente pela capilaridade da companhia no território brasileiro.

Outras estatais podem ter um fim diferente da venda, como a EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Recentemente, o presidente da República afirmou em entrevista que ela será extinta.

Fonte: Folha de S.Paulo

BB Seguros quer vender fatia no IRB em oferta pública: companhia diz que não foi informada

Publicado em: 10/03/2019

O Valor Econômico revela que o Banco do Brasil definiu que quer vender sua participação na resseguradora IRB, detida pela controlada BB Seguros.. Conforme três fontes com conhecimento do assunto, a forma de preferência da administração do BB para a operação é uma oferta subsequente de ações (“follow-on”), tal como fez a Caixa em fevereiro para vender as ações detidas pelo fundo Fgeduc. No caso do BB, no entanto, o processo será um pouco mais complexo, já que as ações estão vinculadas ao acordo de acionistas.

“A BB Seguros tem interesse em vender as ações que possui do IRB porque quer se concentrar em seu negócio principal, que é comercializar seguros pelo canal bancário, de forma direta ou em parceria com outras seguradoras”, disse uma fonte ligada à instituição. “No entanto, não há pressa para que a operação aconteça.”

Na cotação atual, a fatia do BB no IRB vale R$ 4,21 bilhões. Da posição de 15,2% detida pelo BB, 13,5% estão vinculadas ao acordo de acionistas. A BB Seguros tem preferência de compra em caso de venda das ações detidas pela União, conforme esse acordo. Já na alienação das ações da BB Seguros, a ordem de preferência é da União, seguida do FIP Barcelona e, em terceiro, Itaú e Bradesco Seguros. União e FIP Barcelona, pela política governamental atual, não exerceriam esse direito.

“As ações da Caixa não estavam vinculadas ao acordo de acionistas, por isso a operação da BB Seguros vai demorar mais tempo”, reforçou uma fonte com conhecimento das discussões. Conforme esse executivo, a saída da BB Seguros pode abrir caminho para transformar a resseguradora em uma corporação, ou seja, uma empresa sem controlador definido, caso não haja exercício da opção de compra do bloco.

“A União precisa aprovar a operação da BB Seguros porque tem uma ‘golden share’ em que pode vetar alterações no controle do IRB. Mas é possível virar corporation e manter a golden share, como era o caso de Embraer”, complementa outra fonte.

Um executivo de banco pondera que, para os acionistas privados, não é interessante ficar com cerca de 30% de uma companhia em que o governo tem o poder de veto para questões estratégicas. “Por isso o caminho passaria pela revisão do acordo para pulverização de ações ou mesmo para entrada de um novo acionista na composição do bloco”, explica esse executivo.

As ofertas de saída dos acionistas do IRB — a feita pela Caixa e a expectativa da operação da BB Seguros — têm pressionado as ações no mercado futuro. O excesso de liquidez gerado por essas vendas, conhecido como “overhang”, faz com que investidores se posicionem na ponta vendida, ou seja, esperando a queda do papel.

Dados compilados pela Eleven Financial Research mostram que a demanda pela posição vendida em ações do IRB começou a subir mais fortemente em meados de janeiro, alcançando o maior patamar em oito meses. “Quando se anuncia uma oferta, o mercado já penaliza a ação, tentando entrar no papel num preço mais barato”, diz Carlos Daltozo, analista da Eleven Financial Research. A taxa de aluguel das ações, que estava próxima de 2% no início do ano, supera 10% e está entre as maiores da bolsa, segundo os dados do último dia de fevereiro.

Além da análise especulativa de liquidez, alguns investidores começaram a ponderar se a ação já não subiu bastante e se aproximou de suas máximas. O IRB fez sua listagem em bolsa em 2017 com a ação a R$ 27,24 e o followon da fatia do Fgeduc saiu a R$ 91.

IRB esclarece notícia sobre venda de ações

O IRB-Brasil Resseguros (IRBR3), por sua vez, prestou esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários após a notícia do Valor Econômico sob o título: “BB Seguros quer vender fatia no IRB em oferta pública ”.

A companhia esclareceu nesta quinta, 7, após o pregão, que não foi informada, por qualquer meio, acerca da intenção do seu acionista BB Seguros Participações (BB Seguros) em se desfazer total ou parcialmente das ações.

“A companhia informa que inquiriu o BB Seguros sobre o tema e este informou também não ter havido qualquer deliberação por parte do BB Seguros no sentido da venda de sua participação no capital desta companhia.

Já a BB Seguridade (BBSE3) divulgou um comunicado ao mercado. “Diferente do que afirma a matéria, não foi tomada qualquer decisão por parte dos órgãos de administração da BB Seguridade sobre a venda de participação acionária no capital do IRB Brasil-RE”, afirmou a empresa.

A BB Seguridade ressaltou que o acionista controlador, o Banco do Brasil, ao ser inquirido sobre o tema, informou que não há, no âmbito daquela instituição, qualquer deliberação no sentido de orientar a BB Seguridade “a proceder à alienação da participação acionária em questão”.

Segundo o Valor, o Banco do Brasil (BBAS3) definiu que quer vender sua participação na resseguradora IRB, detida pela controlada BB Seguros.

De acordo com o jornal, conforme três fontes com conhecimento do assunto, a forma de preferência da administração do BB para a operação é uma oferta subsequente de ações (“follow-on”).

Fonte: Sindisegsp

Caixa planeja vender 4 ativos nos próximos 12 meses, diz presidente do banco

Publicado em: 06/02/2019

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, declarou nesta quarta-feira (30) que pretende vender pelo menos quatro ativos do banco nos próximos 12 meses, dois deles ainda este ano.

O primeiro deve ser a participação no negócio de loterias, cuja operação está mais avançada. Os outros três são as subsidiárias que operam seguros, cartões e gestão de recursos (asset management).

Durante evento do banco Credit Suisse, em São Paulo, Guimarães disse que não pretende vender 100% da participação da Caixa nestes ativos. Ele defendeu que a melhor forma de realizar a venda é via mercado de capitais, seja por meio de IPOs (abertura de capital na bolsa) ou follow on (oferta de ações).

Pagamento de dívidas

A Caixa é uma estatal 100% pública, diferentemente da Petrobras e Banco do Brasil, que negociam ações na bolsa. A venda de suas subsidiárias possibilitaria levantar recursos para pagar uma dívida de R$ 40 bilhões do banco com a União.

“Penso em fazer um IPO menor. Não vou querer fazer uma operação gigante na bolsa e depois colocar o preço lá embaixo”, disse Guimarães.

Segundo o executivo, a intenção do banco é abrir capital dos ativos não somente na B3, mas também no exterior. “É muito importante para a governança da Caixa que ela seja listada na bolsa de Nova York”, afirmou o presidente do banco.

Ele também declarou que pretende recorrer a mecanismos para atrair pessoas físicas nos IPOs, como uma classe diferenciada para este tipo de investidor. “Temos que atrair o varejo. E que as pessoas possam dizer que compraram uma ação da Caixa”.

Sobre uma possível abertura de capital da própria Caixa Econômica no futuro, Guimarães afirmou que este assunto está fora de discussão e não cabe a ele decidir.

Crédito imobiliário

Sobre a intenção de securitizar as operações de crédito imobiliário, o presidente do banco disse que a meta de R$ 100 bilhões será alcançada em quatro anos com folga. A securitização é uma prática que consiste em agrupar os ativos imobiliários e converte-los em títulos para depois negocia-los no mercado de capitais.

“Eu posso reduzir a carteira de crédito com a securitização e continuar a ser original”, disse Guimarães.

Na parte de produtos, outro objetivo será implantar o segmento de cartão consignado. Segundo Guimarães, a ideia é reforçar a venda do produto nas lotéricas, para alcançar regiões do Brasil sem agências.

Mercado de capitais e seguros

A estratégia de securitizar o crédito faz parte da meta de ampliar a atuação da Caixa no mercado de capitais, explicou Guimarães. Segundo ele, o banco passará a negociar mais produtos financeiros, como fundos imobiliários, letras de crédito imobiliário (LCI) e letras imobiliária garantida (LIG). Também está no radar do banco emitir uma debênture.

A parte de seguros, que hoje é menor que a operação do Banco do Brasil, também será reforçada, além das operações de microcrédito, voltadas para pequenas empresas.

Fonte: Portal G1

Governo estuda vender R$ 10 bi em crédito da Caixa para o BNDES

Publicado em: 19/10/2017

O governo está negociando uma operação para socorrer a Caixa Econômica e evitar que o Tesouro Nacional seja obrigado a fazer um aporte de recursos na instituição, para que ela não descumpra regras internacionais de proteção a crises. Uma das alternativas é que a Caixa venda para o BNDES até R$ 10 bilhões em créditos de risco – dívidas que são mais difíceis de se recuperar. Em troca, o BNDES ficaria com a gestão do FI-FGTS, o fundo de investimentos que usa parte dos recursos do fundo de garantia para aplicar em infraestrutura.

Outra opção em estudo é repassar toda a carteira de infraestrutura da Caixa, incluindo o FI-FGTS, para o BNDES. Nessa troca de ativos, o BNDES cederia parte de seu caixa como contrapartida. Seria uma operação mais ampla de reestruturação dos dois bancos públicos. Essa saída é considerada pelo BNDES mais viável do ponto de vista econômico e jurídico, mas deve enfrentar forte resistência política.

A Caixa está pressionada porque o Tesouro já avisou que não tem como tirar dinheiro do Orçamento para capitalizar o banco por causa da delicada situação fiscal do governo. Ao mesmo tempo, o Banco Central cobra o cumprimento das novas exigências firmadas no acordo de Basileia 3.

O índice de Basileia mostra quanto de capital dos sócios o banco deve ter em relação aos recursos emprestados. No caso da Caixa, a única sócia é a União.

As normas brasileiras exigem que para cada R$ 100 emprestados os bancos tenham R$ 11 de capital dos sócios. Em agosto, o índice do banco foi de 14,85%. O BNDES fechou junho com índice de Basileia de 22,75%.

No entanto, novas regras globais, mais restritas, estão a caminho. A norma batizada de Basileia 3, criada após a crise financeira de 2008, aumenta gradativamente o porcentual de capital que os acionistas dos bancos são obrigados a ter para fazer frente aos riscos, o que se mostra uma dificuldade para a Caixa. O BNDES, por sua vez, tem indicadores bem mais confortáveis e por isso foi acionado.

De acordo com uma fonte, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, bateu à porta do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para pedir um aporte simples de recursos, o que já foi descartado pela equipe econômica.

A secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, também é presidente do Conselho de Administração da Caixa. O entendimento é que a Caixa ainda trabalha com o “chip” do governo Dilma Rousseff, esperando uma nova capitalização federal.

No momento, a equipe econômica estuda editar uma lei para dar segurança à operação de socorro à Caixa.

O BC disse que não faz comentários individuais sobre instituições financeiras. O Ministério da Fazenda não quis se manifestar. BNDES não respondeu. A Caixa afirma que trabalha com outras estratégias para cumprir as exigências de capital.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame

Governo planeja anunciar privatização da Caixa no fim do ano

Publicado em: 11/10/2017

O governo Michel Temer estuda incluir a Caixa Econômica Federal (CEF) no pacote de privatizações que já têm Eletrobras, Infraero e Casa da Moeda, entre outras. A informação é do portal especializado em economia Relatório Reservado, que publica uma newsletter diária encaminhada a agentes do mercado financeiro.

Segundo o site, o anúncio oficial deverá ser feito no final do ano, depois da privatização da Eletrobras, junto com outras medidas de reestruturação da máquina pública, além do anúncio de que o programa Bolsa Família será incluído na Constituição Federal. Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria da Caixa não confirmou e nem negou a informação, embora estivesse a par do assunto.

Segundo o Relatório Reservado, a responsabilidade pelo desenho da privatização está nas mãos do presidente da Caixa, Gilberto Occhi. Não fica claro, porém, se a empresa estatal seria vendida em sua totalidade ou apenas uma parte.

De acordo com a reportagem, a “venda da CEFé uma das raras operações capazes de gerar os recursos extraordinários para o equilíbrio das contas públicas, em 2018, um ano em que os calendários fiscal e eleitoral se entrechocam”. O governo vive uma fase de desajuste das contas públicas – o déficit primário deste ano deve chegar a R$ 159 bilhões, mesmo valor previsto para 2018 – e qualquer incremento de receita nesse cenário é mais do que bem vindo.

Um negócios das arábias

Se ocorrer, a privatização da Caixa envolveria número superlativos. O banco estatal tem um patrimônio líquido de R$ 63,6 bilhões e ativos totais na ordem de R$ 1,277 trilhão. No primeiro semestre deste ano, a CEF teve um lucro líquido de R$ 4,073 bilhões, segundo o Banco Central.

O resultado do primeiro semestre é bem superior ao lucro de R$ 2,4 bilhões nos seis primeiros meses do ano passado. Já no primeiro trimestre deste ano, a Caixa havia informado um lucro líquido 81,8% maior em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 1,488 bilhão. A Caixa tem cerca de 80 milhões de clientes e 95 mil funcionários. O Grupo Caixa conta com duas subsidiárias: a Caixa Participações e a Caixa Seguridade.

Além da liderança absoluta na concessão de crédito habitacional no país, a Caixa é responsável pelo pagamento de bilhões de reais em benefícios e programas sociais aos brasileiros – só em 2016 foram pagos R$ 242,1 bilhões. Mais de 355 mil cidadãos recebem no banco o programa Minha Casa Minha Vida, num total de R$ 41,4 bilhões pagos.

A expectativa do governo, segundo o Relatório Reservado, é atrair investidores estrangeiros com a privatização da Caixa, possivelmente chineses.

“Um assunto por vez”

Indagado sobre uma possível privatização da caixa em agosto pelo jornal Valor Econômico, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, desconversou. “Tem que ser tratado um assunto por vez”, disse, por ocasião do lançamento da 17.ª edição do anuário Valor 1000. “A privatização da Eletrobras é histórica, e acho que não é o momento de discutir outras privatizações. No geral, a minha opinião é favorável a privatizações, mas o país tem que estar preparado para essas ações”, afirmou o ministro.

O governo já mostrou disposição publicamente de vender o braço de seguros do banco, a Caixa Seguridade, mas o processo até agora não avançou. O processo mais avançado é a venda da Lotex, a rede de loteria instantânea do banco público, prevista para ocorrer neste ano.

A informação, reproduzida na intranet do Banco do Brasil, caiu como uma bomba entre os bancários. “Isso não trará nenhum benefício para o Brasil e a população”, destaca a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva. “Não podemos aceitar essa lógica de privatização. Não podem fazer isso sem passar pelo Congresso Nacional e chamo todos os brasileiros a resistirem e defenderem a Caixa como empresa pública”, disse.

Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria de comunicação da Caixa informou que já estava a par da notícia e disse que encaminharia uma nota oficial sobre o assunto. Mas, depois, em um segundo contato, informou que a questão seria respondida assim que fosse possível.

Fonte: Gazeta do Povo