TST mantém multa aplicada por auditor fiscal ao BB por terceirização

Publicado em: 28/06/2018

A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho considerou válido auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho por terceirização ilícita no Banco do Brasil S. A. Segundo a decisão, não houve invasão da competência da Justiça do Trabalho na declaração de existência de vínculo de emprego feita pelo auditor, porque é sua atribuição verificar o cumprimento das normas trabalhistas.

A autuação diz respeito a prestadores de serviço da Probank S. A. contratados pelo Banco do Brasil para o processamento de envelopes de depósito bancário de terminais de autoatendimento em Belo Horizonte (MG). Diante da ausência de registro desses trabalhadores, a fiscalização do trabalho aplicou multa de R$ 86 mil ao BB.

Em ação anulatória, o banco sustentou que não poderia ter registro de pessoas que não eram seus empregados. A União, por sua vez, defendeu a licitude da autuação, afirmando que os serviços prestados seriam essenciais à dinâmica do banco.

Como o auto de infração foi considerado válido pela Terceira Turma do TST, o banco interpôs embargos à SDI-1, sustentando a licitude da terceirização. Segundo o BB, sendo integrante da administração pública indireta, a contratação desses trabalhadores exigiria aprovação em concurso público.

O relator, ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, observou que a Lei 10.593/2002, que dispõe sobre a carreira de auditor, prevê, entre as suas funções, a verificação dos registros e do correto recolhimento do FGTS, com vistas a reduzir os índices de informalidade. Tal atribuição, segundo o ministro, reforça o disposto no artigo 41 da CLT, que exige o registro de empregados, e no artigo 47, que prevê multa para o empregador que não observar a exigência.

“Não se pode entender que a atuação do auditor fiscal se limite à análise da regularidade formal da documentação dos empregadores”, assinalou. “Constitui sua atribuição também a verificação do cumprimento das normas trabalhistas, devendo, portanto, valorar a existência ou não de relação de emprego quanto a trabalhadores que prestam serviços mediante terceirização”.

No entendimento do relator, a natureza jurídica do Banco do Brasil não o torna imune às sanções da lei, apesar da impossibilidade de regularização dos trabalhadores sem o prévio concurso público. “Esse fator impeditivo não pode respaldar pretensa anulação do auto de infração”, concluiu.

Por maioria, a SDI-1 negou provimento ao recurso do banco. Ficaram vencidos o ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho e a ministra Maria Cristina Peduzzi.

Processo: 2320-40.2012.5.03.0019

Fonte: Jornal Jurídico

Terceirização do setor de TI no BB avança

Publicado em: 26/10/2017

O processo de terceirização do setor de tecnologia do BB caminha a passos largos para a sua total terceirização. Feita pela empresa Falconi, que tem como membro do Conselho Administrativo na empresa nada menos do que Moreira Sales, presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco e também Presidente do Conselho Diretor da Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban).

Como este Diário vem noticiando sistematicamente, o governo do golpistas Michel Temer prepara a privatização dos bancos públicos para entregar nas mãos dos banqueiros parasitas nacionais e internacionais.

Recentemente, a direção da Caixa Econômica Federal anunciou que modificará o seu estatuto com vista transformar o banco em uma empresa de sociedade anônima e pavimentar o caminho para a privatização.

Os bancos estatuais, que sobraram da famigerada era FHC, tais como Banrisul, Banco Regional de Brasília, Banestes, etc. estão na mira dos governos estatuais como moeda de troca com o governo para saldar parte das dívidas dos Estados, o Banco do Nordeste, que exerce uma função social nos Estados mais pobres da Federação, está passando por um processo de reestruturação que visa a sua privatização.

No Banco do Brasil o processo de reestruturação vai a todo o vapor através do enxugamento funcional (após o golpe que derrubou o governo legitimamente eleito já foram colocados no olho da rua mais de 9 mil trabalhadores) e o sucateamento da empresa com o fechamento de centenas de agências no país, e até fora dele como nos casos de Portugal, França, Venezuela, etc., falta de pessoal, etc., com a finalidade de liquidação do banco como empresa pública de fomento para o desenvolvimento do país e entregar para os capitalistas em crise um patrimônio do povo brasileiro com mais de R$ 1 trihão em ativos.

E é neste sentido que caminha, a passos largos, o processo que visa, através da terceirização, de entregar para empresas privadas o setor de tecnologia do banco. A TI do banco é um setor estratégico para o banco. Foi colocado nas mãos de uma Consultoria comandada por Moreira Sales, homem do Itaú. São várias as denúncias de trabalhadores bancários naquele setor estão fazendo em relação ao processo de entrega do setor de TI.

É necessário organizar os bancários do Banco do Brasil com os demais trabalhadores bancários, com as organizações dos trabalhadores da cidade e do campo com o objetivo de barrar o golpe através da anulação da frande do impeachment de derrubou um governo eleito democraticamente com mais de 54,5 milhões de votos, e todas as medidas executadas pelo governo golpistas de liquidação dos direitos e conquistas dos trabalhadores.

Fonte: Diário Online