Banco do Brasil defende política de dividendos e meritocracia para sucessão

Publicado em: 16/11/2022

Executivos do Banco do Brasil defenderam nesta quinta-feira sua política de remuneração a acionistas e o uso da “meritocracia” para definir a sucessão no comando, na esteira de resultados trimestrais surpreendentemente fortes.

“Consideramos que o atual nível de remuneração a acionistas (40% do lucro) é adequada”, disse em teleconferência com jornalistas o vice-presidente de finanças e de relações com investidores do banco, José Ricardo Forni.

O BB divulgou na véspera que teve no terceiro trimestre lucro ajustado de R$ 8,36 bilhões, alta de 62,7% sobre um ano antes e acima da previsão média de analistas. O desempenho veio na contramão de bancos privados, como Bradesco e Santander Brasil, que tiveram lucros menores.

Segundo Forni, a definição sobre qual percentual do lucro será distribuído em 2023 deve ser divulgada entre o mês que vem e janeiro do próximo ano.

Fonte: Forbes

 

Em meio à sucessão, diretoria do Banco do Brasil define estratégia para 2021

Publicado em: 14/08/2020

A alta cúpula do Banco do Brasil esteve reunida entre os dias 9 e 10 de agosto para definir a estratégia da instituição para o próximo ano. Faltou somente uma pessoa no debate: André Brandão. Atualmente no HSBC, ele substituirá o economista Rubem Novaes no comando do BB. O encontro se tornou comum na agenda da instituição e abre a pauta do planejamento para o exercício seguinte. No ano passado, também ocorreu em agosto.

Internamente, o presidente do Conselho de Administração do BB, Helio Magalhães, que é quem dá as cartas, defendeu a importância da realização do evento. Assim, André Brandão já chega com a pauta estratégica do banco encaminhada, mas ainda a tempo de participar do debate, que só termina no fim do ano. Fora que é preciso seguir com a governança do BB. Por outro lado, soa estranho definir a direção da instituição sem o principal executivo presente.

Panos quentes

Em meio a burburinhos quanto à demora da oficialização de Brandão para presidir o BB, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tratou de acalmar os ânimos. Disse essa semana que o executivo está confirmado no cargo, mas precisa de uns dias para se desvincular da sua função atual. Como atualmente mora nos Estados Unidos, ele pode demorar até 40 dias para assumir o BB.

Nada é certo

Enquanto isso, Novaes diz que fica. Até mesmo porque uma nomeação só está certa quando publicada no Diário Oficial da União (DOU), disse ele, ontem. Às vezes, nem assim, alfinetou o economista.

Por falar nisso…

A presença de Novaes foi cobrada na teleconferência de resultados do BB com analistas e investidores hoje – embora ele nunca tenha participado. O motivo foram as falas do executivo sobre a estratégia de desinvestimentos do banco, principalmente quanto à Cielo, da qual é sócio com o Bradesco. Novaes sinalizou que negócios podem ser ?destrinchados? a depender do interesse de cada sócio. Ele já havia falado sobre o tema em outras oportunidades, mas o mercado se animou.

Não é tão simples

As ações da Cielo subiram e chegaram a entrar em leilão no pregão de ontem. O mercado parece que ainda não entendeu – ou parte dele – que desatar os “elos” entre BB e Bradesco não é tão fácil assim. E a Cielo é a principal pedra no caminho. Hoje, a ficha parece que caiu e as ações voltaram ao território negativo. No entanto, a venda ou abertura de capital da bandeira de cartões Elo, antecipada essa semana pela Coluna, poderia se materializar mais rapidamente.

Com a palavra

Procurado, o Banco do Brasil “informa que inicia anualmente, em agosto, a revisão do Planejamento Estratégico com participação de membros dos conselhos de Administração e Diretor. O evento de hoje marca o início do processo que se estende até novembro”.

Fonte: Estadão