BB lança nova estratégia para franquias

Publicado em: 14/06/2017

Hoje, são 94 agências Empresas, especializadas em MPE, em todo o país. Nelas, o BB contará com funcionários especialistas em franquias

O Banco do Brasil apresenta nova estratégia de atuação tanto com franqueadores, como com micro e pequenos empresas (MPE) franqueadas. O objetivo é gerar negócios e se posicionar estrategicamente junto a um setor de menor risco, com alto potencial de crescimento em médio e longo prazo.

Atualmente, o Banco conta com 41 grandes marcas conveniadas e mais de 3 mil unidades franqueadas correntistas. No país, este segmento de franquias tem um faturamento de mais de R$ 150 bilhões e gera cerca de 1,2 milhões de empregos. “Por conta das reformas que o País tem verificado na economia e pela característica empreendedora do povo brasileiro, inclusive fora dos grandes centros, a nova estratégia nos posiciona como grandes parceiros de um setor fundamental para geração de empregos e movimento da economia”, avalia o vice-presidente de Distribuição de Varejo e Gestão de Pessoas, Walter Malieni.

O Banco aposta na prestação de atendimento especializado e na parceria com franqueadores, como alavanca de negócios com MPE, ao passo em que esse tipo de estratégia ainda contribui para diluir os riscos do Banco.

BB: especialista em MPE e em franquias
Hoje, o BB conta com 94 agências Empresas, especializadas em MPE, distribuídas em todo o país. Nelas, o BB contará com funcionários especialistas em franquias. O Banco espera chegar a 120 agências deste tipo até o fim do ano. Em cada uma delas, haverá carteiras especializadas tanto em franquias, como também existirão especialistas em setores específicos de franquias, como o setor de calçados, o setor de alimentos, e assim por diante. “Outro diferencial do Banco será o atendimento especializado também via Central de Atendimento, por telefone, com nossa base que fica no Paraná e que funcionará como uma verdadeira ‘central de negócios’, prestando consultoria aos grandes e os micro e pequenos empresários. O Atendimento se dará aos clientes de todo o País, assim como também às agências para suporte ao atendimento aos micro e pequenos empresários do setor”, completa Malieni. O Banco também está reformulando seu portal voltado aos empresário do setor (http://bb.com.br/franquia).

O cliente contará com atendimento qualificado, pelo canal que quiser: pessoalmente nas agências, por telefone, com a Central, ou em meios digitais. A partir de parcerias com as grandes empresas franqueadoras, o portal também poderá ser integrado aos sites dessas empresas, para apoio aos franqueados também por este canal. A integração ajuda na estratégia com banco de dados dos franqueadores para aprimorar as ofertas de benefícios aos empresários. Via e-mail marketing, serão enviadas ofertas em conjunto com as redes franqueadoras, com a divulgação da parceria e dos benefícios.

Em resumo, o Banco terá como estratégia o atendimento com gerentes de relacionamento especializados no mercado de franquias nas 94 agências Empresas existentes atualmente em todo país. Além disso, ainda contará com uma “Central de Negócios Franquias” por telefone, como canal exclusivo dedicado a atender os franqueados das redes conveniadas, além de prestar consultoria aos franqueadores em horário de atendimento das 8h às 18h.

Parceria com franqueadores dilui risco e alavanca negócios em escala
O BB atua em todos os segmentos de mercado no país e vê, no franchising, potencial para crescimento com menor risco, uma vez que a taxa de mortalidade das franquias é menor do que nas MPE. Além disso, o Banco se diferencia da concorrência por estar presente também fora dos grandes centros. Considerando este cenário, a parceria com as empresas franqueadoras ainda traz a possibilidade de “transferência” de benefícios aos franqueados.

Antônio Maurício Maurano, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, explica que os convênios podem fomentar a economia em escala. “Esses convênios com grandes grupos carregam potencial de diluir risco das operações com os franqueados, além de possibilitar que os benefícios do BB aos franqueadores sejam replicados também aos micro e pequenos empresários, com a redução de custos de produtos e serviços”, conta.

Os processos serão simplificados, com análise de crédito diferenciada, que agilizará as contratações das operações, além do acompanhamento ao cliente desde a abertura da conta à liberação do crédito. Além disso, o Banco conta com produtos e serviços com condições atraentes aos empresários do segmento.

Atendimento Especializado
Atendimento em 94 Agências Empresa, especializadas em MPE. Até o final do ano, serão 120 agências deste tipo.
Gerentes de Relacionamento especializados no mercado de franquias
Carteiras formadas por empresas das redes franqueadas

Central de Negócios Franquias
Canal exclusivo dedicado a atender os franqueados das redes conveniadas, além de prestar consultoria aos franqueadores
Horário de Atendimento ampliado: de 8h às 18h

Principais linhas de crédito disponíveis

Proger Urbano Empresarial
– Finalidade: reforma, modernização e aquisição de bens
– Taxa de juros: 0,93% a.m. (TJLP + 4,5% a.a. – com vinculação do FAMPE)
– Prazo: até 72 meses com carência de até 12 meses
– Público-alvo: empresas com faturamento bruto anual de até R$ 10 milhões

Proger Urbano Capital de Giro
– Finalidade: aquisição de matéria prima, pagamento de fornecedores e tributos ou aproveitar oportunidade de negócios
– Taxa de juros: 1,56% a.m. (TJLP + 12% a.a.)
– Prazo: até 24 meses com carência de até 06 meses
– Público-alvo: empresas com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões

BB Capital de Giro Mix Pasep – linha exclusiva do BB
– Finalidade: aquisição de matéria prima, pagamento de fornecedores e tributos ou aproveitar oportunidade de negócios
– Taxa de juros: 1,89% a.m. + TR
– Prazo: 24 parcelas mensais e consecutivas

Antecipação de Crédito ao Lojista – ACL
– Finalidade: antecipação do valor das vendas com cartões de crédito
– Taxa de juros: 1,80% a.m.
– O cliente pode liberar crédito por meio dos caixas eletrônicos, Gerenciador Financeiro e Mobile
– E pode autorizar a liberação automática do valor das vendas

Principais serviços disponíveis

Pacote de Serviço PJ – Recebíveis
– Tarifa única com diversos benefícios e franquias
– Isenção de aluguel da máquina Cielo

Cobrança Segmentada
– Cobrança específica para o mercado de franquias
– Sem cobrança de registro
– Valor de liquidação a partir de R$ 1,99

Simplificação de processos
– Análise de crédito diferenciada
– Agilidade nas contratações das operações
– Acompanhamento ao cliente desde a abertura da conta à liberação do crédito

E-mail Marketing
– Envio de ofertas, via e-mail marketing, em conjunto com as redes franqueadoras
– Divulgação da parceria e dos benefícios

Customização de soluções
– Possibilidade de customizar soluções em Afiliação Cielo, Seguridade e Previdência
– Condições diferenciadas para as redes conveniadas

Bancos indicam que reação do crédito deve ser comedida

Publicado em: 02/12/2016

O balanço consolidado dos nove primeiros meses do ano dos cinco maiores bancos é um bom retrato de onde o crédito empacou e por quais motivos. Ele sinaliza ainda que a retomada das concessões de recursos será comedida e lenta, confirmando a avaliação de que o crédito não será o motor da recuperação econômica, como foi em outros anos.

Os dados divulgados pelo Banco Central (BC) já indicavam a queda do crédito nos nove primeiros meses deste ano na comparação com igual período de 2015. No fim de setembro, a carteira consolidada de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3,1 trilhões, 1,7% abaixo do mesmo mês no ano passado, mais do que o dobro da queda de 0,6% em 12 meses acumulada em agosto. Neste século, nem mesmo durante a crise internacional de 2007, o crédito chegou a encolher em termos nominais. No ano passado, já em recessão, a carteira consolidada cresceu 6,6%, sendo 3,7% nas operações com recursos livres, sem influência das políticas expansionistas do governo.

Nos cinco maiores bancos, que concentram 87% do crédito total, a situação está pior do que a média aferida pelo BC. A carteira consolidada desse pelotão de elite somava R$ 2,7 trilhões em setembro, 6,9% abaixo dos R$ 2,9 trilhões de um ano antes. Do grupo, apenas a Caixa registrou aumento da carteira de crédito no período analisado, de módicos 5%. Nos demais bancos, a queda variou de 6,3% no Santander, 6,8% no Bradesco (sem o HSBC), 6,9% no Banco do Brasil até 11,5% no Itaú Unibanco (sem o Corpbanca). O Banco do Brasil já prevê que o ano vai fechar com um recuo que pode chegar a 9%, em contraste com a expectativa anterior que ia de um ligeiro aumento de 1% da carteira a uma contração de 2%.

A justificativa apresentada pelos bancos para o pé no freio do crédito foi uníssona: a inadimplência elevada e o recuo da demanda, consequências do cenário desfavorável. De fato, a inadimplência cresceu nesses bancos em linha com a média do sistema, que registrou aumento de 3,1% em setembro de 2015 nos atrasos acima de 90 dias, para 3,7% em setembro passado. Apenas o Bradesco extrapolou a média, chegando a 5,2%. As dificuldades foram registradas entre as grandes empresas e também as pessoas físicas.

Por precaução, os bancos estão se concentrando nas linhas mais seguras. O Bradesco foca o crédito consignado e o imobiliário, com garantias reais; o Itaú, no consignado e no cartão de crédito. Na Caixa, onde a inadimplência é baixa, predomina o financiamento imobiliário. Mais do que isso, porém, os bancos elevaram os spreads, mesmo com a expectativa de corte da taxa básica de juros. O levantamento do Banco Central mostra que a taxa média do crédito com recursos livres estava em 53,4% em setembro, com aumento de 7,2 pontos em 12 meses, período em que o spread subiu quase 5 pontos. Essa postura defensiva contribuiu para amortecer a queda dos lucros dos bancos, que ainda assim foi de significativos 27,1% na média dos cinco maiores bancos.

Há o sentimento de que o pior ficou para trás. Os atrasos entre 15 e 90 dias, considerados indicadores antecedentes da inadimplência, mostram, melhoria em algumas instituições. Mas nem todos estão otimistas. O Bradesco prevê que a inadimplência pode subir um pouco mais neste último trimestre do ano, para estabilizar ao longo de 2017. O Banco do Brasil espera o pico da inadimplência em 2017. O Itaú prevê o crescimento moderado do crédito em 2017, em consonância com uma redução do risco. O Bradesco arrisca a previsão de que o crédito vai crescer 5% no próximo ano, praticamente empatando com a inflação projetada para o período em 4,93% pela pesquisa Focus. Como disse o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, “estamos no fundo do poço, mas o pior já passou. Deixamos de piorar. Os indicadores de confiança sinalizam a retomada e certamente teremos um ambiente mais auspicioso para o setor bancário”.

No entanto, o próprio endividamento elevado de empresas e famílias emperra a retomada do crédito e a capacidade de recuperação da economia. Além disso, a capacidade ociosa das empresas reduz também a demanda por crédito. Números do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que a dívida do setor privado saltou de quase 41% do PIB em 2008 para 68,5% do PIB em 2015, levando em conta famílias e empresas não financeiras (Valor 9/11).

Fonte: http://www.valor.com.br/opiniao/4776975/bancos-indicam-que-reacao-do-credito-deve-ser-comedida