Petrobras confirma executivo do BB para diretoria financeira

Publicado em: 01/07/2024

A Petrobras confirmou nesta sexta-feira, 28 de junho, a eleição de três novos diretores. Fernando Sabbi Melgarejo vai para a diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores. A diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação será ocupada por Renata Faria Rodrigues Baruzzi Lopes; e a diretoria de Exploração e Produção, por Sylvia Maria Couto dos Anjos.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa ainda que as indicações foram submetidas aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da companhia.

Segundo a estatal, as diretoras executivas Renata Baruzzi e Sylvia dos Anjos tomaram posse nesta sexta, e Melgarejo, a partir do dia 15, data em que estará concluído seu processo de aposentadoria no Banco do Brasil.

Melgarejo é formado em ciências econômica pela União Educacional de Brasília (UNEB), pós-graduado em negócios internacionais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e com mestrado em economia de empresas na Universidade Católica de Brasília (UCB).

O executivo tem 37 anos no conglomerado Banco do Brasil, dos quais dedicou cerca de 30 anos à área financeira, onde foi gerente executivo na Diretoria de Finanças e Relações com Investidores do Banco do Brasil na área de Estruturação e Análise Financeira. É diretor de Participações da Previ desde 2022, onde foi também o administrador estatutário tecnicamente qualificado (AETQ) em 2023. É atualmente conselheiro de administração e integra o Comitê de Auditoria da Neoenergia, presidente do conselho de administração do Grupo Litel e Conselheiro Curador da Fundação Banco do Brasil.

Renata Baruzzi é formada em matemática pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com especialização em gestão estratégica de tecnologia pela COPPE/NCE e em administração pelo IBMEC, além de diversos cursos de extensão no exterior com destaque para o advaced management program (AMP) na Harvard Business School. Ingressou na Petrobras há 38 anos, tendo atuado na Refinaria de Cubatão (RPBC), Refinaria de Paulínia (REPLAN) nos oito primeiros anos da companhia.

Sylvia Maria Couto dos Anjos, por sua vez, é consultora especial da presidência da Petrobras desde 2023 e formada em geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), possui mestrado em geologia pela University of Illinois at Urbana-Champaign e PhD pela mesma universidade. Geóloga aposentada da Petrobras, possui mais de 42 anos de experiência na área de E&P, tendo ocupado cargos gerenciais ao longo de sua carreira na companhia.

Fonte: Terra

Petrobras demite diretores e traz executivo da Previ para área financeira

Publicado em: 21/06/2024

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, indicou nesta sexta-feira (14 de junhho) três nomes para compor sua diretoria. Nesse processo, dois membros da diretoria anterior serão demitidos. Um terceiro havia pedido para sair junto com o ex-presidente Jean Paul Prates.

Entre os nomes indicados por Magda há duas mulheres: Renata Baruzzi foi escolhida para a diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação e Sylvia dos Anjos, para a diretoria de Exploração e Produção, dona da maior fatia do orçamento da estatal. Ambas são empregadas da empresa.

Os cargos eram ocupados por Carlos Travassos e Joelson Mendes, nomeados por Prates e que já esperavam não prosseguir com Magda.

O terceiro nome indicado pela presidente da Petrobras é Fernando Melgarejo, que foi escolhido para a diretoria Financeira e de Relações com Investidores, já vaga desde a saída de Sergio Caetano Leite, homem de confiança de Prates.

Melgarejo é funcionário do Banco do Brasil. Atualmente, ocupa a diretoria de Participações da Previ, fundação que administra os planos de previdência privada do banco.

Em nota, a Petrobras informou que “as indicações serão submetidas aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da companhia”.

Fonte: Portal MSN

Banco do Brasil está sob o risco de efeitos colaterais da Petrobras?

Publicado em: 14/03/2024

As incertezas em relação à Petrobras (PETR3; PETR4), que dominaram o mercado nos últimos dias, não se restringem à petroleira. O investidor também começa a olhar com cautela para outras empresas listadas em Bolsa que estão sob o controle da União. As dúvidas pós-balanço e a decisão sobre dividendos extraordinários da Petrobras aumentaram o risco de interferência do governo, impactando as empresas estatais, como por exemplo, o Banco do Brasil (BBAS3), explica Régis Chinchila, head de Research da Terra Investimentos.

Isso acontece, diz Chinchila, à medida que o governo dá pistas de que pode exercer uma função de maior pressão para que as empresas tenham maior direcionamento em investimentos públicos, controle de preço e acesso ao crédito. “É neste ponto que o acionista do BB acaba se preocupando, pois aumenta o risco de interferência e direcionamento para crédito mais barato e pressão nas margens do banco no médio prazo”, aponta o head da Terra Investimentos.

Carol Stange, consultora financeira, avalia que o risco de contágio nos papéis do BB é uma preocupação válida no mercado financeiro, especialmente quando se trata de estatais que estão sujeitas a políticas governamentais e decisões macroeconômicas. Para a especialista, a instabilidade na Petrobras pode afetar a percepção de risco dos investidores em relação ao BB, já que ambos compartilham o status de empresas controladas pelo governo e podem ser impactadas por mudanças políticas ou econômicas semelhantes.

“A instabilidade na Petrobras, com mudanças na gestão ou políticas de preços, pode levar a uma reação em cadeia no mercado, afetando outras estatais, incluindo o BB. Isso pode ocorrer devido à percepção de que as políticas aplicadas a uma estatal possam ser replicadas em outras, ou que mudanças significativas em uma grande empresa estatal possam ter implicações mais amplas para a economia do País”, explica Stange.

Além disso, diz a consultora, os investidores podem temer que a instabilidade na Petrobras sinalize uma maior intervenção do governo no setor, o que afetaria negativamente a governança corporativa e a performance financeira do BB. “Essas preocupações podem levar a uma venda de ações do BB, aumentando a volatilidade e o risco percebido”, aponta.

Diferenças na situação de Banco do brasil e Petrobras

Apesar de as duas companhias estarem sob influência estatal, elas atuam em setores diferentes, possuem dinâmicas de mercado muito distintas, cita Kelvin Saegussa, educador financeiro. “O resultado da Petrobras depende de forma significativa dos preços internacionais de petróleo e do dólar, enquanto Banco do Brasil não tem a mesma dependência. Ainda assim, as duas companhias acabam tendo o governo como acionista significativo e a sua possível interferência faz com que essas empresas tenham uma relação em vários momentos”, analisa Saegussa.

Stange concorda e acrescenta que, além de atuarem em setores diferentes, têm fundamentos distintos. Segundo a especialista, o melhor é fazer uma análise aprofundada das condições financeiras, estratégias de negócios e perspectivas de cada empresa para entender o verdadeiro risco de contágio. Os investidores, completa, devem considerar os relatórios financeiros, as projeções de mercado e as análises de especialistas para tomar decisões informadas.

Além de estar sob pressão indireta do que vem acontecendo com a Petrobras, o BB enfrenta seus próprios problemas, explica Chinchila. O comportamento das ações do banco tem sido pior dentro do setor, pois a incerteza acaba trazendo uma cautela maior no curto prazo.

“A nossa recomendação para BBAS3 continua sendo de compra, pois o ativo já opera descontado por esse ‘risco estatal’, entretanto possui em nossa visão uma governança corporativa sustentável e diretrizes definidas com relação ao controle de risco de longo prazo”, diz o head de Research da Terra Investimentos, que trabalha com um preço-alvo as ações do banco, em 12 meses, de R$ 65,50.

Estratégia de investimento nas estatais

Para minimizar as oscilações dos papéis do banco, a consultora financeira sugere aos investidores a opção de diversificar a carteira, com a alocação de investimentos em diferentes ativos para reduzir o risco. Outra estratégia, lembra Stange, é investir em ativos defensivos ou atrelados à inflação, que tendem a ser menos voláteis em tempos de turbulência. É importante que os investidores se mantenham atualizados sobre os desenvolvimentos do mercado e estejam prontos para ajustar suas estratégias conforme necessário.

As incertezas, pontua Saegussa, são inevitáveis nos investimentos de empresas públicas, o que deve ser levado em consideração quando se trata de alocação de ativos para que a concentração não passe de um patamar razoável e o racional para o rebalanceamento das posições seja claro. “É possível criar mecanismos de proteção para as ações, mas isso implica em aumentar o custo da operação. Para investimentos de longo prazo, geralmente esse mecanismo inviabiliza o investimento. Por outro lado, em operações de curto prazo, a ‘blindagem’ acaba sendo útil para reduzir o risco de ruína da posição”, afirma Saegussa.

Recomendação para BBAS3

Desde sexta-feira (8), após a divulgação dos resultados da Petrobras e os questionamentos sobre números e declarações do governo, até esta quarta-feira (13), os papéis do banco (BBAS3) caíram menos de 2%. No entanto, segundo Victor Bueno, sócio e analista de Ações da Nord Research, não foi identificada nenhuma reação severa e negativa. O comportamento era esperado, explica, porque o banco não é uma estatal, mas uma empresa de economia mista, com 50% do capital nas mãos do governo e a outra parte das ações negociada no mercado. A Nord não faz recomendações sobre o BB.

Já Enrico Cozzolino, sócio e head da Levante Investimentos, ao analisar um intervalo de tempo maior, de 25 dias – abrangendo a divulgação do balanço do banco e da Petrobras, as falas sobre dividendos da petroleira e os movimentos em torno do comando da Vale (VALE3) – , aponta para um movimento de quedas e valorizações das ações.

“É uma volatilidade nada normal. Nenhuma empresa tem um racional de valorização, por fundamento, de 7%, depois 8% para baixo, 5% para cima, 5% para baixo, num período de 25 dias. Só mesmo pelo respingo da ingerência em estatais”, comenta. No período analisado, as ações andaram de lado. Cozzolino recomenda aos que estão com uma carteira mais comprada em Ibovespa, que busquem hedge (proteção) sem uma participação excessiva de estatais – entre elas, o BB. Neste caso, diz o head da Levante, o melhor a fazer é vender as ações do banco.

Na Terra Investimentos, a recomendação para BBAS3 continua sendo de compra, pois “o ativo já opera descontado por esse ‘risco estatal’, entretanto possui em nossa visão uma governança corporativa sustentável e diretrizes definidas com relação ao controle de risco de longo prazo”, diz o head de Research, que trabalha com um preço-alvo as ações do banco, em 12 Meses, de R$ 65,50.

Eduardo Nishio, head de Research da Genial Investimentos, ressalta que os papéis do BB têm tido um desempenho abaixo dos pares bancário desde os recentes resultados da Petrobras. O principal motivo para essa movimentação, em tese, seria o risco político. Nishio aponta para um preço-alvo mais baixo, de R$ 64,90 até o final do ano, com recomendação de compra.

Analista da Ouro Preto Investimentos, Sidney Lima explica que, após um grande e contínuo movimento de alta presenciado nos últimos meses, as ações do BB acabaram sentindo um pouco dos temores relacionados à Petrobras. “O movimento que tem acontecido no BB, na minha visão, é completamente esperado. Pelas circunstâncias, boa parte dos investidores acabam realizando (vendendo) suas posições para colocar o lucro no bolso”, explica Lima.

O que esperar para as ações do Banco do Brasil?

O analista da Ouro Preto acredita que, nos próximos meses, o BB seguirá em movimento de alta. “Alguns pontos têm demonstrado que a diretoria tem feito um bom trabalho, como o domínio da carteira de crédito em alguns segmentos e controle de inadimplência. Vale lembrar que o banco reportou um lucro líquido recorde de R$ 35,6 bilhões em 2023, o que acabou pesando no critério de seletividade de boa parte do mercado”, aponta.

O BTG Pactual também sugere o movimento de compra, mas com preço-alvo de R$ 72,00. “Vemos os diferenciais do banco (agronegócio, governo e pessoas) como capazes de manter o banco com uma rentabilidade elevada. Ademais, vemos o BB com grande capacidade de distribuição de proventos nos próximos anos”, avaliam em relatório Bernardo Guttmannn, head de Tech, Media e Telecom e do Setor Financeiro, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, analistas do setor financeiro do BTG Pactual.

A XP Investimentos é outra instituição financeira que trabalha com a recomendação de compra e analisa que o preço-alvo dos papéis (BBAS3) seja de R$ 73,00 por ação até o fim do ano.

Fonte: E-Investidor

BB e Petrobras caminham para o pior dezembro desde reeleição de Dilma

Publicado em: 15/12/2022


A aprovação na Câmara do projeto que muda a Lei da Estatais azedou de vez o humor dos investidores e derrubou as ações da Petrobrás e do Banco do Brasil. Com isso, Petr3 e BBAS3, as principais ações dessas companhias, caminham para o seu pior dezembro desde 2014, ano que marcou a reeleição de Dilma Rousseff à presidência da República.

Até agora, com o resultado desta quarta-feira, 14, PETR3 despenca 20,07% em dezembro. No ano, no entanto, as ações ordinárias da estatal acumulam valorização de 27,51%. Já o BBAS3 cai 11,15%, para uma alta de 19,04% neste ano.

Em dezembro de 2014, as ações ordinária do Banco do Brasil fecharam em queda de 18,89% e as da Petrobrás ficam em queda de 21,27%. Os dados constam da plataforma de comparações de ativos da Mais Retorno.

No período de onze anos, compreendido entre 1º de dezembro de 2011 e 5 de dezembro deste ano, o BBAS3 acumula valorização de 171%, praticamente o dobro da alta de 86,93% contabilizado pelo Ibovespa. PETR3 sobe 154,18% nesse período de onze anos.

O mergulho das ações das duas principais estatais do País e bastante representativas na carteira do Ibovespa foi uma reação à mudança proposta pelo projeto que afrouxa a Lei das Estatais, em aprovação no Congresso, e define que nomes envolvidos em campanha eleitoral podem ser nomeados para a direção dessas empresas, bastando que cumpram quarentena de 30 dias.

O mercado já andava ressabiado com o clima de transição para novo governo que costuma ser intervencionista na economia e sobretudo em empresas estatais. E reagiu negativamente à aprovação pela Câmara na terça-feira, 13, na Leis das Estatais. As ações de duas das estatais supostamente mais expostas à ação do governo despencaram.

A alteração na Lei das Estatais, de acordo com especialistas, abre as portas para a indicação de Aloízio Mercadante como presidente do BNDES. Analistas temem que a mudança abra caminho para a alteração da lei que garante maior governança corporativa (uma blindagem principalmente contra as interferências políticas) para as estatais.

Para o advogado especializado em Governança e Direito Empresarial Marcelo Godke, a alteração mostra claramente a intenção do próximo governo de indicar alguém que não tem a menor qualificação técnica para o cargo no BNDES e de outras estatais.

“Isso não só vai afetar a governança do próprio BNDES quanto da Petrobras e também de todas as empresas estatais, principalmente as controladas pela União”, avalia Godke, que considera a mudança péssima e “um retrocesso gigantesco”.

Em relatório, a Guide Investimentos escreve que, aprovada em 2016, no governo do presidente Michel Temer, a Lei das Estatais visava reduzir a influência política em empresas estatais. Diretorias de principais companhias estatais como Petrobras e Banco do Brasil, além de outras empresas não listadas na Bolsa, não tiveram mais indicação política desde a aprovação da lei que agora corre o risco de mudança.

A vigência da Lei das Estatais no formato original impossibilitaria a nomeação de Mercadante para o comando do banco estatal de fomento. Ela proíbe a indicação de quem tenha atuado em processos decisórios de partidos políticos ou em campanhas eleitorais nos últimos 36 meses.

A alteração aprovada na Câmara preocupa os investidores, que temem a perspectiva de volta de interferência do governamental nas estatais. No caso da Petrobras, a preocupação é com a ingerência do governo na política de preços dos combustíveis e, no caso do BB, que seja usado para a execução de uma política de crédito a juros baixos, subsidiados.

Com efeito, uma volta à gestão de governos sob comando do PT remete a lembranças que incomodam o mercado. Especialmente na presidência de Dilma Rousseff e sua nova matriz econômica, capitaneada por Guido Mantega, o chefe da Fazenda.

Dois episódios emblemáticos e marcantes de intervenção governamental na gestão de empresas. Em seu primeiro mandato, a presidente Dilma interveio no setor elétrico, ao reduzir 20% a conta de luz – posteriormente ressarcido às transmissoras de energia pelos consumidores.

O segundo, também no governo Dilma, foi a tentativa de expansão de crédito, via concessão de juros subsidiados, pelos bancos oficiais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Fonte: Mais Retorno

 

Petrobras e BB têm pouco espaço para subir e muito para cair, diz analista

Publicado em: 19/09/2022


Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) figuram entre as maiores altas do Ibovespa em 2022. Enquanto a petroleira disparou mais de 60%, o banco subiu 49%. Os fatores para as altas das duas estatais se assemelham: resultados fortes e dividendos.

Porém, o ano eleitoral está aí, com dois nomes de peso (Lula e Jair Bolsonaro) liderando as pesquisas. Qual a probabilidade dessas ações caírem forte com o resultado?

Um estudo elaborado pela Guide Investimentos corrobora com a tese de que, em momentos de eleição, as estatais costumam cair. Isso aconteceu, por exemplo, na corrida presidencial de 2014.  Vale lembrar que em 2014, Dilma Rousseff provocava mais temores ao mercado, com suas intervenções na Petrobras.

Para a corretora, a forte performance das ações estatais nos últimos meses indica pouco espaço para alta em caso de um cenário positivo pós-eleições – e bastante espaço para quedas em caso negativo.

“Acreditamos que há muitas diferenças entre estas empresas hoje e em 2014 (atualmente as estatais estão apresentando lucros recordes, enquanto em 2014 apresentavam prejuízos recordes), mas a relação risco-retorno parece ruim neste momento dada a proximidade das eleições e diversas declarações de alguns candidatos no sentido de rever a atuação das empresas estatais”, afirma.

Na visão da Guide, faz mais sentido esperar o momento melhorar para aumentar posições em empresas estatais.

“Já antecipando este risco, deixamos Banco do Brasil de fora de nossa Carteira Valor em setembro, apesar de ver o banco estatal como tendo os melhores resultados e valuation ainda descontado”, coloca.

Recentemente, o ex-presidente Lula, por exemplo, afirmou que o BB lucra como “banco privado”. Além disso, o candidato prometeu mudar a política de preços da Petrobras.

Para Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, o mercado já começa a virar a cara para o Banco do Brasil. “Quando falamos de estatais, sim, as eleições são uma preocupação muito grande. Nós já estamos notando que a alocação em estatais está diminuindo”, observa.

Komura diz que muitos investidores estão ficando “mais leves” em relação ao posicionamento nessas companhias, e esse movimento deve se intensificar à medida que o pleito, marcado para o mês que vem, se aproxima.

“Inclusive, temos muitas casas e gestores falando que estão tirando o pé porque é melhor ficar de fora das estatais, principalmente Banco do Brasil e Petrobras, por mais que as empresas estejam muito baratas”, afirma.

Em sua visão, não é recomendável se posicionar nessas ações agora, apesar do valuation atrativo.

“Nós preferimos perder o movimento, para ter mais clareza do cenário político. Essa tem sido também a visão do mercado”, completa.

Fonte: Money Times

Governo Bolsonaro mira Petrobras e acerta Banco do Brasil

Publicado em: 24/06/2022


A novela Petrobras deixou a bolsa brasileira com o freio de mão puxado, enquanto os mercados no exterior aceleraram em recuperação à sangria da semana passada. Brasília deu mais um passo para colocar a estatal no centro de sua campanha eleitoral, e aí não deu outra: as ações da companhia tiveram uma nova queda nesta terça-feira, arrastando o também estatal Banco do Brasil.

O plano é o seguinte: para ter mais poder sobre a política de preços de combustíveis da Petrobras, o governo pretende mudar, via Medida Provisória, a Lei das Estatais, instaurada no governo de Michel Temer. A ideia é facilitar a troca dos dirigentes da companhia, que hoje segue um processo burocrático e arrastado, e depende da aprovação de acionistas em assembleia.

A lei das estatais foi criada justamente para evitar ingerência governamental nas companhias. E a MP afetaria não só a petroleira, mas também o BB. Além disso, aliados do governo de Jair Bolsonaro (PL) colhem assinaturas no Congresso para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Petrobras e seus dirigentes, como se fosse 2015. O foco, por sinal, é a companhia sob os anos do PT, algo amplamente investigado, e não a estatal e a política de preços agora.

Os flashbacks não param por aí. Lula, candidato à presidência, se opõe à CPI e sugeriu que Bolsonaro poderia reduzir o preço do diesel e da gasolina com “uma canetada”.

A disputa política em torno da Petrobras ontem parecia conversa passada, e as ações subiram. Só que era feriado nos Estados Unidos, e o jogo era outro. Hoje os investidores de lá e daqui decidiram enfrentar o elefante na sala, também conhecido como risco de mudança na política de preços da Petrobras. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que talvez a paridade de preços não esteja funcionando bem e que poderia pedir uma mudança.

Abandonar a paridade, por si só, não coloca a Petrobras em prejuízo – no máximo, faz ela ganhar potencialmente menos. O que dá prejuízo é ela precisar importar combustível, a preços de mercado, e vender no Brasil a valores mais baixos para garantir o abastecimento. Hoje, quem faz isso são importadores privados, mas sem a política de preços eles não conseguem competir com a estatal e deixam o mercado doméstico desabastecido. Esse é um risco real, é bom lembrar. Essa balbúrdia toda ao redor da Petro existe depois de ela ter segurado os preços dos combustíveis por cerca de 100 dias, e mesmo após o reajuste, eles são vendidos abaixo da paridade internacional.

Segundo o Goldman Sachs, o preço do diesel ainda é 11% mais barato no Brasil que a paridade de importação, quando comparado com o preço do produto importado dos EUA. A gasolina está 27% abaixo desta régua.
Resultado da bagunça: -1,99% para PETR4, -1,06% para PETR3 e -4,10% no Banco do Brasil, que caiu na história de paraquedas.

O Ibovespa sucumbiu a Brasília e caiu 0,17%. Este é o terceiro pregão seguido abaixo dos 100 mil pontos – fechou a 99.684,50 pontos.

Mas nem só de crise política vive a bolsa. Outro motivo para a queda foi a divulgação da ata do Copom. O Banco Central sugeriu que os juros devem ficar na lua mais tempo que o mercado vinha estimando para conseguir conter a inflação. O J.P. Morgan, por exemplo, aumentou a sua projeção para a Selic ao fim de 2023 para 11%, de 9,75% anteriormente.

Fonte: Você SA

 

 

Avessas a estatais, gestoras se rendem a BB e Petrobras diante de descontos nas ações

Publicado em: 01/04/2022


As ações de algumas empresas estatais estão entre as mais negociadas e populares da Bolsa brasileira. Por isso, figuram nas carteiras de uma parcela considerável dos investidores – sejam eles individuais, sejam institucionais.

Mas para certos gestores de fundos, dados os riscos de ingerência e governança presentes nas companhias que têm o governo como controlador, investir em estatais é um tabu. Ou era.

Gestoras que tradicionalmente queriam distância das estatais se renderam a ações de empresas como Petrobras e Banco do Brasil nos últimos dois anos. A avaliação é de que as cotações estavam descontadas demais para serem ignoradas.

Com a valorização dos papéis nesse período, parte das posições já começou a ser desfeita – ainda que as ações, na visão dos gestores, não tenham atingido o preço considerado justo.

Um levantamento com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras, ajudou a identificar gestoras que não tinham Petrobras ou Banco do Brasil na carteira desde 2017, mas decidiram conceder o benefício da dúvida e montaram posições nestas ações de 2020 para cá.

É o caso da Guepardo, que comprou ações da petroleira pela primeira vez em mais de 20 anos de história. “Para a gente, ter qualquer estatal é uma exceção”, diz Octavio Magalhães, diretor de investimentos da Guepardo. “Para entrar no fundo, tem de estar muito descontada. Em condições normais, não entra, sempre vamos preferir empresas privadas em função do risco”.

Foi exatamente o cenário que a gestora identificou nas ações da petroleira há cerca de dois anos. Com o início da pandemia de coronavírus, a perspectiva de contração da atividade econômica ao redor do mundo levou os preços do petróleo para patamares historicamente baixos. O barril do tipo Brent chegou a ser negociado na faixa dos US$ 20, um nível que rapidamente ficou para trás.

“Ao mesmo tempo, o câmbio explodiu. Sabíamos que o câmbio seria estrutural, e o preço do petróleo, pontual. Foi uma grande oportunidade”, afirma Magalhães.

O baque sobre as cotações da Petrobras foi imenso na época. A Guepardo montou a posição quando as ações eram negociadas por cerca de R$ 20. De lá para cá, elas recuperaram terreno. Chegaram à faixa dos R$ 35 nas últimas semanas, no embalo do movimento oposto do petróleo em 2022 – com a guerra entre Ucrânia e Rússia, segundo maior produtor da commodity do mundo, as cotações chegaram a atingir US$ 130 por barril recentemente.

Não apenas o potencial de valorização atraiu a Guepardo, como também os dividendos da estatal. “Pagamos R$ 20 e recebemos mais de R$ 5 por ação em dividendos em 2021”, diz o executivo.

No auge, entre outubro de 2020 a março de 2021, a posição em Petrobras chegou a representar 17% do patrimônio líquido do fundo. Cerca de 45% dela foi desfeita desde então – mas não porque a empresa tenha atingido seu valor justo, e sim porque outros ativos mais baratos apareceram no caminho, segundo Magalhães.
Dupla de estatais, com margem de segurança “absurda”

Carlos Pessoa, CEO da gestora Vêneto, é outro que sempre evitou investir em estatais. “Nunca me senti confortável, por uma série de motivos. Pelo passado do Brasil, em quase todos os governos a regra do jogo nas estatais muda rápido”, diz. Para ele, só vale a pena entrar quando as ações estão muito baratas e a margem de segurança “é absurda”.

Por isso, nos últimos seis meses os fundos da Vêneto passaram a se posicionar em ações da Petrobras e também do Banco do Brasil. “Chegamos a ver o market cap [capitalização de mercado] do BB abaixo de R$ 80 bilhões, com o banco lucrando R$ 21 bilhões em 2021. Por isso. colocamos o pé”, conta Pessoa.

O gestor conta que, primeiro, ainda em 2020, montou uma posição tática nas duas estatais – cujas ações eram vistas como papéis descontados de empresas que passariam com tranquilidade pelo pior impacto da pandemia. Durou três meses. “Desmontamos e seguimos nosso caminho”, diz.

No primeiro semestre de 2021, no entanto, a Vêneto voltou a comprar os papéis, na sequência justamente de fatos encarados pelo mercado, na época, como interferências do governo na gestão das estatais.

Primeiro, em fevereiro do ano passado, o governo anunciou que substituiria o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna. No mês seguinte, foi a vez de um novo comando ser indicado para o Banco do Brasil. Fausto Ribeiro, que assumiu o cargo, foi o terceiro presidente do BB no governo do presidente Jair Bolsonaro.

As trocas de comando jogaram as ações para baixo, abrindo uma nova oportunidade. “Foi uma dança das cadeiras, com mudança de comando e alteração nos conselhos”, diz Pessoa. “Teve ainda o furo do teto de gastos, que agravou a situação das estatais”.

Uma nova mudança na Petrobras foi anunciada nesta semana – mas desta vez, não gerou o mesmo furor das anteriores. O governo indicou Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), para substituir Silva e Luna. Nessas situações, o receio do mercado é de que haja mudança na política de preços da Petrobras para os combustíveis, que prevê paridade com o praticado no mercado internacional. “Temíamos uma indicação na direção de controle de preços, mas com Adriano Pires não acreditamos nisso”, diz Pessoa. Seu perfil é considerado pró-mercado.

A Vêneto chegou a ter 4% da carteira alocada em Banco do Brasil e 6% em Petrobras. Mas um plano de desinvestimento em estatais já está em curso. A essa altura, a posição somada nas duas empresas já caiu para 6%. “Até o fim de maio, devemos não ter mais nada”, diz o gestor. Dado o retrospecto de volatilidade em eleições passadas, sua visão é de que “não vale o risco” de mantê-las.

Debutando em Banco do Brasil

Para algumas gestoras, ficar longe das estatais não é uma regra gravada em pedra (ou na política de investimentos do fundo) – mas se der para não comprá-las, melhor. “Não temos uma restrição a estatais, mas como todo mundo que faz análise fundamentalista, adotamos um cuidado adicional com elas”, diz Tomás Awad, sócio da gestora 3R Investimentos. “Investimos pouco. Procuramos evitar, pois, no fim, é um político quem manda nessas empresas”.

Na gestora, o foco está em buscar assimetrias entre os preços praticados no mercado e os que os especialistas acreditam que sejam os justos, sejam as empresas privadas ou não. E assimetria é o que não faltou nas ações das estatais mais badaladas nos últimos tempos.

Foi nessa toada que a gestora comprou ações do Banco do Brasil pela primeira vez. “O banco vinha negociando a quatro vezes seu lucro. Valia o risco”, diz Awad.

Já a Petrobras tinha feito parte da carteira da 3R também em outros momentos, e agora a posição se consolidou. “É um ativo com muita liquidez, dá para desmontar facilmente e vender, se for o caso”, explica o gestor. A governança da empresa foi aperfeiçoada como consequência da Operação Lava-Jato, o que dá alguma segurança. Fora isso, com o petróleo cotado nos níveis atuais, a petroleira se torna uma máquina de dividendos. “Os dividendos desse ano são muito polpudos, o que dá um colchão a mais. É uma ação que aguenta bastante desaforo”, afirma.

Por ora, a gestora permanece “quieta” com as ações das estatais. “Não fizemos nada nas últimas semanas, e não temos intenção de fazer por enquanto”, diz Awad. A aposta é de médio prazo, o que permite superar os ruídos do curto prazo. Não há perspectiva de mudança na política de preços até aqui. “Nosso próximo ponto de avaliação é a eleição. Vamos acompanhar e reavaliar”.

Petrobras e BB ainda valem o risco?

Desde que os gestores montaram suas posições em Petrobras e Banco do Brasil, as ações já andaram bastante. Os papéis da petroleira, por exemplo, subiram mais de 15% só neste ano – em 12 meses, a alta se aproxima de 70%. Já os do banco sobem cerca de 25% neste ano. Em 12 meses, a alta é de 24%.

É claro, portanto, que uma boa parte da oportunidade que os fundos encontraram já não existe para quem entrar nos papéis neste momento. Mesmo assim, alguns deles ainda enxergam um caminho à frente.

“A Petrobras ainda está longe do seu preço justo”, diz Magalhães, da Guepardo. Segundo ele, o petróleo está cotado acima do que deveria – mas mesmo que recue, as ações da petroleira ainda poderiam ser consideradas “baratas”.

Em suas projeções, a gestora considera que o preço adequado para o barril de petróleo varia de US$ 55 a US$ 60. “Cada ano a mais que o petróleo fica a US$ 90 é para explodir o preço da Petrobras. Então, se demorar para convergir o preço do barril, a ação ainda poderia subir”, explica Magalhães.

Isso não aconteceu até agora, segundo o gestor, exatamente por conta do “risco estatal” embutido na Petrobras. “Ela precifica a possibilidade de ingerência do próximo presidente, que pode não seguir a paridade internacional, pode quere investir em refinarias, pode fazer um monte de coisa que destrói valor da empresa”, diz.

A decisão sobre manter ou se desfazer da posição que ainda resta das ações também vai ficar para depois de outubro, segundo Magalhães. “Se tiverem outras empresas mais baratas e com menos risco, trocamos. Mas para a gente, com preço atual, a Petrobras não tem risco”.

Fonte: Infomoney

 

Bons ventos a favor do BB e Petrobras; mas vem aí a ventania eleitoral

Publicado em: 23/02/2022


Os ventos externos têm sido extremamente favoráveis às ações de exportadoras, dentre elas a Petrobras, e bancões, incluindo o Banco do Brasil. Os mesmos que levam inflação e juros para cima, trazem dólares ao país por esses dois canais. No caso das vendedoras de matérias-primas são vistas como proteção ao terem receitas turbinadas pelo rali de preços que tira o sono dos banqueiros centrais. Já as vendedoras de crédito são potencialmente beneficiadas por linhas de empréstimos mais caras, em linha com o aperto monetário global.

Os papéis da petroleira estatal, no embalo da alta de 17% dos preços do petróleo no mercado internacional, acumulam em 2022 até aqui ganhos pouco abaixo dos 18%. Já os do banco público subiram 22% no acumulado de 2022, com a Selic já prometendo andar dos atuais 10,75% ao ano para os arredores de 12% até junho. “Pelo menos”, de acordo com o Banco Central (BC), perigando ser necessário ir além, a depender do ritmo de alta dos juros americanos e do nível de ataque as contas públicas.

Tudo muito bem, tudo muito bom, ventos externos favoráveis. Mas haverá fôlego bastante para Petrobras e Banco do Brasil manterem o ritmo, quando a campanha eleitoral pegar fogo? “Digamos que haja um ringue no mercado”, diz Paloma Brum, analista da Toro Investimentos. “De um lado, há aqueles que defendem o investimento em estatais, apesar da alta exposição política, e de outro há quem prefira ficar de fora.” Mas de que lado ela está? Oras num, oras noutro.

“Gosto muito de operar estatais em janelas de oportunidade. Prefiro, por exemplo, quando esses papéis já estão mais esticados [ou seja, com preços já próximos do alvo ou além], colocar o pé no freio e sair desses papéis, observando o cenário político. Mesmo se o panorama se mostrar estável, não tem porque ficar carregando o papel, esperando uma novidade chegar para realizar os lucros, porque ela sempre vem, cedo ou tarde”, diz Brum.

De acordo com Brum, esse raciocínio fica mais claro quando se compara com as ações privadas. No caso dos bancos privados, por exemplo, diz que até é possível segurar um pouco papéis já nas proximidades do preço-alvo ou além deles. Já com o Banco do Brasil, não vale a pena o risco.

“O valor de mercado considerado justo para uma estatal tende a ser menor do que o das companhias privadas. Logo, se está próximo desse patamar, é hora de pular fora e aguardar. Quando vier uma forte correção, em geral ligada ao noticiário político, aí é hora de recomprar esses papéis, aproveitando a onda vendedora e depois esperar, de novo, outra janela de venda se abrir lá na frente.”

No caso do Banco do Brasil, a janela antes observada por Brum acaba de se fechar, dado o salto das ações no pós-balanço rumo às proximidades do preço alvo de R$ 36. Já no caso de Petrobras, a janela está quaaaase fechada. “Vejo como preço justo para os papéis da Petrobras as proximidades dos R$ 37, e já estão muito perto disso.” As preferenciais (PN), com preferência por dividendos, estão orbitando os R$ 33; as ordinárias (ON), com direito a voto em assembleias, estão a um triz de chegar lá.

Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais, está no time sendo levado pelos ventos externos. Ou seja, entende que o cenário macro global tende a preponderar no rumo das ações do Banco do Brasil e Petrobras, frente a ventania eleitoral.

“Por incrível que pareça, acho que é muito mais barulho o risco político em jogo do que qualquer outra coisa prática”, diz. “Temos visto a maior dificuldade para se interferir nos preços dos combustíveis, a não ser com redução de impostos. Mas mexer com a paridade internacional [que faz os preços praticados pela companhia oscilarem ao sabor do dólar e dos barris vendidos no mercado futuro londrino] parece algo fora de questão.”

“Se olharmos para o passado recente, com estais sendo usadas para controlar a inflação, incentivar o consumo, esse momento parece superado por causa de fatos recentes que condenam essas práticas. No caso da Petrobras, está claro que acompanhar o mercado internacional é essencial para não afugentar investimentos de outras companhias em óleo e gás, como aconteceu no governo Dilma. Já no caso do Banco do Brasil, tem hoje uma estrutura formada internamente, por funcionários de carreira, e não mais por ordens políticas como foi durante quase todo o seu passado.”

Um cavalo de pau nessas diretrizes, na visão de Bandeira, parece agora pouco viável, ainda que candidatos A, B ou C ameacem virar o volante de maneira brusca na campanha.

“Além do mais, investidores hoje estão correndo atrás de empresas maduras, com boa governança, geradoras de dividendos, é o caso de Petrobras e Banco do Brasil hoje. Então acaba que não deve ter grande efeito em seus preços o ruído político, ainda que com algum ou outro solavanco conforme candidatos tragam propostas mais ou menos polêmicas. Claro, o risco de confirmação dessas ameaças de interferência sempre existe, mas vejo hoje muito menor do que já foi no passado.”

Mas nem todo mundo no mercado tem tanta certeza assim de que essas águas são passadas. Aline Cardoso, estrategista da EQI Research, prefere aproveitar os ventos externos favoráveis para exportadoras e bancões empinando outras pipas no céu.

“Por enquanto, a questão do fluxo estrangeiro tem sobressaído. Mas acho que, chegando mais perto das eleições, os riscos políticos vão começar a pesar mais”, diz. “Mesmo hoje, com bons desempenhos, as ações das estatais já estão ficando um pouco para trás em relação a concorrência. Diria, portando, que esse risco político já está começando a ser embutido nos preços.”

Para dar cor ao que diz Cardoso, vale destacar aqui o desempenho das ações da Petro Rio, com alta de 22%, acima dos 18% da Petrobras. Já contra os 22% do Banco do Brasil existem os 24% acumulados em 2022 pelo Itaú Unibanco Holding. “Para surfar na onda global, me parece mais negócio comprar essas ações, privadas, que as das estatais brasileiras”, diz.

Para o sócio-fundador da 3R Investimentos, Tomás Awad, é verdade que a Petrobras esteja mais blindada do que noutros carnavais. “Além disso, os números da empresa são gritantes, e têm ajudado até o governo via distribuição de dividendos, ou seja, pode não ser tão interessante assim do ponto de vista do controlador acabar com a política de paridade”, diz.

Mas, contudo, no entanto, todavia… “À medida que a eleição começar a andar, dificilmente o desempenho da ação ficará tão imune assim ao risco de intervenções.”

Com o Banco do Brasil, entende Awad, existe mais risco de o investidor dar com os burros n’água do que em relação à petroleira. E não apenas pelo fato de ser um banco público. Mas porque, seja ou não, o setor tende a deixar de ser o alicerce de sustentação da alta de 8% e uns quebrados do Ibovespa até aqui em 2022, conforme a cena eleitoral for tomando cada vez mais a atenção do mercado.

Fonte: Valor Investe

 

Doria diz que se for eleito privatizará o Banco do Brasil e a Petrobras

Publicado em: 28/10/2021


O governador de São Paulo e candidato nas prévias do PSDB para disputar a eleição de 2022, João Doria, declarou ao site Correio Braziliense que pretende privatizar o Banco do Brasil e a Petrobras caso seja eleito presidente.
“Sou a favor da privatização, não para fazer do monopólio público um monopólio privado, e sim uma modelagem que permita à Petrobras ser dividida em várias empresas e ser colocada em leilão internacional na Bolsa de Valores do Brasil. É o mesmo modelo que os Estados Unidos seguiram”, declarou.

Para o governador de São Paulo é necessária a criação de um fundo regulatório para equilibrar o preço dos combustíveis e gás em caso de aumentos no mercado internacional. No mês passado, o político já havia divulgado que faria a privatização da Petrobras se conseguisse virar chefe do Executivo.

“Além de uma empresa dividida, defendo a obrigatoriedade da formação de um fundo regulador. Quando houver aumento do petróleo nas cotações do mercado internacional, esse fundo regulador impedirá que o aumento se reflita imediatamente no preço do combustível ou do gás.”

Doria afirmou que não pode falar “em nome do PSDB”, mas a privatização do Banco do Brasil também está em sua agenda presidencial, caso vença às eleições.

“Se eu vencer, o Banco do Brasil será privatizado. Tem bons profissionais e boa estrutura. Mas não há necessidade de termos dois bancos (a Caixa e o BB). Já o BNDES, não. Pode ser readequado, para que cumpra efetivamente o papel de banco de desenvolvimento econômico e social, principalmente, das micro, pequenas e médias empresas. E que ele passe a ser um regulador”, disse Doria.

Fonte: Portal Uol

Petrobras abre programa de demissão voluntária

Publicado em: 25/04/2019


A Petrobras informou na noite desta quarta-feira (24) a abertura de um programa de demissão voluntária (PDV). A medida será voltada para os funcionários que estejam aposentados até junho do ano que vem, quando as inscrições serão encerradas.

De acordo com a companhia, a estimativa é que aproximadamente 4,3 mil empregados participem do PDV. O custo previsto é de R$ 1,1 bilhão, e o retorno estimado com o programa é de R$ 4,1 bilhões para o período de 2019 a 2023.

“O PDV foi elaborado considerando o custo de reposição dos quadros da companhia, a preservação do efetivo necessário à continuidade operacional e a aderência ao Plano de Negócios e Gestão vigente”, informou a companhia.

Em março, a companhia anunciou a intenção de cortar US$ 8,1 bilhões de seus custos operacionais em quatro anos, com reduções nas despesas com funcionários e menores gastos em propaganda e escritórios. A companhia já anunciou que vai desocupar o prédio da sede em São Paulo.

“O efeito nas demonstrações financeiras ocorrerá à medida em que as adesões se efetivarem”, disse a Petrobras.

Fonte: G1

Banco do Brasil será usado para entrega da TAG a franceses

Publicado em: 11/04/2019


Cerca de dois terços de US$ 8,6 bilhões (equivalente a R$ 32,6 bilhões) a ser pago pela privatização da Transportadora Associada de Gás (TAG), da Petrobrás, serão financiados por seis bancos estrangeiros e três brasileiros. O anúncio da entrega de 90% da transportadora para um consórcio formado pela multinacional francesa Engie e o fundo canadense Caisse de Depôt et Placement du Québec (CDPQ) foi feito no dia 5.

O holandês ING, os franceses Crédit Agricole e BNP Paribas e os japoneses Sumitomo, Mizuho e MUFG entrarão com o equivalente em dólares a R$ 9,5 bilhões. Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil vão entrar com R$ 13,5 bilhões, divididos em partes aproximadamente iguais.

Isso significa que os bancos financiarão o equivalente a cerca de R$ 23 bilhões. As informações são do jornal Valor Econômico.

O financiamento dos bancos terá como garantia os contratos de transporte de gás com a Petrobrás. Ou seja, risco zero para os bancos e lucro garantido para consórcio estrangeiro que empalmou a TAG.

“Já está tudo negociado e todos os financiamentos garantidos. Mais do que garantidos. São 100% baseados nas receitas dos contratos com a Petrobrás”, afirmou o presidente da Engie no Brasil, Maurício Bähr.

Mau negócio para a Petrobrás e prejuízo para o Brasil, em todos os sentidos. Também, o presidente da Petrobrás, Roberto Castelo Branco, abriu a alma e asseverou que o seu sonho é ver a estatal privatizada.

A TAG é uma empresa fundamental para o país. Tem uma capacidade contratada de movimentação de cerca de 74,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. É a garantia de transporte do gás natural da região de Urucu (AM) para várias cidades da Região Norte, além de garantir o transporte de gás natural das bacias de Campos (RJ) e de Santos (SP) para a Região Nordeste.

Segundo a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), “a privatização da TAG sem licitação não é apenas ilegal e inconstitucional”. Conforme a entidade, “as receitas da TAG são reconhecidas com base nos contratos de transporte de gás natural, que inclui cláusulas de ship or pay, na qual a Petrobrás (carregadora) se obriga a pagar pela capacidade de transporte contratada, independentemente do volume transportado”.

A receita da TAG está garantida pelos contratos de serviços de transporte, regulados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Aepet resumiu:

– Malha Nordeste para 21,6 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até dezembro de 2025;

– Sistema Gasene para 20,0 milhões de metros cúbicos por dia no trecho sul e 10,3 milhões de metros cúbicos por dia para trecho norte, com prazo de duração de 25 anos e vigência até novembro de 2033;

– Urucu-Coari-Manaus para 6,3 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até novembro de 2030;

– Pilar Ipojuca para 15 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até novembro de 2031.

Na avaliação da Aepet, a venda da TAG pode representar para a Petrobrás uma despesa cujo valor presente líquido (VPL), para um período de 25 anos, seria de US$ 13,82 bilhões (R$ 52,5 bilhões). Com a venda de 90% das ações, o VPL seria de US$ 12,44 bilhões (R$ 47,8 bilhões).

“Desse modo, é temerário que a Petrobrás venda 90% de sua participação acionária na TAG por valor inferior a US$ 12,44 bilhões (R$ 47,8 bilhões)”, conclui a entidade dos engenheiros da estatal.

Fonte: Hora do Povo

Ministro Paulo Guedes defende privatização do BB e Petrobras

Publicado em: 21/03/2019


Em evento sobre liberalismo econômico nesta sexta-feira, 15, integrantes da equipe econômica do governo voltaram a defender a privatização de grandes empresas estatais, como Petrobras e Banco do Brasil, apesar de determinação contrária do governo Jair Bolsonaro.

Em sua palestra, na qual disse que privatizações e venda de ativos são uma das prioridades da gestão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que “no final, vai a (privatização da) Petrobras também, vai o Banco do Brasil”. “Tem que ir tudo”, defendeu.

“Como liberais, somos contrários a empresas estatais. Com exceção do Banco Central, bancos públicos deveriam ser privatizados e o BNDES extinto. A Petrobras também deveria ser privatizada”, disse o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para depois citar refrão dos Rolling Stones que diz “nem sempre se pode ter tudo”.

Também presente, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes defendeu a privatização dos dois maiores bancos estatais, o BB e a Caixa, argumentando que as instituições seriam mais eficientes com gestão privada. “Ao longo da história, o governo mais atrapalhou do que ajudou o Banco do Brasil”, afirmou. “Não vejo nada que não pudesse ser alcançado como prioridade do governo por todo o sistema bancário”, completou o executivo.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que participou da mesma mesa em que estava Novaes, não citou privatização, mas falou em saída de segmentos não prioritários e abertura de capital de subsidiárias. O banco pretende lançar em setembro operação para atrair investidores para a Caixa Seguridade.

O seminário, chamado ‘Nova Economia Liberal’ foi realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Rio e discutiu a reforma da Previdência, o papel dos bancos públicos e do setor de óleo e gás na nova política econômica brasileira.

Ao convidar Guedes para comandar a área econômica de seu governo, Bolsonaro prometeu carta branca ao economista, mas determinou a manutenção de Petrobras, Banco do Brasil e Caixa como estatais. A decisão tem apoio da ala militar do governo, principalmente em relação à Petrobras.

Ainda assim, as gestões das grandes estatais vêm sinalizando uma postura mais agressiva com relação a vendas de ativos. Na Petrobras, por exemplo, Castello Branco já anunciou que vai rever o plano de desinvestimentos, acelerando a saída de segmentos e reduzindo ao menos à metade sua participação no refino brasileiro.

Guedes convidou o empresario Salim Mattar, dono da Localiza, para assumir a secretaria de Privatizações do ministério e estabeleceu a meta de vender US$ 20 bilhões (cerca de R$ 76 bilhões) ainda em 2019. “Eu trouxe o Salim Mattar, com apetite enorme, doido para privatizar o máximo possível, doido para passar a faca”, afirmou o ministro da Economia, no evento desta sexta. Ele calcula que a venda a venda de todas as empresas e imóveis do governo poderiam render R$ 1,2 trilhão.

Com a restrição à venda das três maiores estatais, porém, a principal operação na mira do governo atualmente é a venda de ações da Eletrobras, proposta pelo governo Temer, que reduziria a fatia do governo na companhia. O negócio deve render R$ 12 bilhões, segundo projeção feita ainda pelo governo anterior.

Outro foco é a venda de imóveis. No evento desta sexta, Guedes brincou que preferiu deixar Mattar morando em um hotel para vender a residência em Brasília para a qual ele poderia se mudar.

Fonte: Amazonas Atual

Petrobras anuncia pré-pagamento de R$7 bi em notas de crédito à exportação junto ao BB

Publicado em:


A estatal Petrobras informou que realizou um pré-pagamento de notas de crédito à exportação com o Banco no Brasil que venceriam em 2022 no valor total de 7 bilhões de reais, segundo comunicado da companhia nesta segunda-feira.

“A operação está em linha com o Plano de Resiliência e com a estratégia de gerenciamento de passivos da companhia, que visa à melhora do perfil de amortização e do custo da dívida”, disse a petroleira.

Fonte: Jornal DCI

BB, Caixa e Petrobras devem permanecer como estatais ‘bem magrinhas’, diz secretário

Publicado em: 31/01/2019


O secretário-geral de privatizações do governo federal, Salim Mattar (foto), afirmou nesta terça-feira (29) que a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal devem ser as únicas companhias a permanecerem estatais na gestão do presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, elas devem ficar “bem magrinhas” – o que indica que subsidiárias vão ser vendidas.

José-Salim-Mattar-Júnior

Na abertura de evento do Credit Suisse Group, banco suíço de investimentos, Mattar ainda destacou que tem como meta superar de “25% a 50%” o montante que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende arrecadar com as vendas de estatais. No Fórum Econômico Mundial, Guedes estimou valores em US$ 20 bilhões – mais de R$ 74,5 bilhões.

“Vamos surpreender”, afirmou Mattar, destacando que a intenção é vender todas as outras estatais. No caso da Eletrobras, ele pretende capitalizar a companhia e tirar o governo do controle dela, em um primeiro momento. “Na área de óleo e gás, só vai permanecer a Petrobras”, disse o executivo, que também é fundador da empresa Localiza.

“A Petrobras é uma mega companhia, mas não tem eficiência e produtividade que falam no mercado.” Para ele, a companhia deve começar “lentamente” a vender participações de muitas subsidiárias. “A tendência é que, até o final deste governo, a Petrobras tenha vendido todas as participações.” Essa é uma das metas da gestão.

O secretário disse que o governo federal “não pode continuar sendo empresário, mas sim cuidar de coisas que fazem sentido para a população”, como saúde e educação. “Não faz sentido o governo atuar na área de seguros.” De acordo com Mattar, o Brasil tem hoje 134 estatais que podem ser privatizadas – Michel Temer privatizou 20, o PT criou 48.

“Queremos o povo rico e o Estado mais enxuto. Se vendêssemos todas estatais poderíamos reduzir nossa dívida para R$ 3 trilhões.” Ele disse fazer trabalho de “formiguinha” para convencer outras pastas a vender estatais, mas reforçou que executivos que assumiram Petrobras e BB têm visão de mercado e não têm resistência a privatizar subsidiárias.

Segundo Salim Mattar, o País tem “18 estatais dependentes”, que custam R$ 15 bilhões por ano ao governo, como EBC, Valec, CBTU, Embrapa e Codevasf. Para ele, governos sociais democratas são “fingidos”, não gostam de capitalismo e empresários. “Este governo gosta de empresários”, disse ele, destacando que haverá segurança jurídica para se fazer negócios.

Fonte: Jovem Pan com Estadão Conteúdo

Novo presidente Petrobras, Ivan Monteiro fez carreira no BB

Publicado em: 07/06/2018


Anunciado nesta sexta-feira (1/6) como o novo presidente da Petrobras, Ivan Monteiro fez carreira no setor bancário e foi para a petroleira a convite do ex-presidente Aldemir Bendine, de quem era homem de confiança.

Com bom trânsito no mercado, ocupava a diretoria financeira e era o responsável pelo programa de desinvestimentos da Petrobras, que tem a meta de vender R$ 21 bilhões em ativos até o fim de 2018.

Ivan de Souza Monteiro nasceu em Manaus (AM) em 1960, e foi para o Rio ainda na infância. Engenheiro Eletrônico de formação, fez carreira no Banco do Brasil. Começou como escriturário e chegou à vice-presidência de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores em 2009.

ivan-monteiro

Quando nomeado pelo então presidente do banco, Aldemir Bendine, os dois não se conheciam, mas acabaram se tornando próximos ao longo dos seis anos em que trabalharam juntos na instituição financeira.

Tanto que Bendine o levou quando foi para a presidência da Petrobras, em fevereiro de 2015. Ivan Monteiro se tornou o diretor executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da petroleira.

Em 2016, Pedro Parente assumiu a presidência, mas manteve o diretor financeiro. Com a renúncia de Parente, Monteiro se tornou o 37º presidente da Petrobras.

Fora da Petrobras, Bendine foi preso na operação Lava Jato, suspeito de receber R$ 3 milhões da Odebrecht em troca de favores à empresa em contratos da Petrobras. Ele nega as acusações e se diz vítima de perseguição. Seu antigo braço-direito não foi alvo das acusações.

Fonte: Portal G1

Petrobras contrata linha de crédito compromissada com o Banco do Brasil

Publicado em: 28/03/2018


A Petrobras informa que assinou no dia 23 de março com o Banco do Brasil, uma linha de crédito compromissada no valor de R$ 2 bilhões, com vencimento em fevereiro de 2023. Através do instrumento, a companhia poderá efetuar saques da linha até o mês anterior ao vencimento.

A linha de crédito compromissada terá um custo de 0,40% a.a. pela manutenção do limite junto ao Banco do Brasil, criando mais uma alternativa de disponibilização de recursos para a companhia utilizar conforme sua necessidade. Dessa forma, a Petrobras poderá usar seu caixa para liquidação antecipada de dívidas já existentes, propiciando a redução do custo com juros sem perda de liquidez.

Cabe destacar que a companhia já havia efetuado operações com o mesmo banco, em 26/02/2018, através de: (i) contratação de financiamentos, na modalidade Notas de Crédito à Exportação (NCE), no valor total de R$ 6,5 bilhões e com vencimentos em 2023 e 2024; e (ii) liquidação antecipada de NCEs, no valor total de R$ 7,5 bilhões, cujos vencimentos ocorreriam entre 2019 e 2021.

As operações estão em linha com a estratégia de gerenciamento de passivos da companhia, que visa à melhora do perfil de amortização e do custo, levando em consideração a meta de desalavancagem prevista em seu Plano de Negócios e Gestão 2018-2022.

Fonte: Investimentos e Notícias

Petrobras capta R$ 6,5 bilhões em crédito à exportação com BB

Publicado em: 16/03/2018


A Petrobras informou nesta quarta-feira (7) que assinou em 26 de fevereiro novo contrato para financiamento a exportações no valor de R$ 6,5 bilhões, com vencimento em 2024.

Segundo uma nota divulgada ao mercado, a Petrobras informou ainda que simultaneamente liquidou antecipadamente notas de crédito à exportação (NCEs) emitidas em favor do BB, cujo saldo devedor (principal) somava R$ 7,5 bilhões. Os contratos liquidados venciam entre 2019 e 2021.

A petroleira vem realizando um amplo trabalho em busca de melhorar o perfil da dívida, a maior do setor no mundo, reduzindo custos e alongando valores devidos no mercado.

A Petrobras prevê reduzir sua dívida líquida para US$ 77 bilhões até o fim deste ano, volume 12,6% menor que a registrada no terceiro trimestre de 2017, disse a petroleira em fevereiro.

A estatal afirmou ainda que as obrigações financeiras e não financeiras do novo contrato entre Petrobras e o BB estão de acordo com as práticas adotadas no mercado e nos demais contratos de dívida da estatal, e a precificação está em linha com o custo médio da dívida da companhia.

Fonte: G1

Odebrecht pede R$ 3,5 bi a Bradesco, Itaú, BB e Santander, mas encontra resistência

Publicado em: 16/02/2018


Segundo fontes, credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo

A Odebrecht S.A. procurou Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander para negociar um novo empréstimo bilionário para fazer frente aos seus compromissos financeiros e também tocar projetos no curto prazo, conforme apurou o Broadcast. A conversa, embora ainda esteja no começo, já enfrenta resistência, uma vez que essas instituições estão dispostas a liberar um valor menor, de cerca de R$ 1 bilhão, do que a companhia estaria buscando, de R$ 3,5 bilhões.

O avanço na negociação com os bancos, conforme uma fonte, dependerá, contudo, da contrapartida que a Odebrecht vai oferecer para obter dinheiro novo. Os credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo e suas respectivas empresas e ainda verificar a real necessidade do recurso novo a despeito do esforço de reestruturação de dívidas e venda de ativos. “A Odebrecht ainda está estruturando as proposições”, afirma uma fonte próxima às conversas com os bancos, na condição de anonimato.
A Odebrecht teria ofertado aos bancos, de acordo com outra fonte, usar novamente as ações da Braskem que tiveram forte valorização recentemente. Essa estrutura foi usada desde a reestruturação da dívida da Atvos (ex-Agroindustrial). Como os papéis da Braskem estão valorizados – somente em um ano subiram mais de 35% –, o objetivo da Odebrecht é obter mais dinheiro com a mesma garantia.

No entanto, além do apetite de cada credor, a liberação de novos recursos também dependerá de um consenso entre os bancos credores. Isso porque existe uma espécie de “pacto” das instituições financeiras em relação ao endividamento da Odebrecht. Não há nada formal, mas, segundo uma fonte, um “combinado” entre os bancos, no qual consentiram que movimentações de crédito junto à companhia só ocorrerão com o aval de todos.

O apetite limitado dos bancos credores não é à toa. Essas instituições aportaram volumes relevantes de recursos na companhia logo após a prisão de Marcelo Odebrecht, evitando que o grupo enfrentasse uma recuperação judicial.

Apesar de duros na negociação, os bancos não querem, contudo, que a Odebrecht se torne mais um caso de inadimplência em seus balanços. Pesa, sobretudo, o fato de essas instituições financeiras estarem saindo da pior crise em termos de calotes e ainda lidarem com casos específicos no setor corporativo trimestre após trimestre. Por isso, devem buscar uma alternativa.

Uma das saídas é a Odebrecht se desfazer de ao menos um pedaço de sua fatia na Braskem, no âmbito da oferta subsequente(follow on), que já está sendo preparada pela Petrobras, que busca uma porta de saída da petroquímica. A venda de alguma fatia da Braskem pela Odebrecht está sendo discutida, o problema é que até aqui a empreiteira tem relutado em seguir esse caminho e quer manter o controle da empresa, que é responsável por uma parte relevante das receitas do grupo.

Essa decisão, conforme fontes, depende ainda do acordo de acionistas da Braskem, que vem sendo discutido entre Petrobras e Odebrecht. Somente a partir disso é que a própria Petrobras definirá o quanto irá vender no follow on, que quer que aconteça ainda neste ano. Na Braskem, a Odebrecht detém 50,1% das ações ordinárias.
Dívidas. Um dos maiores gargalos de curto prazo está na dívida de R$ 500 milhões em bônus emitidos no exterior pelo braço financeiro do grupo e garantidos pela construtora, que atualmente está no foco da Odebrecht para evitar a insolvência. Esses papéis têm vencimento em abril deste ano. Os demais títulos de dívida (bônus) vencem a partir de 2020.

Nesse momento, a holding estuda como pode, de acordo com uma fonte, apoiar uma eventual reestruturação no exterior da dívida que não estaria considerada no crédito novo que o grupo pleiteia junto a credores locais. A capitalização da construtora é tida como a etapa final da reestruturação dos negócios do grupo.

O principal problema da construtora é justamente o encolhimento de seu caixa, em consequência da paralisação de sua carteira de contratos (backlog), na esteira da Lava Jato. A saúde financeira da construtora depende também da liberação de uma linha de cerca de R$ 600 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de obras realizadas em Angola.

A Odebrecht S.A. compreende os diversos negócios do grupo. Além de ter metade da Braskem, atua nos setores de engenharia e Construção, indústria, imobiliário, infraestrutura e energia. Fundada pelo engenheiro pernambucano Norberto Odebrecht, no ano de 1944, em Salvador, foi uma das protagonistas da Operação Lava Jato, o maior esquema de corrupção da história brasileira.

Procurados, Bradesco, BB, Itaú, Santander não comentaram. A Odebrecht também não se manifestou.

 

Fonte: Estadão

Ex-presidente do BB diz a Moro que não participou de atos ilícitos

Publicado em: 18/01/2018


Ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine foi interrogado novamente pelo juiz Sergio Moro nesta terça-feira (16), a pedido de sua defesa. Ele negou participação em qualquer ato ilícito.

Em novembro do ano passado, os advogados orientaram Bendine a ficar em silêncio, argumentando que não tiveram acesso à fala do publicitário André Gustavo Vieira da Silva, ouvido antes dele.

Em seu interrogatório, André confirmou a acusação ao dizer que recebeu propina da Odebrecht e repassou R$ 950 mil em espécie a Bendine.

Nesta terça, Bendine negou “veementemente” qualquer irregularidade. “Jamais solicitei ou autorizei que alguém solicitasse qualquer tipo de vantagem indevida”, disse.

Segundo o ex-presidente da estatal, a declaração de André “é totalmente mentirosa, visando buscar algum tipo de acordo”. “Chega a beirar o ridículo esse depoimento.”

‘PERSEGUIÇÃO’

Bendine diz sofrer uma “perseguição brutal”, que destruiu sua “integridade moral” e sua família.

“Talvez porque eu tenha tido a ousadia, quando ninguém se prontificou a assumir uma empresa que simplesmente iria desaparecer”, afirmou.

De acordo com a acusação, Bendine solicitou R$ 3 milhões em propina para executivos da Odebrecht, a fim de proteger a empreiteira em contratos da estatal. Ele está preso preventivamente desde o final de julho.

O ex-presidente da Petrobras se recusou a responder perguntas do Ministério Público e do advogado de André Vieira da Silva.

‘NETWORKING’

Ele disse ao juiz Sergio Moro que conheceu André ao final de 2013, com quem mantinha uma relação de “networking”. O publicitário teria ajudado Bendine a conseguir hospedagem para uma viagem a Nova York e adiantado o pagamento dos custos, que, posteriormente, teriam sido reembolsados em espécie pelo executivo.

Bendine também falou sobre uma reunião que teve com Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, ex-diretor da Odebrecht Ambiental. Segundo ele, o tema foi a situação do grupo frente aos impactos da Operação Lava Jato.

Marcelo teria comentado sobre dificuldades enfrentadas por suas empresas, penalizadas por um bloqueio cautelar. Segundo Bendine, a reunião foi “absolutamente técnica” e “tranquila”.

O executivo disse que percebia uma “ansiedade muito grande” de Marcelo Odebrecht em passar recados para o governo, relacionados aos desdobramentos da Lava Jato.

Bendine afirmou que foi “muito taxativo” e que disse a Marcelo: “Primeiro que não faço parte do governo, não sou nem funcionário público. Não faço parte da administração do governo no dia a dia. Segundo, não tenho conhecimento nenhum em relação a isso”. O ex-presidente da estatal teria dito ao executivo que “não seria garoto de recados”.

No seu depoimento, também em novembro de 2017, Marcelo Odebrecht afirmou que fez três pagamentos de R$ 1 milhão a André, para que Bendine facilitasse assuntos da construtora na Petrobras.

Na ocasião, Odebrecht afirmou que Bendine nunca o abordou diretamente sobre o tema. Segundo ele, os pedidos eram feitos por meio de André Vieira da Silva para Fernando Reis.

Fonte: Folha de São Paulo

Ex-presidente da Petrobras e do BB, Aldemir Bendine, decide romper o silêncio e falar com Moro

Publicado em: 21/12/2017


Aldemir Bendine decidiu romper o silêncio. O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil pediu para ser interrogado novamente em processo da Operação Lava Jato.

Bendine havia sido acusado por Marcelo Odebrecht, que informou ter feito pagamentos de U$ 3 milhões a ele por meio do publicitário André Gustavo Vieira. O ex-presidente da Petrobras havia ficado em silêncio durante o seu primeiro interrogatório, em novembro, mas agora a defesa afirmou que ele está disposto a falar.

O pedido foi aceito e Aldemir será ouvido pelo juiz Sergio Moro no próximo dia 16 de Janeiro.

Aldemir Bendine esteve à frente do Banco do Brasil entre abril de 2009 e fevereiro de 2015, quando deixou o cargo no banco para assumir a presidência da Petrobras. O executivo renunciou ao cargo de presidente-executivo da Petrobras em carta enviada ao Conselho de Administração em maio de 2016.

Fonte: Conexão Política

Moro exige do BB esclarecimentos sobre investimentos do ex-presidente da Petrobras

Publicado em: 23/11/2017


O juiz federal Sergio Moro pediu, nesta quarta-feira (22), esclarecimentos ao Banco do Brasil em relação ao saldo de aplicações do ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine. Moro apontou divergências entre os valores declarados pelo banco e pela defesa de Bendine. O BB havia informado, a pedido do juiz, que Bendine acumula pouco mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela instituição financeira. Os advogados do ex-presidente, entretanto, apontam que o saldo é maior, de cerca de R$ 3,4 milhões. Moro exigiu “informações pormenorizadas e claras a respeito de todos os valores atualmente constritos perante essa instituição financeira em nome de Aldemir Bendine”.

Preso desde o final de julho, Bendine pediu à Justiça em outubro para que valores aplicados nesses títulos servissem como garantia de bloqueio judicial e substituíssem cerca de R$ 3,4 milhões que foram bloqueados e estão depositados em contas. Segundo ele, o dinheiro será destinado para despesas correntes da família. Após o pedido, Moro acionou o Banco do Brasil para confirmar a existência das aplicações.

Fonte: Época Negócios

BB e Petrobras lideram ranking de eficiência das empresas estatais

Publicado em: 16/11/2017


O Ministério do Planejamento divulgou nesta sexta-feira um ranking de eficiência das empresas estatais. Petrobras e Banco do Brasil receberam a maior nota: 10. Alvo da maior investigação da história do país, a petroleira conseguiu a nota máxima em todos os critérios.

— Aquela Petrobras que teve todos aqueles escândalos não tiraria nota 10. Essa Petrobras merece nota 10 — frisou o ministro Dyogo Oliveira.

Segundo o Indicador de Governança da Sest (Secretaria de Estatais) mostrou que o BNDES ficou com nota 9,5. Eletrobrás e Engea tiveram 8 e Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco da Amazônia (Basa) ficaram com 7,5.

Essas empresas são as melhores classificadas. Entre os critérios estão: gestão, controle, auditoria, transparência e o trabalho dos conselhos, comitês e diretorias. O planejamento financeiro ficou de fora da avaliação.

As melhores colocadas estão no grupo um. A divisão vai até o grupo quatro, onde são enquadradas as empresas com a pior avaliação. Entre elas, estão a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Telebrás.

— Não tenho dúvida que a cada avaliação vamos ver uma evolução desse numero.

O Planejamento avaliou 48 de empresas de controle direto. A intenção, entretanto, é que todas as 150 estatais recebam notas.

Durante a entrevista coletiva, Dyogo foi questionado sobre as promessas de greve de funcionários públicos e a tramitação da medida provisória que adia o reajuste dos servidores. Segundo ele, é normal os parlamentares fazerem emendas com novas propostas. A MP recebeu 255 propostas de alteração. Algumas distorcem a medida.

No entanto, ele ressaltou a importância de manter a medida que faz parte do ajuste fiscal do governo. Frisou várias vezes que os funcionários públicos não têm culpa desse atraso, mas ele é importante para o equilíbrio das contas do país.

— Essa medida não trata de uma responsabilização dos servidores. Não há condição de se esquecer que há um desequilíbrio fiscal no pais e o governo não tem condição de pagar o reajuste — falou o ministro.

— Dentro das dificuldades que o país está passando, essas medidas foram necessárias.

Fonte: O Globo

Funcionários da Petrobras vão contribuir para cobrir rombo do Petros

Publicado em: 14/09/2017


Os beneficiários aposentados Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) e os participantes ativos terão de pagar parcelas extras de R$ 236 a R$ 3,6 mil mensais como parte do plano para equacionar o rombo do fundo de pensão da Petrobras. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (13) pela assessoria de imprensa do fundo.

Petros

Segundo o Petros, o valor total do déficit do fundo é de R$ 27,7 bilhões. Na terça-feira (13), a Petrobras informou que deverá gastar R$ 12,8 bilhões ao longo de 18 anos para equacionar o déficit do Petros. Apenas no primeiro ano, o desembolso previsto para a empresa será de R$ 1,4 bilhão.

O acordo ainda prevê o pagamento de R$ 900 milhões pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que está no meio de um processo de oferta de ações na bolsa de valores. O início da implementação do programa está previsto para dezembro de 2017.

Os fundos de pensão são entidades que administram a aposentadoria complementar dos trabalhadores. O Petros é o fundo dos trabalhadores da Petrobras.

Fonte: G1

BNDES vai antecipar pagamento ao Tesouro em 2018; BB e Petrobras não serão privatizados

Publicado em: 30/08/2017


O BNDES terá de devolver em 2018 ao Tesouro uma nova parcela de recursos referente a repasses bilionários feitos ao banco nos últimos anos, disse à Reuters nesta quarta-feira uma fonte do primeiro escalão do governo, acrescentando que o governo não cogita privatizar outras grandes estatais, como Banco do Brasil, Petrobras, Correios ou Caixa.

O valor ainda está sendo negociado entre o governo e o BNDES e cálculos estão sendo feitos para que a devolução atenda às necessidades do governo sem comprometer o fôlego de financiamento do banco de fomento

“Ainda não discutimos os valores a serem devolvidos, mas é certo que vamos precisar de alguma devolução do BNDES”, disse à Reuters a fonte em condição de anonimato. “Não se chegou a valores ainda, mas são para 2018”, acrescentou.

No fim do ano passado, ainda sob o comando da então presidente Maria Silvia Bastos Marques, o BNDES devolveu ao Tesouro 100 bilhões de reais. Ao longo dos governos do PT, o Tesouro direcionou ao BNDES mais de 500 bilhões de reais, usados em empréstimos do banco de fomento.

O BNDES informou que até agora não há previsão de novo pagamento antecipado de recursos ao Tesouro.

O governo vem encontrando dificuldades para fechar suas contas desse ano, com frustração de receitas e dificuldades na aprovação de medidas como a reforma da Previdência. A meta de déficit fiscal deste ano e de 2018 foram elevadas para 159 bilhões de reais.

Em busca de recursos, o governo anunciou algumas concessões na área de infraestrutura e privatizações, como da Eletrobras, Casa da Moeda e Lotex.

A fonte, no entanto, negou possíveis vendas de Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e ou Petrobras. “Isso não existe”, disse a fonte.

Paralelamente, o governo também conversa com o banco sobre a possibilidade de devolução de recursos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), outra fonte de financiamento aos empréstimos do BNDES.

Fonte: Jornal Extra

MPF pede 25 anos de prisão para ex-presidente do BB e Petrobras

Publicado em: 24/08/2017


O Ministério Público Federal em Curitiba denunciou, nesta terça-feira (22), o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço à investigação. Ele teria, ainda, recebido uma propina de R$ 3 milhões da Odebrecht para proteger a empreiteira dentro da Petrobras.

Mais seis pessoas foram denunciadas juntamente a Bendine, entre eles o marqueteiro André Gustavo Vieira da Silva, preso na 42ª da Lava-Jato; e Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa que leva seu nome. O Ministério Público Federal (MPF) pediu 25 anos de prisão para Bendine.

“Os elementos de prova são fortes. Enquanto presidente da Petrobras, ele recebeu propina para favorecer a Odebrecht”, afirmou o procurador Athayde Ribeiro da Costa.

Como provas estão e-mails enviados por Bendine para o departamento jurídico da Petrobras, nos quais ele ventilava a possibilidade de suspender medidas tomadas contra a empreiteira durante a deflagração das primeiras fases da Lava-Jato, principalmente em relação à Odebrecht Óleo e Gás e ao Estaleiro Paraguaçu.

A empresa de publicidade de André Gustavo Vieira da Silva intermediava os negócios ilícitos. De acordo cm o MPF, Bendine e o marqueteiro combinaram e efetuaram o recolhimento de impostos para dificultar a investigação.

Fonte: Jornal do Brasil

Moro autoriza abertura de inquérito para investigar ex-presidente da Petrobras

Publicado em: 14/06/2017


Aldemir Bendine também é ex-presidente do Banco do Brasil. Segundo delatores, ele solicitou e recebeu R$ 3 milhões para auxiliar empreiteira em negócios com a Petrobras. A PF vai investigar o caso.

O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, autorizou o pedido de instauração de inquérito policial para investigar o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine. A Polícia Federal vai investigar o caso.

Segundo depoimento de delação feito por Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, Bendine solicitou e recebeu R$ 3 milhões para auxiliar a empreiteira em negócios com a Petrobras. Conforme os delatores, o dinheiro foi pago em espécie através de um intermediário.

O pedido de abertura de inquérito policial foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) no dia 5 de junho. A decisão de Moro é de sexta-feira (9).

“Defiro, sendo necessária a melhor apuração dos fatos antes de qualquer conclusão”, disse Moro. Ele determinou ainda que o inquérito seja mantido em sigilo.

Em 2015, Bendine era braço direito da então presidente Dilma Rousseff. E deixou o banco com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas, segundo os delatores, ele já cobrava propina no Banco do Brasil, e continuou cobrando na Petrobras.

O pedido de propina, segundo os delatores, foi feito em 2014, quando Aldemir Bendine era presidente do Banco do Brasil. Na delação de Fernando Reis, o ex-executivo da Odebrecht conta que foi procurado por um representante de Bendine, o publicitário André Gustavo Vieira da Silva, com uma queixa sobre o ministro da Fazenda Guido Mantega.

“Que o Guido mandava sempre o Aldemir fazer as coisas, que ele fazia, que tinha a percepção que o então ministro Guido Mantega fazia parte da arrecadação e que ele, Bendine, só recebia as ordens e não recebia nada, então ele queria tentar estabelecer conosco um canal para o Aldemir Bendine”, afirmou Fernando Reis.

O advogado de Bendine, Pierpaolo Bottini, afirmou que o cliente está “à disposição para esclarecer todos os fatos apresentados no inquérito”. A defesa também afirmou que o ex-presidente da Petrobras jamais beneficiou qualquer empresa e sempre pautou a atuação nos limites da lei.

O achaque do ex-presidente do BB sobre a Odebrecht, segundo o delator

Publicado em: 20/04/2017


— O Dida está puto porque o Marcelo trata tudo com o Guido e ele nunca leva nada.

A frase acima foi dita no início de 2014 por André Gustavo Vieira da Silva, enviado de Aldemir Bendine, o Dida, então presidente do Banco do Brasil, para uma conversa nada republicana com o delator da Odebrecht Fernando Reis.

Assim, direta e desavergonhada, a reclamação consta da delação do ex-presidente da Odebrecht Ambiental. De acordo com o relato de Reis, Vieira da Silva era o representante de Bendine para achaques.

Nem é preciso dizer que o Marcelo e o Guido citados possuem os sobrenomes Odebrecht e Mantega, respectivamente.

Segundo a delação, Vieira da Silva procurou Reis em nome de Bendine no início de 2014. Sua missão era cobrar 1% de uma operação de reestruturação da dívida da Odebrecht Agroindustrial, que estava sendo negociada com o Banco do Brasil.

Iniciou a conversa dizendo a Reis que Bendine estava irritado. Motivo: a Odebrecht resolvia seus assuntos direto com Mantega. Bendine sentia-se atropelado pelo ministro da Fazenda, que dava ordens ao BB sem levá-lo em conta.

E mencionou sem rodeios o alongamento de um crédito de R$ 2,9 bilhões negociado pela Odebrecht Agro com o BB. Direto ao ponto, quis saber de Reis quanto Bendine receberia para aprovar o alongamento.

Reis conta que levou o assunto a Marcelo Odebrecht. Recebeu a ordem de enrolar. E assim procedeu.

Em nova conversa com Vieira da Silva, Reis disse, ainda de acordo com o seu próprio relato, que Mantega era a pessoa que cuidava do dinheiro do PT, por isso não havia qualquer atropelo.

O argumento não convenceu o enviado especial de Bendine, que procurou Reis mais quatro vezes. Firmou um pedágio de 1% do valor total da operação. Inicialmente, esse percentual corresponderia a R$ 29 milhões.

No início de 2015, porém, a área técnica do BB decidiu segregar o valor da operação e refinanciar R$ 1,2 bilhão para o plantio de cana dentro do Plano Safra.

O alongamento agora era, portanto, de R$ 1,7 bilhão (originalmente o pedido era de R$ 2,9 bilhões). Vieira da Silva voltou à carga. Pediu 1% desse valor, ou seja, R$ 17 milhões.

Como em fevereiro de 2015 Bendine virou presidente da Petrobras, a Odebrecht, de acordo com Reis, resolveu parar de enrolar. Os interesses da Odebrecht na Petrobras eram gigantescos na estatal e não era o caso de desafiar o poder de retaliação de Bendine — o que foi efetivamente foi provado por Vieira da Silva, que ameaçou com o cancelamento de contratos na Petrobras.

Em 18 de maio de 2015, enfim, Reis e Marcelo Odebrecht se reuniram com Bendine na casa de Vieira da Silva, em Brasília. No encontro, foi acertado um pagamento inicial de R$ 3 milhões, que foi feito pelo departamento de propinas.

Tomando o relato da delação ao pé da letra, pode-se dizer que Bendine insistiu e conseguiu o que queria aos 44 minutos do segundo tempo, pois um mês depois, Marcelo Odebrecht foi preso.

Bendine sempre foi conhecido pela ousadia. Em 2010, comprou um imóvel em São Paulo pagando R$ 150 mil em espécie. Justificou dizendo que, embora presidente do BB à época, guardava o dinheiro em casa. Mas em conversa com pessoas próximas, tem negado as acusações de Fernando Reis.

Fonte: O Globo

Ex-presidente do BB e da Petrobras é acusado de pedir dinheiro para ‘atenuar’ Lava-Jato

Publicado em: 13/04/2017


SÃO PAULO – Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobas e do Banco Brasil nos governos do PT, é acusado por ex-executivos da Odebrecht de ter recebido R$ 3 milhões para evitar o avanço da Lava-Jato. Segundo os delatores, Bendine se apresentava como “interlocutor da presidente da República”.

Ainda de acordo com as delações, Bendine teria recebido três parcelas de R$ 1 milhão do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, conhecido como departamento de propina. O pagamento ao ex-presidente das estatais teria sido intermediado pelo publicitário André Gustavo.

As acusações foram feitas pelos delatores Fernando Reys e pelo próprio Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira. Segundo o despacho em que o ministro Edson Fachin remete o caso à Justiça Federal do Paraná por nenhum dos envolvidos ter direito ao foro privilegiado, o Ministério Público diz que os colaboradores foram procurados entre os anos de 2014 e 2015 por Bendine “solicitando vantagem indevida para atuar em nome da Odebrecht Ambiental”.

“Em outra ocasião, por intermédio de André Gustavo Vieira da Silva, pediu-se o valor equivalente a 1% da dívida alongada da Odebrecht Ambiental perante o Banco do Brasil, a fim de permitir a renegociação do débito”, diz o documento.

O despacho relata também que, “por insistência de André Gustavo”, a soma foi paga em três parcelas de R$ 1 milhão. Procurados, Bendine e o publicitário André Gustavo não foram encontrados para comentar as acusações.

Fonte: O Globo

Petrobras, BB e BNDES serão primeiras a se adaptarem à Lei das Estatais

Publicado em: 26/01/2017


O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta quinta-feira (26) que a Petrobras, o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão as primeiras estatais a atender aos critérios da Lei 13.303/16, apelidada de Lei das Estatais, que fixa critérios para a escolha de diretores dessas empresas.

“A lei tem um calendário para a implementação das medidas, mas nós estamos nos dedicando para que todas as medidas estejam implementadas antes do prazo. Em março já teremos algumas empresas completamente em conforme”, afirmou o ministro.

Entre outros pontos, a lei proibe que pessoas com atuação partidária ou que estejam em cargos políticos ocupem postos de direção nas empresas, a adoção de medidas como as previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal para dar maior transparência às contas, e prazo de dez anos para que todas as estatais de economia mista mantenham pelo menos 25% do capital no mercado de ações.

Dyogo Oliveira destacou que, para dar mais transparência, o Planejamento passará a publicar um boletim com informações sobre as estatais.

“Há uma série de informações que são disponíveis a respeito das estatais. A lei reforça isso e cria a obrigação da divulgação de estatísticas e dados das estatais e nós, do ministério, estamos preparando um boletim de informações das estatais”, disse.

O ministro ressaltou ainda que o governo vai trabalhar para que as estatais sejam sustentáveis e parem de dar prejuízo.

“Ao nosso ver, nenhuma empresa pode ser deficitária. As empresas estatais, embora tenham essa finalidade pública, têm que se organizar de uma forma sustentável”, disse Oliveira, após abrir um seminário sobre a implementação da Lei das Estatais.

Previdência

Ao ser questionado se o governo espera que a sua proposta de reforma da Previdência seja aprovada pelo Congresso ainda no primeiro semestre de 2017, Dyogo Oliveira destacou que o tempo para a aprovação depende de deputados e senadores.

“Esperamos que a reforma seja aprovada no prazo mais rápido possível, mas o tempo é o tempo do Congresso”, disse.

Fonte: G1

Opinião – Banco do Brasil: a salvação da lavoura

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Ao assumir a presidência do Banco do Brasil em 2016, Paulo Rogério Caffarelli realizava um sonho de infância. O executivo paranaense iniciou sua carreira no BB como menor aprendiz, e construiu uma trajetória de sucesso no banco durante 32 anos.

Em 2014, ele deixou a instituição financeira para se tornar secretário executivo do Ministério da Fazenda, e posteriormente se tornaria diretor executivo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Quando voltou ao BB, foi para se tornar presidente do maior banco do país em ativos, com R$ 1,4 trilhão.

Portanto, não adianta a tentativa de alguns segmentos do setor financeiro, ligados ao capital financeiro, que querem desestabilizar o Banco do Brasil, um competidor da rede privada.

O BB é um instrumento que não permite que o cartel dos juros comandado pela rede privada possa continuar a sangrar a indústria, a lavoura e muito menos o câmbio que já fez o estrago que pôde à indústria paulista.

Como foi o caso no governo Lula, em que o câmbio – coisa que o presidente do Banco Central conhece desde criancinha – ficou subvalorizado com o real forte, dando início à derrocada da indústria paulista. Agora, esse mesmo grupo tenta desestabilizar o Brasil, tendo como alvo a figura do presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli.

O presidente da República, Michel Temer, atento a esta tentativa de intriga, não deixará que esses algozes do capital brasileiro saiam vencedores.

Caffarelli será obrigado, a qualquer momento, de forma legal, a demonstrar provimentos que, em um primeiro momento de estudo, poderiam demonstrar uma virtual fragilidade do banco, mas que pode se tornar o remédio necessário para que o banco continue forte.

E para que os que tentam derrotá-lo não façam o mesmo que fizeram com a Petrobras.

Fonte: Jornal do Brasil