BB divulga lucro recorde, eleva payout e projeta bom 2024

Publicado em: 22/02/2024

O Banco do Brasil (BBAS3) encerrou a temporada de balanços dos “bancões” do quarto trimestre de 2023 com um lucro acima do esperado pelo mercado, de R$ 9,4 bilhões (3% além do consenso Bloomberg e da LSEG) e com a rentabilidade (ROE) atingindo um novo patamar, chegando a 22% (+1,2 ponto percentual na comparação trimestral). Em termos de lucro e rentabilidade, o BB ficou acima do Itaú (ITUB4) no trimestre, destacando-se novamente entre os incumbentes. Em 2023, o lucro cresceu 11,4%, para 35,6 bilhões, recorde histórico para o banco.

Para diversos analistas, contudo, o resultado não se apresentou como tão positivo como à primeira vista pode parecer. O Bradesco BBI avalia que o lucro superou as projeções principalmente por conta de um aumento significativo nos resultados do Banco Patagonia, com R$ 2,4 bilhões de lucro líquido (de R$ 1,3 bilhão no 3T23), fazendo com que a Margem Financeira Líquida (NII) ficasse 6,0% acima da sua estimativa, enquanto sua margem com clientes diminuiu sequencialmente no trimestre.

Com isso, e também com o mercado embolsando lucros após máximas, o papel BBAS3 fechou a sessão desta sexta-feira (9) em queda de 1,66%, a R$ 57,57. Porém, as perspectivas seguem positivas, ainda levando em conta o aumento do dividend payout (dividendo em relação ao lucro) para 2024 e o guidance sólido.

Voltando para o 4T23, “a margem financeira bruta teve uma ajuda por conta da variação cambial do Banco Patagônia, em que o Banco do Brasil tem participação. Houve um ganho não recorrente, por assim dizer, de variação cambial, não é algo da operação”, aponta Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed. O número ainda foi bastante afetado pelo menor pagamento de impostos neste trimestre: a alíquota efetiva de imposto de renda foi de apenas 28%, bem menor que em trimestres anteriores (ao redor de 36%).

Além disso, as despesas de provisão do Banco do Brasil aumentaram significativamente no trimestre (+32,8% na comparação com o 3T23 e 38,5% acima do esperado pelo BBI) devido ao agravamento dos riscos no segmento corporativo/PME (pequenas e médias empresas).

A Genial também destaca o aumento considerável na provisão (PDD) devido a agravamentos de risco no segmento empresas e em outras provisões que incluem questões cíveis, fiscais e trabalhistas. Além disso, houve um aumento na inadimplência mesmo excluindo o efeito de Americanas. Com o resultado de margem financeira acima do guidance, o banco teve espaço para reforçar o balanço com provisões de crédito, principalmente para fazer frente a carteira de atacado, avalia.

Para o BBI, as despesas operacionais, por sua vez, surpreenderam positivamente, enquanto as taxas de serviço tiveram um desempenho fraco apesar da sazonalidade geralmente forte do 4T23. “Em nossa opinião, apesar de superar as projeções, os resultados do 4T23 do Banco do Brasil levantaram pontos importantes para reflexão sobre as principais tendências, como i) a relevância do Banco Patagonia em relação à rentabilidade do banco, ii) a qualidade do NII, spreads e portfolio, e iii) a qualidade dos ativos para empréstimos corporativos e rurais”, avalia o banco.

Notavelmente, aponta o BBI, o Banco Patagonia ganhou uma importância impressionante na rentabilidade do Banco do Brasil, representando 24,5% do lucro líquido consolidado deste último no 4T23 (de 13,6% no 3T23) e 16,7% do valor do ano de 2023 (vs. 9,4% em 2022). Além disso, observa que os spreads dos clientes contraíram (-50 pontos-base ante o 3T23), enquanto a qualidade dos ativos para o agronegócio e empréstimos corporativos apresentou deteriorações sequenciais. Houve, porém, melhoria sequencial dos índices de inadimplência do varejo.

A XP também ressalta que a inadimplência foi impactada mais uma vez por um “caso específico de uma empresa no segmento de grandes corporações que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023”. Isso fez com que o índice de inadimplência acima de 90 dias subisse por mais um trimestre (+11 pontos-base ante o 3T23) para 2,92%. “No entanto, o BB continua com a menor inadimplência entre os bancos incumbentes. O Banco do Brasil informou que, sem esse impacto, o número teria sido de 2,75%. Portanto, o índice de Cobertura caiu para 196,7% (-2,4 pontos percentuais ante o 3T23), o que ainda consideramos saudável”, avalia a casa.

Ânimo continua

Além do resultado, a companhia ainda divulgou suas projeções para 2024 e também pagamento de proventos e mudanças para este ano, trazendo a perspectiva de um ano novamente forte que deve guiar as visões positivas do mercado. O lucro líquido ajustado do BB neste ano deve ficar entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões, de acordo com os guidances do banco. No ano passado, o resultado foi de R$ 35,6 bilhões, enquanto as projeções eram de resultado entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões.

Para a XP, o banco apontou números encorajadores que incluem um crescimento da carteira entre 8% e 12%, a maior meta entre os incumbentes. “O mais surpreendente é a projeção para o lucro líquido, apontando uma faixa de crescimento de 9,5% a 18%. Essas projeções podem levar a um aumento substancial em nossos números e no consenso”, avaliam os analistas.

O guidance para 2024, na visão da Genial, aponta para mais um ano de lucro robusto, mas com uma significativa desaceleração em relação a 2023. “Em nossas projeções, o meio do guidance está em linha com nossas projeções de algumas semanas atrás, resultando em um crescimento de aproximadamente 8,3% ao ano. Além do lucro ainda em níveis atrativos, o ROE deve se manter em patamares bem elevados próximo de 21%, competindo com o Itaú em rentabilidade”, avalia.

O banco também anunciou pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 2,38 bilhões e um aumento do seu dividend payout (dividendo em relação ao lucro do banco) de 40% para 45%, o que representaria um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de 10% para 2024, na projeção do Bradesco BBI.

O anúncio trouxe reações diversas dos analistas: a XP destacou que a elevação do payout foi “tímida”, enquanto o Citi apontou que a alta foi inesperada e pode ser um fator para um “re-rating” (ou reclassificação) das ações. “Os índices de capital seguem bem acima dos mínimos regulatórios, o que deu espaço para o banco aumentar o payout”, ressalta a Genial, que calcula que, com o novo payout de 45%, é estimado um dividend yield de 10,3%, um pouco melhor que os 9,2% com o payout antigo de 40%.

“Com ventos favoráveis para a lucratividade do banco, reiteramos nossa recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 64,90 para o final de 2024. Apesar do desempenho superior a seus pares, o banco estatal continua a ser negociado com desconto”, avalia a Genial. A XP também ressalta que, apesar do bom desempenho das ações no ano passado, ainda vê o banco com um desconto significativo, com uma avaliação atrativa de 5,1 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2024, tendo recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 61 por ação para o final de 2024.

Na visão do Citi, apesar do 4T23 cheio de eventos não-recorrentes, as atenções devem ficar focadas em 2024. “Enquanto vemos o guidance do BB para NII como desafiador, acreditamos que o mercado deve receber bem a visão positiva reiterada pelo BB, levando a uma elevação das estimativas de consenso, que estão atualmente no piso do guidance. Além disso, o payout mais alto era uma requisição recorrente dos investidores, o que deve levar a uma reclassificação dos ativos”, reforça o banco, que recomenda compra com preço-alvo de R$ 74.

Fonte: Infomoney

BB não antecipará dividendos, nem deve elevar payout de 40% antes de 2025

Publicado em: 18/08/2023


Uma possível antecipação de dividendos e mudanças no percentual do lucro repassado aos acionistas (payout) não estão previstos no curto prazo para o Banco do Brasil (BBAS3), disse Geovane Tobias, vice-presidente de gestão financeira e RI nesta quinta-feira (10), em entrevista coletiva a jornalistas.

O payout (parcela do lucro distribuída na forma de dividendos) do banco atualmente é de 40%. Tobias afirmou que o BB está passando por um processo de ajuste de metodologias de alocação de capital para risco operacional, que deve se estender até 2025 – período no qual não considera prudente mudanças sobre a remuneração dos acionistas.

“Nós preferimos manter nossa política de remuneração. Não tem previsão de aumento de dividendos, muito pelo contrário, vamos manter esse payout de 40%”, diz Geovane Tobias, vice-presidente de gestão financeira e RI do Banco do Brasil.

Questionado sobre a existência de lucros acumulados e de uma possível antecipação de proventos devido à reforma tributária, Tobias reforçou que apesar da reserva de lucro existir, as provisões são feitas com base nas metodologias de risco. “Não temos nenhuma carta na manga ou reserva ocular para antecipar lucro”, completou.

Tobias reforçou ainda que, em função de estratégias de negócios aprovadas pelo banco para os próximos cinco anos, não faria sentido elevar as distribuições. Ele destacou que o BB está em conversas para fazer ajustes em algumas áreas no segundo semestre, por conta da queda dos juros, que deve trazer oportunidades para o mercado.

“Dentro dessa visão de remuneração do acionista, na medida que a gente entende que o capital que está sendo reinvestido na nossa base traz um retorno de 20%, para que distribuir mais? Se o dinheiro aqui está rendendo mais para o acionista”, defendeu.

Tobias lembrou que no passado o BB já chegou a distribuir apenas o mínimo, de 25% do lucro, quando apresentava uma estrutura de capital pior. “Temos ainda alguns ajustes a serem feitos, que estão sendo colocados pela autoridade monetária, e devem ir até 2025. Qualquer mudança que o BB queira fazer, acho é melhor esperar esses ajustes acontecerem”, destacou.

O executivo defendeu ainda que quanto mais reforço o BB fizer na base de capital e mais musculatura tiver para aproveitar o ciclo de crescimento da economia é melhor, esclarecendo que todas essas variáveis seriam levadas em contaa em uma possível mudança de payout.

Pé no chão

Embora otimista com os resultados de algumas linhas, que apresentaram bons patamares históricos, a gestão do Banco do Brasil se mostrou conservadora em algumas projeções. No caso do lucro líquido ajustado para 2023, por exemplo, manteve seu guidance (projeção) de R$ 33 bilhões a R$ 37 bilhões para este ano.

O banco também não alterou sua projeção de crescimento nas linhas de crédito para pessoas físicas. O BB espera um avanço de 7% a 11% neste ano. Apenas no primeiro semestre, o crescimento observado foi de 10%.

Para a carteira de crédito como um todo, o crescimento foi revisado para o patamar entre 9% e 13%, com elevação no segmento empresas e agronegócio.

Em relação a provisões, com possível impacto no terceiro e no quarto trimestres de um cliente corporate em recuperação judicial, o crescimento da carteira de crédito e a inadimplência de pessoas físicas atingindo picos no primeiro semestre, o BB reajustou suas provisões para devedores duvidosos (PCLD) para o patamar entre R$ 23 bilhões e R$ 27 bilhões.

Fim do JCP

Tobias afirmou que o banco está avaliando impactos diante de um possível fim dos juros sobre capital próprio (JCP) com a reforma tributária. O executivo descartou a possibilidade aumento de custo nas linhas de crédito em função de uma mudança do tipo, dizendo que o aumento da carga fiscal não necessariamente se traduzirá em repasse de preços.

“Nos temos condições de amenizar eventual impacto via geração de mais negócios”, afirmou.

Em teleconferência com analistas, Tobias também defendeu que o Banco do Brasil está enxergando com muita tranquilidade possíveis mudanças em relação aos JCP. “O BB tem se mostrado aberto ao diálogo e acreditamos que deve ter um canal aberto para o debate entre Febraban [Federação Brasileira de Bancos], governo e Congresso, buscando a melhor solução para não impactar o setor”, disse.

Fonte: Infomoney

BB não antecipará dividendos, nem deve elevar payout de 40% antes de 2025, diz CFO

Publicado em: 11/08/2023


Uma possível antecipação de dividendos e mudanças no percentual do lucro repassado aos acionistas (payout) não estão previstos no curto prazo para o Banco do Brasil (BBAS3), disse Geovane Tobias, vice-presidente de gestão financeira e RI nesta quinta-feira (10), em entrevista coletiva a jornalistas.

O payout (parcela do lucro distribuída na forma de dividendos) do banco atualmente é de 40%. Tobias afirmou que o BB está passando por um processo de ajuste de metodologias de alocação de capital para risco operacional, que deve se estender até 2025 – período no qual não considera prudente mudanças sobre a remuneração dos acionistas.

“Nós preferimos manter nossa política de remuneração. Não tem previsão de aumento de dividendos, muito pelo contrário, vamos manter esse payout de 40%”, destaca Geovane Tobias, vice-presidente de gestão financeira e RI do Banco do Brasil.

Questionado sobre a existência de lucros acumulados e de uma possível antecipação de proventos devido à reforma tributária, Tobias reforçou que apesar da reserva de lucro existir, as provisões são feitas com base nas metodologias de risco. “Não temos nenhuma carta na manga ou reserva ocular para antecipar lucro”, completou.

Tobias reforçou ainda que, em função de estratégias de negócios aprovadas pelo banco para os próximos cinco anos, não faria sentido elevar as distribuições. Ele destacou que o BB está em conversas para fazer ajustes em algumas áreas no segundo semestre, por conta da queda dos juros, que deve trazer oportunidades para o mercado.

“Dentro dessa visão de remuneração do acionista, na medida que a gente entende que o capital que está sendo reinvestido na nossa base traz um retorno de 20%, para que distribuir mais? Se o dinheiro aqui está rendendo mais para o acionista”, defendeu.

Tobias lembrou que no passado o BB já chegou a distribuir apenas o mínimo, de 25% do lucro, quando apresentava uma estrutura de capital pior. “Temos ainda alguns ajustes a serem feitos, que estão sendo colocados pela autoridade monetária, e devem ir até 2025. Qualquer mudança que o BB queira fazer, acho é melhor esperar esses ajustes acontecerem”, destacou.

O executivo defendeu ainda que quanto mais reforço o BB fizer na base de capital e mais musculatura tiver para aproveitar o ciclo de crescimento da economia é melhor, esclarecendo que todas essas variáveis seriam levadas em contaa em uma possível mudança de payout.

Fonte: Infomoney

 

Banco do Brasil aprova distribuição de 40% dos lucros em 2023

Publicado em: 20/01/2023


O Banco do Brasil (BBSA3) comunicou na noite desta quinta-feira (19) que o seu conselho de administração aprovou payout (distribuição de lucros) de 40% para o exercício de 2023, via juros sobre o capital próprio (JCP) ou dividendos.

Segundo a instituição, o valor do payout definido considerou “os balizadores constantes na política, em especial, o resultado do Banco, sua condição financeira, a necessidade de caixa, o Plano de Capital e suas metas e respectivas projeções, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais, oportunidades de investimento existentes e a manutenção e expansão da capacidade operacional”.

O BB remunerará os acionistas em oito fluxos. Quatro pagamentos realizados ao longo dos próximos trimestres deste ano, de forma antecipada, com a primeira prevista para o dia 31 de março.

Há ainda outros quatro pagamentos complementares, efetivados após o encerramento dos trimestres, com a primeira para junho de 2023. Confira quadro abaixo:

Fonte: InvestNews

Após reunião, Banco do Brasil aprova pagar payout de 40% em 2022

Publicado em: 28/01/2022


O conselho de administração do Banco do Brasil aprovou no dia 20 de janeiro o payout de 40% para o exercício de 2022, via dividendos e ou juros sobre o capital próprio (JCP), informou a companhia, em comunicado ao mercado.

O banco disse que a definição do valor considerou seu resultado, sua condição financeira, necessidade de caixa, plano de capital e suas metas e respectivas projeções, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais, oportunidades de investimento existentes e a manutenção e expansão da capacidade operacional.

Fonte: Agência CMA

BB revisa para 40% percentual do lucro de 2021 a ser distribuído a acionistas

Publicado em: 29/01/2021


O conselho de administração do Banco do Brasil aprovou a revisão de sua política de remuneração aos acionistas e estabeleceu o percentual de 40% do lucro líquido a ser distribuído referente ao exercício de 2021 via dividendos e/ou juros sobre o capital próprio (JCP).

O percentual representa um aumento frente ao payout de 35,29% aprovado para o exercício de 2020, conforme fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira (25).

A divulgação do balanço do quarto trimestre da instituição está programada para o próximo dia 11 de fevereiro. De janeiro a setembro, o BB registrou lucro líquido ajustado de R$ 10,2 bilhões, o que representa uma queda de 23% em relação ao mesmo período de 2019.

No auge da crise do coronavírus, o Banco Central limitou o chamado payout, ou seja, o percentual do resultado distribuído aos acionistas dos bancos para 25% ou o mínimo definido no estatuto, mas flexibilizou a norma no fim do ano passado.

“O valor do payout definido pelo Conselho de Administração considerou os balizadores constantes na Política, em especial, o resultado do Banco, sua condição financeira, a necessidade de caixa, o Plano de Capital e suas metas e respectivas projeções, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais, oportunidades de investimento existentes e a manutenção e expansão da capacidade operacional”, informou a nota assinada por Carlos José da Costa André, Vice-Presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores.

Fonte: CNN Brasil com Money Times e Seu Dinheiro