BB mantém expectativa de IPO do argentino Patagônia

Publicado em: 29/03/2017

SÃO PAULO – O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, afirmou que a instituição mantém o interesse em fazer a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) e que a venda de outros ativos, a princípio, está limitada a operações que não possuem relação com o setor bancário.

— Estamos estudando um IPO e neste momento não há nenhuma conversa direta com possíveis compradores — disse, após participar de evento do Bank of America Merril Lynch.

O BB é controlador do Patagônia desde 2010. Caffarelli afirmou que não há uma decisão de vender toda a participação acionária no banco argentino ou só uma parte.

O banco também pode vender participações em negócios fora do setor bancário, como a Neoenergia e a Kepler Weber. Essa última, que fabrica silos para armazenagem de produtos agrícolas, já está praticamente concluída. Os recursos das vendas de ativos considerados não essenciais serão usados para melhorar a estrutura de capital do banco. Pelas regras do setor, uma instituição precisa de um capital mínimo (medido pelo índice de Basileia) para continuar concedendo crédito. Quanto maior esse índice, mais espaço para crescimento da carteira.

Caffarelli reforçou que a estratégia do banco para esse ano não depende da venda de ativos, mas que se for uma boa oportunidade será feita, já que está descartada aportes por parte do acionistas controlador – no caso, a União.
— Vamos vender só se forem boas oportunidades. Já a venda de algo do nosso core business, a gente está resistindo. Se você vende algo hoje, abre mão da receita futura em um momento que o modelo dos bancos esta migrando do crédito para serviços — explicou, dando como exemplo de áreas essenciais para a atividade bancária a de cartões e da distribuição de títulos e valores.

Fonte: EXTRA

Opinião – Banco do Brasil: a salvação da lavoura

Publicado em: 26/01/2017

Ao assumir a presidência do Banco do Brasil em 2016, Paulo Rogério Caffarelli realizava um sonho de infância. O executivo paranaense iniciou sua carreira no BB como menor aprendiz, e construiu uma trajetória de sucesso no banco durante 32 anos.

Em 2014, ele deixou a instituição financeira para se tornar secretário executivo do Ministério da Fazenda, e posteriormente se tornaria diretor executivo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Quando voltou ao BB, foi para se tornar presidente do maior banco do país em ativos, com R$ 1,4 trilhão.

Portanto, não adianta a tentativa de alguns segmentos do setor financeiro, ligados ao capital financeiro, que querem desestabilizar o Banco do Brasil, um competidor da rede privada.

O BB é um instrumento que não permite que o cartel dos juros comandado pela rede privada possa continuar a sangrar a indústria, a lavoura e muito menos o câmbio que já fez o estrago que pôde à indústria paulista.

Como foi o caso no governo Lula, em que o câmbio – coisa que o presidente do Banco Central conhece desde criancinha – ficou subvalorizado com o real forte, dando início à derrocada da indústria paulista. Agora, esse mesmo grupo tenta desestabilizar o Brasil, tendo como alvo a figura do presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli.

O presidente da República, Michel Temer, atento a esta tentativa de intriga, não deixará que esses algozes do capital brasileiro saiam vencedores.

Caffarelli será obrigado, a qualquer momento, de forma legal, a demonstrar provimentos que, em um primeiro momento de estudo, poderiam demonstrar uma virtual fragilidade do banco, mas que pode se tornar o remédio necessário para que o banco continue forte.

E para que os que tentam derrotá-lo não façam o mesmo que fizeram com a Petrobras.

Fonte: Jornal do Brasil

‘BB está reduzindo onde precisa de gente’, critica sindicato

Publicado em: 02/12/2016

Para o sindicato dos funcionários de bancos, o fechamento de 402 agências do Banco do Brasil e a transformação de outras 379 em postos de atendimento (com serviços mais restritos) é prejudicial ao País, ao próprio banco e aos empregados.

“O banco está reduzindo principalmente onde precisa de gente para atender aos clientes”, disse Wagner Nascimento, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Nascimento questiona a afirmação do presidente do BB, Paulo Rogério Caffarelli, de que o enxugamento da estrutura física vai ao encontro do aumento dos meios digitais. “O perfil do cliente do banco nem sempre é digital. Eles vão fechar agência em cidades do interior, onde muitos clientes não são usuários dos serviços digitais”, ponderou.

De acordo com o BB, as transações bancárias realizadas nas agências estão em forte redução. Segundo o banco, 9,4 milhões de clientes realizam 1 bilhão de transações bancárias por mês por meio do aplicativo do banco para celular, o correspondente a 40% do total. Outros 27% correspondem às transações realizadas pela internet. A expectativa do banco é que o número de clientes que utiliza o aplicativo do banco salte para 15 milhões até dezembro do próximo ano.

Nascimento discorda da análise de Caffarelli que a ampliação do atendimento digital, com o enxugamento da estrutura física, seja irrevogável. “O que pesa é conta financeira e não a estratégia do banco”, afirmou. A reestruturação das unidades físicas vai gerar economia de R$ 750 milhões por ano, segundo o BB.

Coordenador da Comissão de Empresas dos Funcionários do BB, Nascimento também criticou a meta do presidente do banco de perseguir a rentabilidade dos concorrentes. “O BB não tem que ficar seguindo exemplo de Itaú e Bradesco. Banco público tem um papel diferente. Quem é que faz política anticíclica em momentos de crise? Os privados vão fazer?”, ironizou o sindicalista.

“Há uma disposição do governo Michel Temer de mostrar ao mercado que está fazendo alguma força”, completou. Uma reunião foi marcada para esta terça-feira entre representantes do sindicato e do banco. Além da ampliação do atendimento digital, o BB afirmou que o considerou a localização de agências próximos para o fechamento de unidades, principalmente em São Paulo (onde o banco comprou a Nossa Caixa) e Santa Catarina (depois da incorporação do Besc).

Aposentadoria. Em relação ao plano de aposentadoria incentiva, Nascimento elogiou os incentivos dados pelo banco para adesão – 12 salários, além de indenização pelo tempo de serviço, que varia entre um e três salários, a depender do tempo d banco (entre 15 e 30 anos completo).

Ele acha que a adesão vai ficar entre 8,5 mil e 9 mil pessoas. O plano foi oferecido para 18 mil funcionários com mais de 50 anos e 15 anos de casa. Segundo simulações feitas pelo BB, se 9 mil funcionários aderirem, a economia será de R$ 2,130 bilhões.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,bb-esta-reduzindo-principalmente-onde-precisa-de-gente-critica-sindicato,10000089706