Banco do Brasil sofrerá ‘efeito Argentina’ no Banco Patagônia?

Publicado em: 21/03/2024

Em novo relatório sobre o Banco do Brasil (BBAS3), especialistas do Safra voltaram a discutir o impacto da receita líquida de juros (NII) – ponto que é visto com preocupação por alguns investidores.

“Os investidores estavam preocupados com o aumento do NII para atingir o ponto médio do guidance do Banco do Brasil, dados alguns obstáculos, como contribuições mais baixas da margem e as margens de depósito do Banco Patagonia, o que está alinhado com a nossa visão”, diz o Safra.

Os especialistas apontam que a do Patagônia pode encolher 50% por conta da desvalorização do peso argentino – fenômeno que implicaria em um crescimento da margem financeira de 14% na base anual no Brasil.

Em sua análise, eles concluíram que as taxas do front book (novas originações) são mais altas do que as do back book (carteira atual).

“Para tanto, cruzamos nossa base de dados de coorte do Banco Central com as taxas de juros diárias dos últimos 10 anos. A primeira base nos ajudou a estimar uma boa proxy para a composição do crédito consignado por safra, e a segunda, para calcular a receita de juros e o rendimento médio da carteira”, observa o Safra.

“O resultado confirma o discurso do Banco do Brasil, pois observamos que o back book sim tem rentabilidade inferior em relação às novas taxas de originação. Nossos cálculos mostraram que a rentabilidade da carteira pública de crédito consignado está atualmente em torno de 1,45% ao mês”, completa.

Banco do Brasil não deve sofrer com quebras de safra do agro, diz CEO

A desaceleração do agronegócio em 2024, apesar de ter chamado atenção e tomado manchetes, não está fora do radar e não deve ser uma grande pedra no sapato do BB.

Isso de acordo com declarações da CEO do banco, Tarciana Medeiros, durante o evento Bloomberg Voices, nesta terça-feira (19). A executiva do Banco do Brasil destacou que a desaceleração do agronegócio já está dentro das projeções do banco e que não devem impedir a companhia de entregar seu guidance.

“Embora exista uma quebra de safra, que é pequena, nos grãos temos safras recordes em outras culturas. Somos um país com essa característica no agronegócio, que é muito diverso”, declarou a CEO do Banco do Brasil.

Segundo Tarciana Medeiros, o guidance do BB já contempla uma desaceleração do setor entre 11% e 15%. Além disso, ela declarou que o problema do agro não é tão grave neste ano e que os problemas climáticos estão sob controle.

“Temos modelos de analise de risco que trazem para nós com muita precisão o que acontecerá com o agro e com as questões climáticas. Tem variação? Tem. Mas ainda assim é possível estimar com muito mais precisão”, disse.

Durante o evento a executiva reafirmou a capacidade do BBAS3 em entregar seu guidance e crescer sua carteira de crédito.

Em meio a um cenário de reduções de juros no Brasil e expectativas de cortes para a metade do ano nos EUA, o BB espera crescer, inclusive, no crédito com pessoa física.

“Temos oportunidade de capturar um ganho de valor. Tivemos aumento de salário mínimo e de renda, que aquecem o consumo, e também a melhora da atividade da indústria. Com a queda de juros, automaticamente conseugimos crescer nessas frentes”, disse.

Tarciana ainda declarou que o Banco do Brasil tem uma carteira de crédito que é “um sonho” por causa da diversificação. “Nossa distribuição entre setores traz segurança para quando temos assimetria de desempenho em algum dos mercados”.

Fonte: Suno

Diretor afastado após comercial sobre diversidade irá para o Patagônia

Publicado em: 06/06/2019


Afastado do cargo após interferência do governo na divulgação de um comercial do Banco do Brasil sobre diversidade, Delano Valentim de Andrade renunciou oficialmente nesta sexta-feira (31). A saída não envolve, porém, o fim do vínculo com o banco público. Ele será vice-presidente do argentino Banco Patagônia, controlado pelo BB.

Andrade era diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil, mas foi afastado do posto após a interferência do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na divulgação de um vídeo em que apareciam jovens descolados. Eram retratados negros, gays e havia uma transexual no vídeo.
O comercial foi considerado inapropriado pelo presidente, que pediu a retirada da campanha do ar. A ordem foi acatada por Rubem Novaes, presidente do BB, ainda em abril.

Desde que Novaes assumiu o comando do Banco do Brasil, delegou às suas equipes de marketing e de tecnologia um plano para atrair jovens com uma linguagem mais moderna e com serviços via internet capazes de competir com as fintechs, hoje uma ameaça concreta aos maiores bancos e que têm entre os jovens seus maiores adeptos.

Em entrevista a jornalistas, no começo do mês, Novaes afirmou que recebeu o vídeo deBolsonaro e que tampouco gostou do que viu. “Não gostei por uma razão muito simples: nosso objetivo é atingir todo o espectro de jovens, que não vi representado”, afirmou à época.

“Não vi o jovem fazendeiro, o rapaz esportista, o nerd. Não vi ali o jovem de classe média baixa que rala um dia inteiro para pagar estudos à noite. Ficou muito concentrado na juventude descolada”, criticou também à época.

O Banco do Brasil tem atualmente 15% de seus clientes entre 20 e 30 anos, fatia menor que os quase 18% que têm mais de 65 anos.

Fonte: Folha de S.Paulo

Banco do Brasil amplia participação no Patagônia para 80,4%

Publicado em: 12/09/2018


Na última quinta-feira, o Banco do Brasil (BOV:BBAS3) comunicou que as condições precedentes para o aumento de sua participação para 80,4% no Banco Patagonia, da Argentina, foram concluídas e desta forma foi realizado, na mesma data, a transferência de 154.014.912 ações escriturais (correspondem a aproximadamente 21,42% do capital do social do banco argentino) dos acionistas minoritários do Banco Patagonia.

Sendo assim, o BB agora é titular de 578.116.870 ações ordinárias escriturais classe B e reconhecer 80,3894% do resultado gerado pelo Patagonia. Além disso, estima-se redução de 12 pontos base no índice de capital principal do BB com esta aquisição.

A Suno Research destaca que, conforme informado em ocasiões anteriores, o preço de exercício da opção de venda é de US$ 1,314 por ação totalizando um montante de US$ 202,375,594.37.

Para os analistas, a avaliação do negócio é bastante positiva no que tange o aumento de sua participação no Banco Patagonia para 80,38%, após os três acionistas minoritários citados do banco argentino terem exercido opção de vender para a instituição brasileira a fatia conjunta equivalente a 21,42 por cento no negócio.

A Suno lembra ainda que os três acionistas vendedores fazem parte da família de quem o BB comprou uma fatia de 51% do Banco Patagonia em abril de 2010, por US$ 479,6 milhões. Esses acionistas tinham direito a exercer opção de venda ao BB, e decidiram por então exercê-la.

Fonte: Portal ADVFN

BB vai esperar momento mais favorável para re-IPO do banco Patagônia

Publicado em: 18/01/2018


Mais de um ano e meio após ter anunciado a intenção de fazer uma nova oferta de ações do argentino Patagônia, o Banco do Brasil ainda prefere aguardar ventos mais favoráveis no mercado para tirar do papel a operação que, na prática, é uma re-listagem.

Por ora, continua tudo como está. Na Argentina na semana passada, para reuniões na instituição, o presidente do BB, Paulo Rogério Caffarelli, garantiu que o ativo não está à venda, a despeito de ter atraído interessados no ano passado.

O grande entrave para uma negociação em torno do Patagônia sempre foi preço. Isso porque a operação do argentino é rentável e, portanto, não faz sentido para o BB se desfazer da sua fatia por um valor abaixo do patamar justo.

“O Patagônia não está à venda”, afirmou Caffarelli, durante uma reunião na Argentina na ocasião. O BB possui 58,97% do Patagônia, mas cogitava vender apenas 8,5% em uma eventual oferta de ações.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Banco do Brasil e Macro reatam namoro por Patagônia

Publicado em: 01/11/2017


O Banco do Brasil e o espanhol Macro reataram o namoro em torno do Patagônia. As conversas, que tinham sido congeladas, foram retomadas. O principal entrave do passado, porém, segue presente: o preço. O BB não está disposto a aceitar uma oferta abaixo do valor de mercado do Patagônia.

Sem sentido. No passado, Itaú Unibanco e o espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) também tentaram levar o argentino. A percepção dentro do BB é de que, como a operação do Patagônia é rentável, não faz sentido vender sua participação abaixo do valor do mercado.

Inflado?. Na prática, há avaliações de que o certo seria o banco comprar a fatia da família Stuart Milne. A negociação, porém, não avançou também por questão de preço. O valor já estaria definido em contrato e a família igualmente quer vender sua fatia a preço de mercado. Mas como os papéis do Patagônia não têm liquidez na bolsa argentina, o valor poderia estar inflado.

Chance. Em meio a isso, a probabilidade maior continua sendo um possível re-IPO do banco argentino. O BB tem 58,97% do Patagônia, mas cogitava vender apenas 8,5% em uma eventual oferta de ações. Procurados, BB e Macro não comentaram.

Fonte: Estadão

Caffarelli diz que foco do Banco do Brasil continua sendo IPO do Patagônia

Publicado em: 11/08/2017


O foco do Banco do Brasil para o argentino Patagônia continua sendo a venda de uma fatia da instituição em uma oferta de ações, de acordo com o presidente do BB, Paulo Caffarelli. Segundo ele, uma eventual operação não tem data para ocorrer e se dará em um momento oportuno.

Sobre eventuais propostas de investidores estratégicos no Patagônia, Caffarelli disse que o BB nunca trabalhou com a hipótese de venda da instituição, mas que o banco estava aberto para avaliar propostas. “Não deixamos de analisar propostas pelo Patagônia. Acreditamos no Patagônia, mas não deixaremos de analisar proposta”, disse ele, em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira, 10, sem confirmar eventual desistência do banco Macro pelo argentino.

O presidente do BB voltou a reforçar que o banco não considera a venda de ativos, inclusive os que não são core business da instituição. Disse ainda que a instituição está focada em um trabalho orgânico em termos de capital e que o esforço está sendo efetivo. “Não estamos considerando venda de ativos para entregar índice de capital prometido para 2018”, afirmou Caffarelli.

Ele destacou ainda que os bancos brasileiros estão fazendo a lição de casa do ponto de vista de despesas para atuar com mais eficiência em um ambiente de queda dos juros. Afirmou também que o banco não tem planos de redução da rede de agências nem de funcionários.

Portal: Isto É Dinheiro

BB mantém expectativa de IPO do argentino Patagônia

Publicado em: 29/03/2017


SÃO PAULO – O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, afirmou que a instituição mantém o interesse em fazer a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) e que a venda de outros ativos, a princípio, está limitada a operações que não possuem relação com o setor bancário.

— Estamos estudando um IPO e neste momento não há nenhuma conversa direta com possíveis compradores — disse, após participar de evento do Bank of America Merril Lynch.

O BB é controlador do Patagônia desde 2010. Caffarelli afirmou que não há uma decisão de vender toda a participação acionária no banco argentino ou só uma parte.

O banco também pode vender participações em negócios fora do setor bancário, como a Neoenergia e a Kepler Weber. Essa última, que fabrica silos para armazenagem de produtos agrícolas, já está praticamente concluída. Os recursos das vendas de ativos considerados não essenciais serão usados para melhorar a estrutura de capital do banco. Pelas regras do setor, uma instituição precisa de um capital mínimo (medido pelo índice de Basileia) para continuar concedendo crédito. Quanto maior esse índice, mais espaço para crescimento da carteira.

Caffarelli reforçou que a estratégia do banco para esse ano não depende da venda de ativos, mas que se for uma boa oportunidade será feita, já que está descartada aportes por parte do acionistas controlador – no caso, a União.
— Vamos vender só se forem boas oportunidades. Já a venda de algo do nosso core business, a gente está resistindo. Se você vende algo hoje, abre mão da receita futura em um momento que o modelo dos bancos esta migrando do crédito para serviços — explicou, dando como exemplo de áreas essenciais para a atividade bancária a de cartões e da distribuição de títulos e valores.

Fonte: EXTRA