Artigo: O papel público que desejamos do Banco do Brasil

Publicado em: 02/06/2023

Kelly Quirino*

Em 26 de abril deste ano passei a integrar o Conselho de Administração do Banco do Brasil na condição de representante eleita pelos funcionários da estatal. Concorrendo com outros 91 candidatos, venci em primeiro turno com um rol de propostas estruturadas no papel público do BB e na valorização da diversidade de seu corpo funcional. Sentei-me na cadeira do Conselho com o ineditismo de ser a primeira mulher negra a ocupar este papel.

Acredito se tratar de uma conquista que transcende o âmbito pessoal, pois representa um marco significativo para a representatividade racial e de gênero, ao mesmo tempo em que ecoa um grito de repúdio ao racismo e ao sexismo enraizados na estrutura social, tanto no Brasil quanto no mundo corporativo. Sinto-me imensamente orgulhosa por fazer parte da mudança tão necessária na sociedade.

Ao longo de anos, as mulheres negras foram sistematicamente excluídas das esferas de liderança dos grandes conglomerados brasileiros, permanecendo invisíveis e marginalizadas. Conforme revelado por uma pesquisa divulgada pelo IBDEE (Instituto Brasileiro de Diversidade Empresarial) em 2021, o percentual de mulheres ocupando cargos em conselhos de administração de empresas no Brasil é alarmantemente baixo, situando-se em apenas 17%. No entanto, quando consideramos a interseção de gênero e raça, o número de mulheres negras praticamente inexiste, representando menos de 1% do total, conforme ressalta o manifesto elaborado pela Women On Board (WOB). Tal índice evidencia a vergonhosa sub-representação dessas mulheres e revela o quão monumental será o esforço necessário para que suas vozes ecoem pelos espaços de poder.

É evidente que o papel desempenhado pelo Banco do Brasil é essencial para o desenvolvimento econômico e social do país. Por isso mesmo, é importante que se invista em ações e estratégias que permitam fortalecer este banco como instituição pública, que contribua para construir uma nação mais justa e inclusiva.

Os bancos públicos têm um papel excepcionalmente importante a desempenhar pois têm a capacidade de apoiar políticas de desenvolvimento, como o fomento a projetos de longo prazo e a capacitação para utilização correta do crédito produtivo, que as instituições financeiras desprezam por sua visão míope, exageradamente focada em resultados imediatos. Estamos falando, por exemplo, de financiamento à economia inteligente, voltada à inovação, e nas necessidades da emergência climática, como os investimentos que serão necessários para tornar nossa economia verde.

Além de sua fundamental atuação no crédito, desejamos que o Banco do Brasil seja um modelo para seus pares e para as demais empresas brasileiras: governança forte e transparente, respeito aos funcionários e defesa de princípios democráticos e dos direitos humanos.

Acreditamos que é necessário estimular a diversidade e promover o respeito entre as pessoas para gerar verdadeiras mudanças. Por isso, enfatizamos a importância da representatividade de mulheres negras, pessoas LGBTQIA+, PCDs e outros grupos historicamente marginalizados nas esferas decisórias das organizações. Por que não começar pelo BB?

Como mulher negra e funcionária do Banco do Brasil há 15 anos, me comprometo a trabalhar incansavelmente para que ele cumpra a sua missão de ser uma ponte entre o governo, as empresas e as pessoas rumo a uma sociedade menos desigual.

Estamos prontas – e sedentas – para contribuir nesta direção.

*É doutora em comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), professora e funcionária de carreira do Banco do Brasil há 15 anos, além de representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB

Kelly Quirino reforça compromisso com pluralidade e inclusão no Banco do Brasil

Publicado em: 08/05/2023

Uma cerimônia marcada pelo simbolismo da reparação histórica e pela emoção marcou a celebração da posse de Kelly Quirino como Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref), no Conselho de Administração (CA) do Banco do Brasil (BB). O evento ocorreu na noite desta quinta-feira 4, no Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, em Brasília.

Em seu discurso, Kelly agradeceu os mais de 19 mil votos de bancários que a conduziram ao CA do BB, ao movimento sindical, aos seus familiares, seus gestores e aos membros dos coletivos de funcionários BB Black, bancários LGBTQIAP+, Liderança Feminina e PCDs; e reforçou a importância da construção de um banco mais plural, inclusivo e que represente o Brasil.

A Caref também salientou o passado de escravidão do país e as suas consequências que ainda hoje persistem, dentre elas o racismo estrutural e a desigualdade social.

Lembrou que o Banco do Brasil foi responsável por escrever muitas páginas do desenvolvimento econômico e social da nação, mas enfatizou que a instituição financeira contribuiu para a escravidão, ao ter aceito mais de 40 mil escravizados como garantia de operação de crédito, de acordo com registros históricos.

“Quando uma mulher negra se movimenta, toda uma estrutura se movimenta. É isto que estamos fazendo agora. (…) Vou trabalhar para entregar um banco melhor para as futuras gerações. Ao relembrar desse tempo que não se apaga, tenho a clareza de que, se hoje me torno uma conselheira eleita pelos funcionários do BB, não se trata apenas de uma conquista pessoal. Na verdade presenciamos, sem falsa modéstia, um marco para a representatividade racial e de gênero. E um grito contra o racismo e o sexismo que tem sido estrutural e que ainda vivemos no Brasil, em particular no mundo corporativo”, declarou Kelly em seu discurso.

Planos para o mandato

Na sua posse, realizada no dia 27 de abril, Kelly reforçou que mantém suas propostas de campanha, que incluem lutar para que o BB continue forte, ampliando sua participação no mercado sem deixar de lado a ampliação de crédito para desenvolver setores. “O Banco do Brasil tem que ser um aliado no repasse de crédito, incluindo para infraestrutura, agricultura familiar, micro e pequenas empresas. Sou de uma linha com o olhar desenvolvimentista”, pontuou.

A nova Caref destacou ainda que irá colocar em prática a promessa de campanha da criação de um canal direto entre ela e os funcionários do BB, além de ser atuante na promoção da diversidade e no combate ao assédio dentro da empresa.

“Negros e negras compõem 56% da sociedade brasileira, mas apenas 1% de cargos em conselhos de administração. E o Banco do Brasil possui apenas 23% de funcionárias e funcionários negros. Por tudo isto, é muito importante termos uma mulher negra no CA de um banco público a fim de impulsionar a diversidade e a inclusão social e racial no ambiente corporativo, e para que esta evolução se reflita e transforme a sociedade como um todo”, afirma Ana Beatriz Garbelini, diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancária do Banco do Brasil.

Kelly é bancária do BB há 15 anos, atuou por 10 anos na Fundação BB e hoje trabalha na Diretoria de Marketing e Comunicação (Dimac) do banco. Além disso, é pesquisadora associada ao Intercom nas áreas de jornalismo impresso e jornalismo especializado. Em 2020, foi eleita uma das 115 mulheres referência na luta antirracista no Brasil. É doutora em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil confirma vitória de apoiada pela AGEBB, Kelly Quirino, para Caref

Publicado em: 10/02/2023

Com o fim do prazo para impugnação, o Banco do Brasil confirmou, nesta quarta-feira (8 de fevereiro), a eleição de Kelly Quirino como Caref (conselheira de representante dos funcionários no Conselho de Administração da empresa). A nova representante dos funcionários recebeu 19.091, ou 60,70% dos 31.429 votos válidos, enquanto o segundo colocado teve 1.235. Havia 91 candidatos.

“Com esse resultado, de mais de 50% dos votos, a vitória foi alcançada no primeiro turno. E isso mostra a importância da união e colaboração de todos que acreditam na representatividade de Kelly”, avalia Fernanda Lopes, funcionária do BB e secretária da Mulher da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), entidade que apoiou a candidatura de Quirino ao lado da maioria dos sindicatos.

Para Kelly, que é bancária do BB há 15 anos, o resultado alcançado não seria possível não fosse “a militância que abraçou de corpo e alma este projeto em defesa de um novo BB, para um novo Brasil”. A nova Caref se torna, portanto, a primeira mulher negra eleita pelos funcionários para representá-los no Conselho de Administração.

Entre as propostas da nova Caref está a criação de um canal direto com os funcionários, “de preferência com inclusão na intranet corporativa”, explica Kelly. A Caref defende o equilíbrio do papel do Banco do Brasil, como agente financeiro que precisa apresentar resultados e, ao mesmo tempo, que deve dar apoio às políticas de desenvolvimento social do país.

A funcionária do BB também propõe a criação de um comitê de diversidade e inclusão, vinculado à Presidência da instituição, com representantes dos funcionários, para fomentar a valorização de trabalhadores e trabalhadoras, “com a igualdade de oportunidades dentro do banco, independente de gênero, cor, idade, orientação sexual ou escolha religiosa”.

Próximos passos

Após a confirmação do resultado eleitoral, o próximo passo dentro do BB será a verificação dos requisitos de elegibilidade. Em seguida, o processo de aprovação nas instâncias competentes de governança.

Para concorrer, ser eleito, tomar posse e exercer o cargo de Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários, devem estar atendidos todos os critérios, exigências, requisitos, não impedimentos e vedações normativas e regulamentares aplicáveis ao cargo, conforme está previsto no regulamento eleitoral.

Fonte: Contraf-CUT

Kelly Quirino recebe mais de 60% dos votos na eleição Caref BB

Publicado em: 27/01/2023

Kelly Quirino recebeu 60,70% dos votos para Caref BB no primeiro turno para o cargo que representará os funcionários no Conselho de Administração (CA) do Banco do Brasil, nos próximos dois anos. Com mais da metade dos votos, a candidata, apoiada pela AGEBB, representantes eleitos da Previ, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a grande maioria dos sindicatos de bancários e entidades de representação do funcionalismo, vence a disputa sem a necessidade de um segundo turno, que estava previsto para fevereiro.

O resultado ainda é preliminar. Conforme as regras do edital, os números finais serão divulgados, pela Comissão Eleitoral, somente no dia 8 de fevereiro. Em nota, após a apresentação dos resultados, Kelly disse estar grata “a cada um e cada uma que participou desse processo e acolheu nossas propostas em cada local de trabalho onde estive”. A candidata recebeu no total 19.091 votos, uma larga diferença em relação ao segundo colocado, que recebeu 1.235. Participaram da disputa 91 candidatos.

“Atingimos um resultado importante, 60% dos votos válidos, que reforça um projeto de unidade, apoiado pelos sindicatos de todo país, entidades de representação e principalmente, pela militância que abraçou de corpo e alma este projeto em defesa de um novo BB, para um novo Brasil”, pontuou Kelly. “Espero que sigamos unidos nessa empreitada e que continuemos juntos na luta por um BB para o Brasil e brasileiros”, completou.

Propostas

Entre as propostas da nova Caref está a criação de um canal direto com os funcionários, “de preferência com inclusão na intranet corporativa”, explicou. Kelly defende o equilíbrio do papel do Banco do Brasil, como agente financeiro que precisa apresentar resultados e, ao mesmo tempo, que deve dar apoio às políticas de desenvolvimento social do país.

A funcionária do BB também propõe a criação de um comitê de diversidade e inclusão vinculado à Presidência da instituição, com representantes dos funcionários, para fomentar a valorização de trabalhadores e trabalhadoras, “com a igualdade de oportunidades dentro do banco, independente de gênero, cor, idade, orientação sexual ou escolha religiosa”.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

 

Defender a classe gerencial, Cassi e Previ para incorporados são metas de Kelly no Caref

Publicado em: 20/01/2023

Funcionária do Banco do Brasil há 15 anos, a sempre sorridente Kelly Quirino é uma das candidatas que participam da Eleição do Caref em 2023. O primeiro turno começa no dia 20 e termina em 26 de janeiro, com 91 candidatos habilitados. O segundo turno vai de 24 de fevereiro a 2 de março e o resultado final sai no dia 10 do mesmo mês.

Sob a matrícula F6073227, Kelly tem o apoio da AGEBB, dos representantes eleitos da Previ e dos sindicatos dos bancários de várias partes do país. “Estou aprendendo muito com a campanha. Sei que a minha responsabilidade é grande, estão confiando em mim, no meu currículo, no meu trabalho e em minhas atividades extrabanco”, afirma.

Nesta semana, Kelly deu uma entrevista exclusiva à AGEBB durante um café da manhã. Na ocasião, pontuou que entre suas metas, como representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, estão a revisão do processo de atribuição de metas, com maior transparência e participação dos envolvidos e combate aos abusos, e acesso à Previ e Cassi para todos funcis do banco e de instituições incorporadas.

Kelly soube que os dois temas são amplamente discutidos pela diretoria da AGEBB. “Sei que são assuntos muito sensíveis, mas que devem ser discutidos com serenidade. No caso das metas, o modelo de hoje não funciona, o alto escalão as define por meio de estratégias e depois as impõe para quem está na base. Fica pesado”, argumenta.

A candidata apoiada pela AGEBB diz que uma vez eleita a ideia é que se consiga, com os colegas e os líderes, promover reuniões para que de forma colegiada as metas sejam definidas. “Devemos sempre pensar em construir um modelo participativo. Os funcionários que estão na ponta do atendimento têm a vocação de conhecerem bem as suas regiões, cada qual com suas particularidades”, revela. “A partir desse conhecimento as metas poderiam ser estabelecidas, de acordo com cada realidade vivida regionalmente. Tem muita gente na diretoria que não tem a menor ideia de como o trabalho é feito na ponta”, completa.

Muitas reclamações da classe gerencial

Kelly diz ter conhecimento e tem recebido, em suas visitas durante a campanha, muitas reclamações de gerentes do banco insatisfeitos com as metas abusivas estabelecidas pela diretoria. “Cada gerente tinha uma carteira média de 600 clientes antes da última reestruturação. Esse número saltou para 1 mil. O banco tem registrado lucros recordes, mas diminuiu o número de funcionários e os gerentes estão sobrecarregados com tanto trabalho e pressionados pelas cobranças”, afirma.

Com a carteira “inflada” de clientes, Kelly Quirino argumenta que os gerentes não conseguem dar um bom atendimento. “É humanamente impossível dar conta do tamanho dessa carteira. Precisamos rever o modelo”, esclarece. “As metas são altas, as carteiras são grandes, e com tudo isso não é possível fazer negócios sustentáveis. O banco começa a correr riscos de perder clientes por insatisfação no atendimento”, completa.

Kelly também fala que o Programa Extraordinário de Desempenho Gratificado (PDG) precisa ter seus critérios revistos. Ela sugere que os objetivos e critérios sejam apresentados no primeiro semestre do ano e ao final desse período avaliar os funcionários que podem ser contemplados. Hoje os critérios são muito subjetivos. O Performa: Desempenho e Reconhecimento, modelo adotado pelo banco para remunerar, premiar e avaliar seus trabalhadores, segundo Kelly, tirou o nível avançado do gerente de conta. “Agora temos, nas agências, três gerentes, com três salários diferentes. Isso atrapalha muito os planos de carreira”, diz.

Para essas questões, a proposta, diz Kelly, é discutir no Conselho do BB a volta do vice-presidente de Gestão de Pessoas, que foi incorporada pelo Varejo. “Isso não foi bom para o funcionalismo. Quando entrei no banco, há 15 anos, começava-se como escriturário. Depois tinha o assistente, que por sua vez  dava apoio ao gerente de conta. Hoje existem gerentes sem assistentes ou até três gerentes com um só assistente”, revela.

Previ e Cassi para funcionários incorporados

Sobre o acesso à Previ e Cassi para todos os funcionários, inclusive aqueles oriundos das instituições incorporadas, como o Banco Nossa Caixa (BNC) e o Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), Kelly afirma ter conhecimento do imbróglio e também está empenhada em auxiliar os funcionários na busca de uma solução. Ela lembra que só do BNC são quase 7 mil funcionários hoje no BB. “É muita gente que, certamente, tem a preocupação do que vai acontecer quando se aposentar. Para isso, vamos sentar com os conselhos da Previ e Cassi e repensar nos estatutos dessas instituições”, afirma.

A candidata ao Caref já antecipa que pretende levar essa pauta também à nova diretoria do BB, que passou a ter no comando Tarciana Medeiros. “Com os órgãos colegiados alinhados, precisamos discutir o tema com o alto escalão do banco. Não dá para continuar procrastinando esse tema”, justifica. “Vamos aproveitar a mudança política e pedir tudo. Não vamos parar por falta de tentativas. Se não der na primeira, vamos na segunda, terceira, e quarta reuniões”, afirma.

Por seus projetos e por representar a “cara” do funcionalismo do BB, o presidente da AGEBB, Adriano Domingos, e o vice-presidente Ronald Feres, ambos na ativa, dizem que a associação apoia Kelly Quirino na Eleição Caref 2023. “Vimos e sentimos que ela está muito bem-preparada para nos representar no Conselho do BB. E alinhada com as nossas preocupações, por isso defendemos a sua candidatura”, diz o presidente.

Para conhecer mais sobre os projetos de trabalho de Kelly Quirino, clique aqui.

O Banco do Brasil disponibiliza na sua intranet um hotsite com a relação de todos os candidatos.

Fonte: AGEBB

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AGEBB apoia Kelly Quirino na eleição para o Caref entre 20 e 26 de janeiro

 

AGEBB vai apoiar Kelly Quirino na eleição para o Caref entre os dias 20 e 26

Publicado em: 16/01/2023

Entre os dias 20 e 26 de janeiro, os funcionários do Banco do Brasil da ativa vão eleger seu representante (Caref) no Conselho de Administração, o órgão colegiado responsável pelas decisões estratégicas e por fixar a orientação geral dos negócios do BB. Os diretores e conselheiros da AGEBB vão seguir os representantes eleitos da Previ para apoiar a candidata Kelly Quirino, número F6073227. Também pedem o apoio e o voto do funcionalismo em Kelly, por considerarem que ela tem uma trajetória que se alinha com a atuação da maioria das entidades representativas e dos sindicatos que defendem os interesses dos trabalhadores do Banco do Brasil.

Para Adriano Domingos, presidente da AGEBB, o trabalho parceiro com os representantes eleitos da Previ e a proximidade com a representante dos funcionários no Conselho do BB, com certeza facilita a interação e a proximidade com a diretoria do banco. “Esperamos que ela, uma vez eleita, possa nos representar bem, com conhecimento e experiência que já tem”, afirma. Kelly tomou posse no Banco do Brasil em 2007 em Bauru (SP), passou pela agência Estilo Santos, litoral paulista, e em 2011 transferiu-se para a Fundação Banco do Brasil. Hoje trabalha na Diretoria de Marketing e Comunicação (Dimac) do banco.

Kelly Quirino também é pesquisadora associada ao Intercom nas áreas de jornalismo impresso e jornalismo especializado. Em 2020, foi eleita uma das 115 mulheres referência na luta antirracista no Brasil. É doutora em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), na linha Jornalismo e Sociedade, mestre em Comunicação Midiática e bacharel em Comunicação Social habilitação em Jornalismo, ambos realizados na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Em entrevista ao podcast Associados Previ, Kelly conta como pretende atuar como Caref. “Ainda que em assuntos diretos que envolvam questões funcionais eu não possa votar, posso levar as demandas dos colegas e propor saídas. Por isso meu objetivo é realizar um mandato participativo e, para isso, disponibilizar um canal direto entre Caref e os funcionários, de preferência com inclusão na intranet corporativa”, explica.

Ela critica o enxugamento do BB nos últimos anos. “A falta de funcionários que passamos a enfrentar, com a redução de postos de trabalho e fechamento de agências, nos levou a cenários como o de gerentes sobrecarregados por liderar vários assistentes e escriturários. Isso tem que ser revisto com a abertura de concursos públicos e dando condições para que os colegas, que assim quiserem, possam ascender na carreira.”

Kelly também pondera que o momento exige que o banco priorize uma gestão inovadora, alinhada às mudanças tecnológicas e que priorize o bem-estar. “Sofremos muito com poucos funcionários para dar conta de metas, que foram se tornando abusivas, assédio moral, que levou colegas a sérios problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. Pessoas doentes não têm condições de exercer um bom trabalho. Pensar o bem-estar do funcionário inclui ambiente de trabalho saudável, apoio psicológico e, quando possível, opção pelo home office”, avalia.

Filha de empregada doméstica, Kelly também conta no podcast como trabalhar no Banco do Brasil transformou sua vida e defende o BB como banco público, “que atue na oferta de crédito, com impacto positivo nas cadeias produtivas, que ajude no desenvolvimento das cidades do interior, em saneamento básico, energia elétrica, que ajude o empresário, da grande empresa e da pequena empresa, o grande e o pequeno agricultor, que invista também em tecnologia”.

Ao ser questionada sobre qual deve ser o papel do Banco do Brasil, se a busca incessante por maior resultado financeiro ou como apoio às políticas de desenvolvimento econômico-social do país, Kelly responde sem titubear: “É possível um equilíbrio. Não podemos ser ingênuos. Estamos no capitalismo e um banco dentro do capitalismo é um intermediador financeiro que busca o lucro. Mas, ao mesmo tempo, como banco público, o BB pode fazer intermediação financeira que visa, também, o desenvolvimento do nosso país, que tem mais de 200 milhões de pessoas, é a oitava economia de mundo e que, nos últimos anos, vem passando por um processo de desindustrialização que é muito ruim”, avaliou. “Então, defendo um banco público que atue na oferta de crédito, com impacto positivo nas cadeias produtivas, que ajude no desenvolvimento das cidades do interior, em saneamento básico, energia elétrica, que ajude o empresário, da grande empresa e da pequena empresa, o grande e o pequeno agricultor, que invista também em tecnologia”, conclui.

Kelly também conta com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e de grande maioria dos sindicatos de bancários e entidades de representação do funcionalismo. O primeiro turno da votação ocorrerá de 20 a 26 de janeiro, e todos os funcionários da ativa podem participar, via SISBB.

Fonte: Associados da Previ com Sindicato dos Bancários de SP