IA ajuda BB a reduzir R$ 40 milhões de gastos anuais com papel moeda em agências

Publicado em: 09/08/2024

O Banco do Brasil (BB) obteve uma redução de R$ 40 milhões por ano com o uso de inteligência artificial tradicional para gerir a quantidade de papel moeda nas agências. De acordo com Giuliane Paulista, executiva de estratégia e governança de dados e IA da instituição, a ação foca principalmente em melhorias de processos e transporte do numerário.

Esta é uma das 200 soluções de IA (tradicional) que o banco construiu desde 2013, informou a executiva durante o Super Bots Experience 2024, evento organizado por Mobile Time nesta quinta-feira, 8.

Outras soluções citadas por Paulista são:

Análise de sentimento de clientes que entram em contato com a ouvidoria do banco, o que permitiu redução em 80% das reclamações do BB junto ao Banco Central;

E o projeto SIM de resolução rápida, uma alternativa que busca trazer resolução ágil para o problema do cliente do banco, como ressarcimento ou prejuízo, que tem mais de 60 mil protocolos automatizados para dar resposta rápida aos clientes.

Além dos 200 casos de uso em IA tradicional, o Banco do Brasil está avançando com cautela em IA generativa. Externamente, a companhia adicionou na primeira metade deste ano uma área de recomendações inteligentes e personalizadas para o cliente pessoa jurídica, porém, a tecnologia tem curadoria humana para garantir que não haja falhas.

Internamente, há casos de uso de administrações normativas para facilitar o cotidiano do funcionário sobre produtos e processos, além de automatização de tarefas em relatórios. Além disso, a companhia criou uma área chamada Genera BB, para democratizar o tema da IA entre as diversas áreas da empresa.

Fonte: Mobile Time

BB inova com IA generativa no apoio aos pequenos negócios

Publicado em: 01/07/2024

O Banco do Brasil lança uma nova solução que utiliza inteligência artificial (IA) generativa e analytics para oferecer recomendações personalizadas para seus clientes micro e pequenas empresas. A Ari, Área de Recomendações Inteligentes, nasce da ideia de gerar valor a partir de dados para enfrentar os principais desafios dos pequenos negócios.

Com a Ari, o BB se torna pioneiro no mercado bancário nacional ao entregar uma solução data-driven com uso de inteligência artificial generativa para empreendedores, micro e pequenas empresas.

Com a riqueza de dados dos mais de 3,1 milhões de clientes micro e pequenas empresas, o conhecimento sobre perfil, transações, fluxo de caixa, sazonalidades e análises financeiras se transformam na matéria prima para a geração de insights e recomendações aderentes ao perfil e momento da jornada de cada pequeno negócio.

Atualmente, a Ari conta com 34 alertas, que traduzem as informações disponíveis em dicas de gestão de negócios e de clientes, além de trazer sugestões de capacitação e orientação sobre produtos financeiros. O empreendedor que fizer uso da solução poderá saber seu melhor dia de vendas da semana, se seus recebimentos são concentrados em uma base pequena de clientes, se foi identificada uma despesa que poderá exigir um maior valor em caixa, dentre outras informações sobre sua empresa.

“A Ari surge como uma ponte entre o cliente micro e pequena empresa e o BB. Ela traduz as informações disponíveis, fornecendo dicas práticas e valiosas para a gestão do negócio, focando em entrega de alto valor aos empreendedores, mas de forma fácil, direta e personalizada”, comenta Carla Nesi, vice-presidente de negócios de varejo do Banco do Brasil.

O piloto está sendo realizado de forma controlada, garantindo a segurança e qualidade dos dados, com curadoria humana especializada, para entregar recomendações adequadas aos clientes.

“O BB está comprometido em investir no desenvolvimento de projetos de IA generativa e analytics. Temos soluções de IA há muito tempo e agora inovamos ainda mais, usando outras técnicas de apoio, agregando qualidade e eficiência e mitigando riscos. Seguimos desenvolvendo soluções para que a IA esteja cada vez mais integrada aos negócios do Banco, aprimorando a experiência dos clientes e a alocação de recursos”, explica Marisa Reghini, vice-presidente de negócios digitais e tecnologia do Banco do Brasil.

Evolução no uso de IA pelo BB

Nos últimos dois anos, o Banco do Brasil avança no desenvolvimento de soluções com uso de IA, integrando-a cada vez mais ao DNA da instituição. Essa jornada permitiu construir a Ari, primeira solução dessa natureza disponibilizada diretamente para os clientes.

O aprofundamento e evolução no uso da inteligência artificial generativa pelo BB possibilita entregar às pequenas empresas uma ferramenta útil, de maneira intuitiva, completa e responsável.

A IA generativa complementa outras soluções existentes no BB. Contribui para temas como eficiência operacional e atendimento interno, por exemplo. A tecnologia tem sido utilizada internamente em soluções de atendimento relacionadas a temas como cartões e apoio administrativo, por exemplo.

Novo módulo para apoiar a gestão contábil e fiscal

A Ari apresenta os alertas dentro do Painel PJ, plataforma do BB que unifica e apresenta, de forma intuitiva e consolidada, todas informações de pagamentos e recebimentos das empresas, inclusive com informações de outras instituições, por meio do open finance. Entre outros recursos disponíveis, está a conciliação das vendas realizadas nas maquininhas de cartões e em Pix.

Em constante evolução, o BB está desenvolvendo um novo módulo no Painel PJ que vai apoiar na gestão contábil e fiscal das micro e pequenas empresas. Outros serviços serão disponibilizados futuramente, dentro da plataforma, para apoiar ainda mais a gestão das empresas, em temas como gestão de pessoas, vendas, entre outros.

Desde o seu lançamento, em 2022, o Painel PJ é utilizado por mais de 140 mil empresas. A solução tem nota 94,5 na metodologia de avaliação Net Promoter Score (NPS).

Educação financeira empreendedora

Empreendedores e pequenos empresários frequentemente enfrentam desafios na gestão eficiente das finanças, despesas e estratégias junto aos clientes de cada negócio. O BB enxerga a Ari como uma solução que aprofunda o conhecimento em educação financeira voltada ao empreendedorismo, pois entrega recomendações simples, mas de alto impacto e com fácil aplicação para o sucesso dos pequenos empreendimentos.

Fonte: Banco do Brasil

Bancos avançam no uso da IA para cortar custos e ganhar clientes

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As fintechs e os neobancos que se cuidem: os bancões estão mais prontos do que nunca para surfar a onda da inteligência artificial (IA). Esse foi o recado dos presidentes de quatro dos cinco maiores bancos brasileiros (faltou só a do Banco do Brasil) na abertura do 34º Febraban Tech. Os bancos não pouparam exemplos para mostrar que avançam a passos largos no uso da IA para cortar custos e ganhar a preferência dos clientes.

Apesar dos desafios éticos inerentes à tecnologia, ela foi apontada como a nova grande solução multiuso, de “possibilidades infinitas”. Os exemplos de aplicação variaram da redução do prazo para análise de uma proposta de crédito imobiliário na Caixa, até a nova geração da BIA – vitaminada com a IA generativa – do Bradesco. Mas passa também pelo desenvolvimento de novos produtos mais personalizados, e pelo reforço da segurança digital, entre outros.

“A IA chegou na hora certa. Faz cinco anos que estamos investindo na modernização da nossa estrutura tecnológica, estamos com todos os nossos dados na nuvem e agora estamos em vantagem para surfar a IA”, diz Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco.

Há dez anos, o advento das fintechs e dos bancos digitais pegou os incumbentes desprevenidos – ou eles criavam novos bancos digitais ou decidiam modernizar o “velho” banco. “Decidimos pela segunda alternativa, que é muito mais lenta, mas que no caminho também ensinou a como lidar com as transformações constantes”, diz MIlton.

Segundo ele, atualmente o Itaú desenvolve mais de 250 projetos de aplicação de IA – todos guiados por áreas de negócios. “Não acreditamos mais na tecnologia como fornecedor, hoje ela é um meio e deve permear tudo”.

Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, a IA já encurtou o prazo da análise de propostas de crédito imobiliário de três dias para três horas, diz Carlos Vieira, presidente da Caixa. “Só isso já gerou uma economia de mais de R$ 1 milhão”. Carlos informa, ainda, que a primeira vez que a Caixa aplicou IA foi na área de auditoria.

Mais ‘inteligente’

O Bradesco vem investindo em IA desde 2015. Agora, estão deixando a sua IA, batizada de BIA, ainda mais “inteligente”, vitaminada pela GenAI. “Temos mais de 1,6 mil colaboradores usando em experiências nos departamentos de ouvidoria e jurídico, por exemplo”, revela o presidente do banco, Marcelo Noronha. “Também temos um piloto com 600 clientes usando Gen IA para testar o nível de resolutividade”.

O modelo de “testar pequeno” para poder errar rápido também é usado pelo Itaú e Santander. “Não podemos demorar meses testando uma novidade. A gente testa em grupo pequeno, evoluiu e escala. E a IA acelera esse processo, permite ser preventivo e não reativo, tomar decisões baseadas em dados, antes de o problema acontecer”, explica Milton.

Marcelo lembra que no começo, em 2015, o banco “ensinou” o Watson, da IBM, a falar português. “Em 2016, lançamos a BIA para funcionários e em 2017, para o cliente – até hoje já foram mais de 2 bilhões de interações”, informa Marcelo. “Neste ano, atingimos um percentual de solução de problemas de quase 90% com a BIA”.

“A AI Generativa vai ajudar os bancos a fazer tudo melhor e mais rápido, e com isso, ganhar a ‘principalidade’ do cliente”, diz Mario Leão, CEO do Santander Brasil.

Personalização

No Santander, a IA tem sido usada com foco em atendimento: “Temos um canal remoto com 10 mil pessoas usando copilot com IA”, informa Mario. A tecnologia também vem sendo aplicada a investimentos: “O atendimento personalizado engaja o cliente”, diz. Ele explica ainda que essa personalização no atendimento é um mudança pautada pelo cliente. “Antes, banco era ‘fábrica’ de produtos, produto a produto. A IA ajuda nessa transformação da relação dos clientes com o banco”.

Isaac Sidney, presidente da Febraban, também tocou no aspecto da personalização durante seu discurso de abertura do evento na manhã desta terça-feira, 25/7.

“O uso da inteligência de dados na fidelização dos clientes, como base para tomada estratégica de decisão é fundamental para transformar a experiencia dos clientes e gerar novos produtos e serviços”, afirma. “O futuro exige cada vez mais a personalização“.

Embora reconheça o impacto transformador da IA na sociedade e na economia, não apenas nos negócios bancários, Isaac fecha o discurso com um recado.

“Os bancos têm potencial para ultrapassar as barreiras do setor financeiro e conectar clientes com outras indústrias com grande capacidade de inovação, como as de saúde, varejo e educação. É uma porta que abre grandes oportunidades”.

Fonte: Finsiders Brasil