Funcionários do BB cobram ampliação do teletrabalho e rejeitam mudança na GDP

Publicado em: 25/08/2022

Foi realizada na noite de terça-feira 23 de agosto, no âmbito da Campanha Nacional Unificada dos Bancários (campanha salarial), a nona negociação entre a CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) e representantes do banco para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos funcionários do BB, na qual foram discutidas propostas relacionadas com as Cláusulas Sociais.

Entre os temas debatidos estão: teletrabalho; GDP e banco de horas negativas. Durante a negociação, a CEBB cobrou a ampliação do teletrabalho no Banco do Brasil.

“Há uma demanda muito grande por essa ampliação, principalmente, nas áreas-meio e nos escritórios digitais”, destacou o coordenador da CEBB e diretor executivo do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, João Fukunaga. “Em 2020, a empresa apresentou o programa Flexy, vendido como novo modelo para possibilitar mais dias de atividades remotas aos funcionários. Na ocasião, o banco reconheceu as vantagens do teletrabalho na redução de custos. Por que o programa não foi implementado ainda?”, questionou.

A CEBB apontou ainda que o banco distribuiu equipamentos e criou um plano de contingência em teletrabalho para o caso da categoria bancária entrar em greve, mas não tem o mesmo ímpeto e organização para atender a reivindicação de ampliação do teletrabalho.

De acordo com o acordo atualmente vigente, os bancários do BB só podem atuar em teletrabalho dois dias na semana ou o equivalente mensal. Além disso, cada departamento pode ter, por dia, o máximo de 30% dos funcionários em teletrabalho, considerando neste percentual também as ausências físicas programadas, como férias e abonos.

“Esta é uma reivindicação muito forte entre os bancários do BB, uma vez que atuaram em teletrabalho na pandemia, mantendo alta produtividade e reduzindo custos para o banco. A não ampliação do teletrabalho no banco significa uma redução na qualidade de vida dos trabalhadores”, enfatiza Getúlio Maciel, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB.

O banco insistiu na mesa de negociação em mudanças nos critérios da GDP (Gestão de Desenvolvimento por Competências), reduzindo os atuais três ciclos de avaliação a apenas um para que o funcionário possa ser dispensado da função ou descomissionado.

“Novamente rejeitamos a mudança. Não temos como avançar em qualquer discussão se o banco reduzir os ciclos que, como mostramos pela terceira vez, na mesa de negociação, reforçará casos de assédio moral”, relata Fukunaga.

Banco de horas negativas

Os representantes do BB apontaram na negociação que 20.912 funcionários ainda devem ao banco de horas negativo, em decorrência do Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial da Covid-19, e propôs a prorrogação por mais 18 meses do acordo de banco de horas, cumprido em até duas horas acima da carga diária de trabalho.

“A prorrogação, nestes termos, não é a solução para esta situação. Os bancários não podem ser punidos por conta da pandemia e por um dimensionamento equivocado por parte do banco durante este período. Nossa reivindicação é a anistia das horas para os empregados que não puderem compensar, como é o caso dos trabalhadores mais velhos, que enfrentariam uma sobrecarga absurda com mais duas horas de trabalho diárias”, defende Getúlio.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Funcionários discutem compensação de horas negativas no Banco do Brasil

Publicado em: 27/05/2022

Banco de horas negativas, protocolos da covid-19 e descomissionamento foram os três pontos da pauta da reunião entre Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a direção do banco, na manhã desta quinta-feira (26).

O Banco do Brasil ainda não apresentou o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até meados de 2023. Porém, é sabido que há muita quantidade ainda de horas a serem compensadas. Na regra atual, alguns trabalhadores demorariam mais de cinco anos para compensar, se fizessem uma hora por dia, todos os dias. “Essa situação foi mal projetada pela empresa nas negociações sobre compensação de horas com o movimento sindical. Por isso, ainda temos muito a negociar em busca de uma solução que não cause prejuízos aos funcionários”, criticou Getúlio Maciel, representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Protocolos da covid-19

Com o aumento de casos positivos da covid-19 em todo o Brasil, os representantes dos funcionários solicitaram um reforço na importância do cumprimento dos protocolos em caso de funcionários positivados, pois há denúncias de que não está sendo cumprido o manual de trabalho presencial. O banco se comprometeu a passar para as áreas responsáveis pedido de reforço na divulgação e ficou de retornar ao movimento sobre um novo manual e de que forma serão feitas as orientações.

O banco também se comprometeu em endereçar para a mesa de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a preocupação levantada pelos representantes acerca dos grupos de risco, tendo em vista um aumento crescente nos casos de covid-19 em todo o país. Tais questões também serão levadas para conhecimento e análise das equipes de saúde do BB. Enquanto isso, os casos pontuais continuaram sendo tratados com a Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes), com o acompanhamento dos sindicalistas.

Descomissionamento

O banco informou que as análises de casos para descomissionamento começou na última segunda-feira (23) e garantiu que não haverá nenhum movimento de perda de comissão em massa, mas pontuou a necessidade de tratar casos muito específicos em que o descomissionamento seria iminente.

Luciana Bagno, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG) na da CEBB, lembrou que a redução no quadro de funcionários do BB seria muito prejudicial a todos, já que o número de trabalhadores é insuficiente para atendimento das demandas. “Nosso ACT covid-19 garantiu uma maior proteção ao quadro funcional no período de vigência da Espin (Estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional). Mas, é grande nossa preocupação com os descomissionamentos que possam ocorrer agora, ainda mais se considerarmos o momento difícil porque passaram e ainda passam os funcionários em função da pandemia. Acompanharemos de perto e atentos aos eventuais abusos que possam ocorrer por parte do banco”.

O movimento sindical cobrou ainda uma explicação pelo grande número de novos bancários do BB que não permaneceram após o período probatório, ainda mais que a empresa precisa aumentar seu quadro de funcionários.

Fonte: Contraf-CUT

 

Acordo aditivo de horas negativas do BB é aprovado por unanimidade

Publicado em: 08/10/2020

O acordo aditivo das horas negativas do Banco do Brasil foi aprovado por unanimidade em assembleia realizada virtualmente ontem (7), pelo Sindicato dos Bancários de Bauru e Região.

Com a aprovação, o banco não deverá descontar as horas negativas de quem foi afastado das agências e não foi encaixado no home office em abril, nos primeiros dias da quarentena. Apesar de não descontar qualquer valor do salário agora, ficará pactuado o pagamento de 90% das horas negativas até dezembro de 2021.

A assembleia teve a participação de sete bancários do BB, que aceitaram o acordo.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Bauru e Região