Rentabilidade do PREVI Futuro em 2017 é de 12,91%

Publicado em: 26/10/2017

A rentabilidade do PREVI Futuro no exercício de 2017 foi de 12,91%, bem acima da meta do período, que é de 5,02%. Com uma carteira de investimentos de R$ 11,26 bilhões, o plano tem 86.709 associados, dos quais 85.151 são funcionários da ativa. Confira essas e outras informações no Boletim de Desempenho.

Entre os ativos do plano, o destaque em 2017 o é o segmento de Investimentos Estruturados, que teve uma rentabilidade de 44,86% de janeiro até setembro. Um dos ativos dessa carteira é o FIP Caixa Barcelona, que teve um retorno de mais de 400% desde a sua criação, em 2013. O segmento é responsável por 1,22% da carteira. Gueitiro Genso, presidente da PREVI, fala um pouco sobre o investimento:

“O instrumento FIP é uma alternativa que ganha importância em um cenário que a curva de juros dos títulos públicos de longo prazo está em queda. E nós, investidores institucionais, teremos que buscar alternativas de investimento. O retorno obtido com o FIP Caixa Barcelona demonstra a importância do segmento de investimentos estruturados nos ativos da PREVI e como a diversificação das aplicações contribui para melhorar a rentabilidade dos planos. Mas sabemos que é necessário ter cautela. O sucesso de um investimento desta natureza depende do efetivo ganho de valor pelas empresas investidas, bem como a assertividade na estratégia de prospecção e desinvestimento dos ativos, sendo a atuação do gestor essencial para o atingimento dos objetivos propostos, bem como o monitoramento intenso e contínuo do cotista em relação às ações do gestor. Nós, como cotistas, estamos atentos.”

A divulgação mensal do resultado do PREVI Futuro é, além de uma ação de transparência, fundamental para proporcionar educação previdenciária para os associados. No PREVI Futuro o valor da aposentadoria dos participantes depende consideravelmente do volume de recursos acumulados durante a vida laboral. Conhecer mais sobre o plano de benefícios significa, também, ter em mãos as ferramentas adequadas para fazer as melhores escolhas.

São três os fatores-chave que determinam o valor do benefício de cada participante: contribuição, tempo e rentabilidade. Como na fase de acumulação o plano é de contribuição variável, quanto mais tempo de contribuição, mais dinheiro acumulado no saldo de conta. E quanto mais tempo esse dinheiro permanece investido, maior é o efeito acumulado da rentabilidade sobre os recursos.

Ao escolher um perfil de investimento, o associado participa ativamente da gestão do seu saldo e da formação da sua reserva na PREVI. Você pode decidir, de acordo com suas próprias características e expectativas, quanto quer correr de risco em busca da melhor rentabilidade. No Autoatendimento e no APP Previ existe uma ferramenta que pode auxiliar você na escolha por um dos perfis de investimento, o questionário de Análise de Perfil do Investidor (API). Lembre-se de considerar também outras questões, como o tempo que falta para a aposentadoria.
Transparência

O Boletim de Desempenho parte de uma série de ações que a PREVI realiza para fortalecer sua relação com os associados. Alguns dos destaques são o APP PREVI, um aplicativo para smartphones, disponível para celulares com sistemas operacionais Windows, Android e iOS; a promoção de eventos como a apresentação de resultados, realizada em 15 capitais por todo o país em 2017; e a publicação do Relatório Anual, que traz informações sobre estratégias, iniciativas, produtos, serviços, projetos, operações e negócios. Com todas essas ações a PREVI reforça o seu compromisso com a transparência e continua cada vez mais comprometida com o seu associado.

Fonte: Previ

Previ revê estratégia e prepara associado para assumir mais risco

Publicado em: 19/10/2017

Com 203 mil participantes e R$ 172 bilhões em ativos, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é de longe o maior do país. E, apesar de seu tamanho, é um dos poucos que não precisou aumentar recentemente as contribuições de seus associados ou aposentados de maneira drástica, como vários outros fundos de estatais, para cobrir rombos de má gestão ou irregularidades.

Alguns fundos acabaram sofrendo até intervenção dos órgãos reguladores. Já a Previ acumula neste ano, até setembro, um superávit acima de R$ 6,5 bilhões, que somado ao de 2016 chega a R$ 10 bilhões em 20 meses, afirma Gueitiro Matsuo Genso, presidente da Previ.

Ele falou ao Portal do Pavini durante o 38 Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada promovido pela Abrapp.

Uma explicação para a performance pode ser o próprio perfil dos associados, bancários, pessoas que lidam com dinheiro em seu dia a dia e conhecem o básico de mercados.

“E usamos a estrutura do banco, altamente preparada, para recrutar nossos executivos, seja na área de análise, seja de gestão, e todos têm de ter mais de dez anos de contribuição ao fundo, o que cria um compromisso forte”, diz.

Mais que os profissionais, uma governança sólida ajudou a evitar as investidas de interesses externos no fundo. “Na Previ, quem decide não executa e quem executa não controla”, diz.

Fundo novo e fundo antigo

Mesmo assim, a Previ se prepara para um grande desafio que é preparar o pagamento das aposentadorias dos funcionários mais antigos do Plano de Benefício Definido (BD), com R$ 161 bilhões e 114 mil associados, dos quais 102 mil já recebendo benefícios, cujo valor é garantido pelo fundo.

Ao mesmo tempo, terá de garantir os recursos até 2090 para os que entraram a partir de 1997 no Plano de Contribuição Variável (CV), que tem hoje R$ 10,9 bilhões 86 mil associados, 85 mil deles na ativa, e em um ambiente em que juro será menor e o ganho da renda fixa deixará de ser a principal garantia do fundo.

Escolha agora é dos participantes

Será preciso tornar os ativos mais líquidos para o plano antigo e correr mais risco no mais novo, mas para isso é preciso que o investidor do plano CV, que é quem escolhe onde aplicar o dinheiro dele, entenda e aceite correr esse risco, afirma Genso.

“No Plano BD, nós decidíamos e respondíamos pelas escolhas, mas no CV é o próprio participante que escolhe de acordo com seu perfil”, diz.

Mais ações no fundo antigo

Isso explica o elevado percentual que a Previ ainda tem em ações no Plano BD, de 46% do total de ativos, incluindo grandes fatias de controle em importantes empresas como Vale, Petrobras ou Neo Energia, e que garantiram boa parte da rentabilidade do fundo no ano passado e neste ano, apesar das fortes perdas nos anos anteriores.

“Temos 12 ações que representam 95% de nossa carteira”, afirma Genso. A renda fixa tem 43%.

Fundo novo poderia ter mais ações

Já no CV, as ações respondem por 30% do total e a renda fixa, 53%, exatamente o contrário do que um público mais jovem, que ainda vai demorar para se aposentar, deveria ter.

“Esse percentual, pelo perfil dos participantes, deveria ser 50% em renda variável pelo menos”, afirma Genso. “Mas, em geral, o investidor olha o retrovisor, e saca de ações quando o mercado cai, realizando prejuízos que seriam recuperáveis, e entra quando está no pico, quando o ganho já está no limite”, diz.

Ensinar o investidor a acompanhar e suportar quedas momentâneas do mercado será o trabalho do fundo nos próximos anos. “Tanto que grande parte do ganho do fundo BD veio da renda variável ao longo dos anos”, destaca Genso.

O desafio da educação previdenciária é geral no Brasil, admite o presidente da Previ. “Fazer a pessoa poupar hoje para ter uma reserva no futuro está muito ligado à cultura, e nós não temos essa cultura no Brasil, ao contrário de outros países, como o Japão, em que há até exagero na poupança”, diz.

Perdas de 2015 recuperadas até 2018

Uma das formas de educar os participantes é a comunicação. O fundo envia mensalmente seus balanços detalhados aos 110 mil participantes do Plano BD e 89 mil do CV, detalhando os resultados, de onde eles vieram e onde o dinheiro está aplicado.

“Agora, por exemplo, estamos mostrando com esse ganho de R$ 10 bilhões em 20 meses que nosso desequilíbrio de 2015, quando tivemos de marcar a mercado 12 ações com fortes perdas, de R$ 13 bilhões, e que elevaram o prejuízo total no ano para R$ 16 bilhões, foi conjuntural”, diz.

“Esperamos voltar ao equilíbrio no Plano BD ainda em 2018, recuperando as perdas de 2015”, afirma Genso.

Balanço mensal para ajudar a entender o plano

A estratégia do fundo vai além das exigências legais, lembra Genso. Por elas, o fundo de pensão teria apenas de divulgar o resultado uma vez por ano.

“Mas se patrocinamos boas práticas nas empresas em que investimos, como não vamos segui-las também?”, questiona.

Por isso a decisão de divulgar balanços mensais. E, em agosto, além de divulgar resultado, mandaram um boletim explicando o balanço do fundo BD.

“Não é fácil, mas tentamos mostrar o que é ativo e passivo, que o passivo é uma reserva matemática para 2090 para pagar os benefícios futuros, corrigida pelo INPC mais 5% ao ano, e que os ativos são as aplicações”, diz. A dificuldade é maior porque há associados de diversas idades, desde jovens até os aposentados.

Seis classes de ativos

O boletim mostra as seis classes de investimentos do fundo: renda variável, renda fixa, imóveis, operações com participantes (empréstimos, por exemplo), investimentos estruturados, ou fundos de participação, e investimentos no exterior.

Assim, neste ano, até agosto, último dado divulgado, o passivo cresceu 4,61%, que representa a variação da inflação do INPC mais 5%.

Plano BD redeu 8,35% até agosto

Já os ativos do Plano BD renderam no total 8,35%, sendo 10% da renda variável, 6% da renda fixa e 3% do investimento imobiliário. Os imóveis, que ainda sofrem com a alta vacância, representam 6,35% da carteira.

Os polêmicos Fundos de Investimento em Participações (FIPs), que compram empresas fechadas, fora da bolsa, e que foram envolvidos em irregularidades e prejuízos a alguns fundos de pensão, renderam 20% para a Previ este ano.

“Esses fundos estão saindo da fase de maturação e já mostram serem muito rentáveis, mas são ainda uma parcela muito pequena da carteira, 0,55%”, diz. E o investimento no exterior, que tem uma fatia ainda mais modesta, de 0,07% da carteira, renderam 9%.

Ganhos da renda variável e concentração em 12 ações

Com esse resultado, o fundo está ganhando 4% líquidos acima da meta atuarial de 4,6%, destaca Genso. “Estamos pagando ainda a conta de 2015 e dando uma tranquilidade para o associado”, diz. Ele explica que o que mexe com o resultado do fundo é a renda variável.

“Temos uma carteira de R$ 72 bilhões, quase toda, 95%, em 12 ativos, por isso quando a bolsa cai dizemos ao investidor ter calma, pois os ativos são bons”, lembra.

Como exemplo ele cita a Vale, cujas ações representam sozinhas 36% da carteira de renda variável e 16% do patrimônio do fundo.

Depois aparecem BB, com 11% da carteira de ações, Neo Energia, com 9,5%, Ambev, com 7,4%, Petrobras, com 6,64%, BRF, com 4,97%, Itaú Unibanco, 5%, CPFL Energia, 3,66%, Bradesco, 3,06%, Ultrapar, 2,26%, Itaú Investimentos, 2,03% e Invepar 2%.

Planos novos rendem 10,58%

Já no plano novo, CV, há 4 perfis para o investidor escolher com seu perfil de risco. O fundo rendeu 10,58% na média, também bem acima dos 4,61% da meta atuarial. Mas a maioria escolhe o plano conservador, por isso o trabalho de conscientização e educação financeira, afirma Genso.

“Temos de evitar o efeito manada, de aplicar na alta quando todos estão aplicando e resgatar na baixa”, diz. “E essas pessoas ainda têm 20 anos para se aposentar, deveriam estar aproveitando para correr risco agora para alavancar os ganhos, ainda mais com os juros caindo”, diz.

Questionário de perfil de risco e cenário econômico

Para ajudar a convencer os participantes, a Previ criou um questionário para definir o perfil de cada associado e, a partir disso, um app que traz um cenário econômico mensal com os principais indicadores da economia.

“Fazemos isso porque, se no plano BD somos nós que definimos as aplicações, no CV é o investidor, e é uma linha tênue entre a orientação e a obrigação de não induzir o investidor”, explica Genso. “Tentamos fazer ele refletir sobre as oportunidades e os cenários”, diz.

Vantagens dos fundos fechados

Genso cita as vantagens dos planos fechados em relação aos abertos, oferecidos pelos bancos. “Nos fechados, o associado participa da gestão escolhendo representantes para o conselho, e não há a divisão do lucro com a instituição financeira”, lembra.

“E mesmo com um custo mais baixo, conseguimos um retorno maior que a previdência aberta”, diz, citando um estudo com fundos de renda fixa de bancos e a Previ. “Nosso fundo Previ Futuro, de janeiro a agosto deste ano, rendeu 7,98%, para 7,86% do Bradesco Master FI, 7,58% do Itaú FlexPrev ativo, e 7,50% da BrasilPrev RT Fix VI”, diz.

“E isso porque não marcamos todo o ganho que tivemos com nossas NTN-B com a queda dos juros, só 42% do total”, diz. Os outros 58% são marcados “na curva”, ou seja, atualizados de acordo com o rendimento acumulado desde a aplicação.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Arena do Pavini.

Fonte: Exame

Previ acumula superavit de R$ 7,34 bilhões até setembro

Publicado em:

O Plano 1 da Previ, o maior do fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil, acumula superávit de R$ 7,34 bilhões nos nove primeiro meses do ano. Com isso, o rombo nas contas da maior entidade fechada de previdência complementar da América Latina diminui para R$ 6,59 bilhões.

Em entrevista recente ao Blog, o presidente da Previ, Gueitiro Genso, avaliou que se a rentabilidade da carteira de renda variável continuar nos mesmos patamares, a tendência é que o déficit continue a diminuir em 2018 e acabe ainda no primeiro semestre.

Com 114.351 associados, o plano tem 82.129 aposentados, que fazem uma contribuição mensal de 4,8% dos seus benefícios. A rentabilidade dos investimentos do Plano 1 de janeiro até setembro de 2017 foi de 11,02%. A taxa atuarial do período, que é a meta a ser perseguida, foi de 5,02%.

Fonte: Correio Braziliense

Previ: governança como eixo central da credibilidade

Publicado em: 18/10/2017

Gueitiro Genso, presidente da PREVI, participou da sessão plenária sobre Governança Corporativa no 38º Congresso Brasileiro de Previdência Complementar Fechada da Abrapp. O evento, realizado em São Paulo desde 4/10, é o maior do país, reunindo mais de três mil pessoas para o debate do tema “Uma nova realidade: previdência complementar para todos.”

Gueitiro falou para uma plateia atenta sobre os aspectos que podem fortalecer a governança de uma entidade, citando o exemplo da PREVI, que reconhecidamente tem um dos modelos mais modernos do segmento de previdência complementar no Brasil.

“Governança é um tema sagrado na PREVI. Governança é um modo de vida, um valor que tem que estar colocado nas organizações. Não está escrito em nenhuma lei que temos que ter uma ouvidoria atuante, ligada ao Conselho Deliberativo, mas nós temos. Não é obrigatório ter segregação de funções, mas na PREVI quem planeja não executa e quem executa não controla. Esses exemplos são para mostrar que exercitar a governança vai muito além de obedecer a regras. É preciso estar intrínseco na cultura. Governança faz com que a gente possa passar por momentos de turbulência com segurança.

(…) Temos três pilares importantes que são sagrados para nós: o nosso estatuto, onde está determinando que para ser dirigente tem que ter no mínimo 10 anos como associado; a nossa estrutura segregada; e o nosso corpo técnico, formado por participantes, que nos ajuda na blindagem de longo prazo. Também temos dois instrumentos que colocamos como bússola, o Planejamento Estratégico, que especifica quais objetivos que precisam ser mirados no longo prazo, e a nossa Política de Investimentos, um documento robusto que já nos protegeu diversas vezes.”

Gueitiro também mencionou a criação de um rating de integridade pela PREVI, em que os investimentos serão avaliados com instrumentos de Governança muito além dos habituais. O objetivo é incentivar nos negócios um ambiente de integridade no relacionamento com o setor público e com o setor privado, através de ações de prevenção e combate a atos ilegais, ilegítimos ou de corrupção, em consonância com as diretrizes estabelecidas no Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção. O rating foi tema de uma matéria publicada no Valor Econômico em 6/10.

Durante o Congresso da Abrapp também foi lançado um Guia de integridade para entidades fechadas de previdência complementar, durante a palestra do gerente executivo de Conformidade e Controles Internos, Rafael Castro, que foi realizada em 5/10.

Como investidor institucional, a PREVI tem consciência no seu papel no desenvolvimento econômico e social do Brasil e da sua relevância no aperfeiçoamento das práticas de Governança Corporativa das companhias brasileiras. Incentivar que as empresas participadas da entidade promovam uma Política de Integridade efetiva faz parte deste processo.

Na tarde de quinta-feira, 5/10, também foi realizada a entrega do 7º Prêmio de Monografias da Previc, que teve como vencedores quatro técnicos da PREVI, os analistas Flavio Machado Pereira, Florentino da Silva Fernandes, Ricardo Martins de Paiva Bastos e Rodrigo Tavares dos Santos, funcionários da Gerência de Políticas de Investimentos e Cenários da PREVI (Gepoc). O título do trabalho premiado é “Gerenciando as expectativas dos participantes: a utilização de ferramentas gerenciais em um plano de benefício alvo”, que teve como objetivo gerar maior previsibilidade de ganhos em planos de Contribuição Definida, como o PREVI Futuro. Representando a equipe, Rodrigo Tavares fez um discurso em que agradeceu a todos os colegas da PREVI, em especial ao presidente Gueitiro e o diretor de planejamento Marcus Madureira.

O 38º Congresso da Abrapp termina nesta sexta-feira, 6/10, com mais uma participação de um técnico da PREVI. A gerente de núcleo da Gerência de Controladoria da Previ, Silvania Godoi Ferreira, ministrará a palestra “Finanças Comportamentais: investimentos imobiliários e o processo decisório nas EFPC”.

Fonte: Previ

Previ mira equilíbrio de plano em 2018

Publicado em: 11/10/2017

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e o maior do País, está com superávit e prevê o equilíbrio no próximo ano. Em 2016 a fundação gerou um superávit de R$ 2,19 bilhões e no acumulado deste ano até setembro já soma R$ 6,5 bilhões. Com esse resultado faltará um pouco mais de R$ 7 bilhões para o equilíbrio.

“Nos últimos 18 meses já geramos R$ 10 bilhões em superávit e teremos o equilíbrio em algum momento em 2018”, destacou o presidente da Previ, Gueitiro Genso, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Esse número se refere ao Plano 1 da Previ, o seu maior fundo e mais maduro, com um patrimônio de R$ 157 bilhões. Assim, Genso não prevê a necessidade de aportes de natureza extraordinária dos participantes do plano.

Nesse plano, cerca de 46% está alocado em renda variável, isso já considerando o recente desinvestimento na CPFL, 43,4% em renda fixa, 6,35% em renda variável, 3,56% em operações com participantes e 0,55% de investimentos estruturados.

A rentabilidade, considerando o período de janeiro a agosto, chegou a 8,35%, ante sua meta atuarial de 4,61%. Segundo Genso, a Previ tem trabalhado para aumentar a comunicação com seus associados e passou a enviar um boletim dos investimentos, com o detalhamento da composição do resultado do fundo. “Nossa primeira meta é alcançar o equilíbrio, depois reduzir nossa meta atuarial”, disse Genso. Hoje a meta do Plano 1 é de INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) + 5% ao ano.

Renda variável

Até agosto a Previ tinha, considerando ainda Plano 1, R$ 72,5 bilhões alocados em renda variável, em empresas como Vale, Banco do Brasil, Neoenergia, Ambev, Petrobras, BRF, Itaú Unibanco e Ultrapar. O presidente da fundação diz que o objetivo no longo prazo é reduzir tal volume, visto que esse fundo já está maduro, mas que não existe qualquer necessidade de se desfazer de ativos, e que avalia boas oportunidades, como a venda da CPFL para a chinesa State Grid.

“Não iremos queimar ativo a qualquer preço, não temos necessidade, mas a política é que qualquer ativo está à venda, desde que seja um bom negócio”, afirma.

Um dos objetivos, conta, é diversificar a carteira de renda fixa, o que poderá ocorrer mediante alguma venda de ações em bolsa para o investimento em outros papéis, incluindo aquelas que podem ser disponibilizadas em ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). Segundo ele, a Previ não tem mais a premissa de fazer parte do bloco de controle das empresas investidas, como ocorria no passado. “Queremos empresas que são boas pagadoras de dividendos, com governança e integridade”, diz. “Seremos investidores ativistas”, completa.

A busca, dessa forma, da desconcentração da carteira será por setores ainda não investidos. Genso disse que a Previ está conseguindo neste momento ter um portfólio de ações líquidas no mercado. Isso está sendo possível com a conversão das ações preferenciais em ordinárias da Vale e, mais para frente, com o IPO da Neoenergia, que já está com o pedido de oferta realizado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Fonte: O Estado de Minas

Fundo de pensão do BB registra superávit de R$ 4,2 bi até agosto

Publicado em: 21/09/2017

O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, registrou até agosto superávit de R$ 4,2 bilhões, com rentabilidade de 8,35%. A taxa atuarial do período foi de 4,61%. O Plano 1 tem 114.351 associados e patrimônio de R$ 165,8 bilhões.

“A utilização de um Planejamento Estratégico robusto como norteador de suas ações, a aplicação diligente das Políticas de Investimentos e a prudência nas decisões, entre outros fatores, possibilitaram a mitigação dos efeitos negativos da crise”, disse a Previ em nota.

Segundo a Previ, um dos destaques deste resultado parcial de 2017 foram os Investimentos Estruturados, segmento de ativos de investimentos em empresas com potencial de crescimento.

Fonte: Exame.com

Fundos de pensão têm rombo de R$ 70,6 bilhões

Publicado em: 26/04/2017

BRASÍLIA – Os fundos de pensão fecharam 2016 com rombo de R$ 70,6 bilhões, segundo levantamento da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o xerife do setor. O dado preocupa por causa da rápida expansão do déficit do sistema, que subiu 700% em quatro anos – em 2012, o buraco era de R$ 9 bilhões. O rombo subiu para R$ 21 bilhões em 2013 e para R$ 31 bilhões no ano seguinte. O déficit atingiu seu ápice em 2015, quando somou R$ 77,8 bilhões.

A indústria dos fundos de pensão é composta por 307 entidades, que administram 1.137 planos de benefícios. Juntas, elas detêm quase R$ 800 bilhões em investimentos, que representam 12,6% do PIB nacional. São 7,2 milhões de associados, entre participantes que estão na ativa, dependentes e assistidos.

Um plano de aposentadoria registra déficit quando os ativos não são suficientes para pagar os benefícios previstos até o último participante vivo do plano. A nova regulação não exige o equacionamento de todo o déficit. A norma em vigor permite que planos com população mais jovem tenham mais tempo para administrar os desequilíbrios. Para cobrir o déficit, participantes e patrocinadores (as empresas) precisam injetar mais dinheiro nos planos por meio de contribuições extras.

Fundo de pensão é uma poupança formada por trabalhadores de uma mesma empresa com a finalidade de complementar a aposentadoria. O dinheiro é gerido por um colegiado com representantes indicados pelas empresas e pelos trabalhadores. Os maiores fundos são de empresas estatais, criados há mais tempo.
Dez planos concentram 88% do déficit de todo o sistema. Dos maiores, apenas a Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) já informou que fechou 2016 com superávit de R$ 2 bilhões. Os balanços da Petros (Petrobrás), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios) ainda não foram divulgados, mas o Estado apurou que o déficit das três fundações somado deve ultrapassar R$ 30 bilhões. Entre participantes que ainda estão trabalhando, dependentes e assistidos, as três têm mais de um milhão de associados.

Ápice

O novo diretor-superintendente da Previc, Fábio Coelho, afirma que o “ápice” do déficit do segmento foi verificado em dezembro de 2015, quando bateu na ordem de 9% do total dos ativos. “A tendência é que nos próximos meses tenhamos uma redução maior”, afirma, em sua primeira entrevista exclusiva. Os elementos que devem contribuir para essa reversão, segundo ele, são a inflação mais controlada, a retomada da atividade e o comportamento mais benigno da Bolsa. “Nossa expectativa é que 2017 seja um ano de transição tanto do ponto de vista da mudança da supervisão como também da retomada dos ativos”, diz.

Coelho afirma que grande parte dos rombos registrados nos últimos anos teve origem em “agendas econômicas”: “Ao mesmo tempo em que o passivo aumentou por conta da longevidade e por pressões inflacionárias, tivemos também uma redução dos ativos por conta da recessão econômica e de investimentos não ‘performados.”

Conselheiros que representam os participantes, porém, afirmam que os prejuízos também foram causados por investimentos que eram considerados apostas nos governos Lula e Dilma, como Sete Brasil, Invepar e Oi. Na visão deles, os governos anteriores pressionaram as entidades a dividir o risco desses projetos e deixaram aos participantes os prejuízos.
Casos de fraude e má gestão motivaram a criação de uma CPI na Câmara dos Deputados para apurar irregularidades dos fundos ligados às estatais. O relatório final apontou prejuízos de R$ 6,6 bilhões causados por má gestão, fraudes e ingerência política nos quatro maiores fundos de pensão das estatais. Abastecida de informações da própria Previc, a Polícia Federal já deflagrou duas fases da Operação Greenfield, que investiga supostos desvios nessas fundações.

“A fotografia do nosso sistema continua sendo favorável. Esses são casos fora da curva, casos de polícia, que precisam ser investigados e punidos”, afirma Luís Ricardo Marcondes Martins, presidente da associação que representa o setor (Abrapp): “Um sistema que paga R$ 42 bilhões de benefícios por ano não admite amadorismos”.

Fonte: Estadão

Previ: funcionários e aposentados não terão de fazer aporte extra

Publicado em: 26/12/2016

Os funcionários e aposentados do Banco do Brasil receberam um presente de Natal antecipado nesta sexta-feira: não vão mais precisar fazer contribuições extras para cobrir o rombo da Previ, seu fundo de pensão.

O déficit da Previ em 2015 foi de R$ 13,9 bilhões, o que obrigaria o fundo a promover um equacionamento (exigência de contribuições extraordinárias) de R$ 2,9 bilhões no seu principal plano (o Previ 1, de benefício definido). Mas a Previ informou nesta sexta que, até 30 de novembro, o Plano 1 acumulou rentabilidade de 15,75% no ano, gerando um excedente de R$ 4,8 bilhões — maior do que o equacionamento exigido, o que evita a necessidade de pagamentos extras. No geral, a rentabilidade acumulada de todos os fundos da Previ foi de 11,30%.

O resultado de dezembro ainda não foi apurado.

A Previ afirmou em nota que “a ausência de contribuições extraordinárias é fruto de uma política de investimentos robusta, que tem foco no longo prazo.”

“A economia é feita de ciclos e nenhuma crise dura para sempre. Fundos de Pensão precisam mirar no longo prazo. Com uma carteira de ativos forte como a da Previ, a tendência é que a curva de crescimento das rentabilidades seja retomada, melhorando os resultados”, acrescentou a entidade em nota, citando entre os desafios enfrentados este ano a CPI no Congresso que apurou desvios nos fundos de pensão.

Em setembro, a Previ selou um negócio importante para o seu caixa, ao vender sua participação de 29,4% na CPFL , distribuidora de energia do interior de São Paulo. À época, o fundo de pensão previu que o negócio representaria ao todo uma entrada de R$ 7,5 bilhões no caixa da Previ e um ganho de R$ 2,9 bilhões em relação ao valor que a participação que havia sido registrado no balanço de 2015 da Previ, “contribuindo para redução do déficit apurado naquele período”.

Fonte: O Globo

Reestruturação ainda deixa o BB atrás de concorrentes

Publicado em: 02/12/2016

A reestruturação anunciada ontem pelo Banco do Brasil (BB) — antecipada pelo Correio — não será ainda capaz de levar a lucratividade da instituição ao mesmo patamar dos concorrentes privados. Nas contas do economista João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho, o resultado líquido do banco deve crescer pelo menos 7% com a redução de R$ 750 milhões em despesas administrativas. O cálculo não considera a queda nos gastos com a folha de pessoal, que pode reforçar o lucro da empresa.

Mesmo com a diminuição da folha salarial, que pode chegar a R$ 3 bilhões por ano se 18 mil empregados aderirem ao plano de aposentadoria incentivada, Bradesco e Itaú manterão lucros mais elevados que os do BB. As projeções de Salles levam em conta um crescimento médio da economia de 2% por ano. Nesse caso, o BB teria ganhos de pelo menos R$ 3 bilhões por trimestre, ou R$ 12 bilhões por ano. Os concorrentes privados, porém, lucrariam por volta de R$ 20 bilhões.

Além de cortar despesas e incentivar demissões, o BB vai fechar 402 agências, das quais 20 em Brasília. A Caixa, por sua vez, informou que tem a intenção de desativar 100 agências, a partir de 2017. Com isso, chegaria a 502 o número de dependências bancárias de instituições federais que teriam as atividades encerradas.

A meta do BB para economizar com a folha de pagamento, no entanto, pode não ser totalmente alcançada. Salles comentou que planos de aposentadoria incentivada costumam ter adesões significativas em períodos de crescimento econômico. Na recessão, porém, os funcionários, sobretudo de estatais, preferem manter a estabilidade, mesmo com incentivos para se desligarem. “Os empregados do BB já têm garantidos a aposentadoria da Previdência Social e o benefício da Previ, que é o fundo de pensão. Muitos preferem manter a remuneração da atividade porque há perda de renda, mesmo que mínima, quando há desligamento”, disse.

Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin Rating, disse que as medidas do BB são positivas e refletem a realidade no setor. Ele explicou que ao fechar 402 agências físicas e expandir de 245 para 500 o número de escritórios e agências digitais, a instituição mostra preocupação com a rentabilidade. “O BB tem o maior número de agências entre todos os bancos, e muitas delas dão prejuízo. O banco está em busca de eficiência e outros players de mercado já anunciaram que vão fechar agências ou desistiram de abrir novas”, afirma.

Em relatório encaminhado a clientes, o banco Brasil Plural estimou que nove mil empregados do BB devem aderir ao plano de aposentadoria incentivada. Nas contas de Eduardo Nishio, do Brasil Plural, as medidas têm potencial para valorizar as ações do banco em 7,2%.

Reestruturação ainda deixa o Banco do Brasil atrás de concorrentes

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/11/22/internas_economia,558126/reestruturacao-ainda-deixa-o-banco-do-brasil-atras-de-concorrentes.shtml