De olho em eficiência, BB vai ampliar metodologia ágil de trabalho a mais áreas

Publicado em: 16/12/2024

O Banco do Brasil vai aumentar de 1.200 para 1.600 o número de funcionários que trabalham sob a chamada metodologia ágil, cerca de sete anos após adotá-la. O objetivo é estender a todo o banco, de forma paulatina, ganhos de eficiência que foram colhidos nas primeiras frentes de negócio em que ela foi aplicada. Segundo o BB, o tempo para validar novos produtos caiu em 81%, e a adoção ajudou a impulsionar a concessão de crédito.

O chamado método ágil apregoa o desenvolvimento de projetos por grupos multidisciplinares, formados por pessoas de diferentes áreas de uma mesma empresa. O objetivo é que a interação torne mais rápido e assertivo o desenvolvimento de novos produtos e serviços, para lidar com um cenário competitivo também mais acelerado.

No BB, os grupos de trabalho, também chamados de “squads”, vinham sendo formados por equipes de tecnologia da informação (TI) acompanhadas de um profissional de áreas de negócio, que respondia por toda a equipe. “Há dois anos, começamos a expandir esse conceito para o que o mercado chama de ágil em escala”, diz a vice-presidente de Tecnologia do banco, Marisa Reghini.

Isto significa que agora, as equipes contam com pessoas de mais áreas do banco. Estes grupos deixaram de ter como foco produtos ou sistemas, e passaram a discutir questões amplas da relação com os clientes. É a partir delas que são estruturados os produtos e soluções, que são implementados passo a passo.

Até poucos anos atrás, predominava nas grandes empresas o método cascata: as áreas de negócio pensavam em novos lançamentos e pediam para que as equipes de tecnologia os desenvolvessem. Não havia interação durante o processo, e a estruturação levava mais tempo. Com isso, as novidades demoravam mais para sair, sob o risco de ficarem ultrapassadas mais rápido.

Reghini afirma que outro objetivo é “quebrar os silos”, ou seja, fazer com que as diferentes áreas do banco interajam para gerar negócios em conjunto. Para atingir aos dois objetivos, o banco criou os chamados centros de excelência, focados em temas específicos, como segurança, e dentro deles, grupos de pessoas especialistas nos temas dentro da instituição.

Em um primeiro momento, o banco levou o método de trabalho a quatro linhas de negócio, sendo que a de crédito pessoal foi a principal delas. De acordo com o BB, a mudança ajudou a aumentar em 35% o desembolso desta linha e de consignado entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo período deste ano, para R$ 38 bilhões.

Novas habilidades

Neste ano, o BB criou um programa de treinamento em inteligência artificial aberto para todos os funcionários. Até aqui, 24 mil se inscreveram, mais de um quarto do contingente total do banco. Cerca de 92% afirmaram nunca ter estudado os temas.

A vice de Tecnologia afirma que com os funcionários capacitados e trazendo ideias para o uso de IA dentro do banco, o BB começa a avaliar como eles podem ser aproveitados nas áreas em que trabalham. O objetivo é liberar tempo hoje ocupado por tarefas repetitivas para que gerem mais negócios. Um gerente, por exemplo, pode ganhar mais tempo para ligar para os clientes e entender o que precisam.

“É isso que queremos com a democratização da IA: que as pessoas usem as ferramentas de tecnologia para o bem do dia a dia, e que liberem horas para que façam aquilo que entendemos que é melhor para o cliente”, diz Reghini.

Na área de tecnologia, o BB está chamando os aprovados do concurso realizado no ano passado. Neste ano, foram convocados 1.040 novos funcionários, e outros 1.000 devem ser chamados em 2025. O banco investe cerca de R$ 2 bilhões em tecnologia a cada trimestre, para fazer frente a uma base de clientes digitais que chega a 28,8 milhões de pessoas.

Fonte: Invest Talk

Sustentabilidade é uma das marcas do Banco do Brasil

Publicado em: 04/08/2022


A busca por soluções em sustentabilidade, aplicadas a negócios que priorizem a eficiência e boas práticas de gestão dos recursos, é uma das marcas do Banco do Brasil. Os cuidados adotados em relação ao meio ambiente e o foco em metas que privilegiem um mundo mais sustentável orientam a atuação do BB enquanto instituição pública que possui papel central no fomento ao desenvolvimento nacional.

Como consequência disso, em 2022, por exemplo, o Banco do Brasil foi novamente reconhecido como a instituição financeira mais sustentável do planeta, integrando o ranking Global 100 da Corporate Knights – empresa de consultoria de mídia e investimento, sediada em Toronto (Canadá). O lugar de liderança já havia sido conquistado em 2021.

A posição pró-sustentabilidade exercida pelo BB em nível global também pode ser exemplificada no memorando de entendimentos celebrado recentemente junto ao Banco Mundial. A instituição mantém hoje 160 projetos voltados a questões climáticas e ao mercado de carbono, abrangendo 65 países. O acordo com o BB prevê a concessão de um empréstimo de 500 milhões de dólares, com prazo de pagamento de até 20 anos.

A maior parte dos recursos, cerca de 400 milhões de dólares, deve compor linhas de crédito direcionadas ao setor privado, para redução da emissão de gases de efeito estufa. Outros 94 milhões de dólares devem formar um fundo de dívida climática, referente ao mercado de créditos de carbono. O valor restante será destinado à assistência técnica para projetos de geração de créditos de carbono e o desenvolvimento de plataforma para a comercialização dos mesmos.

O Banco do Brasil lançou em maio o fundo BB Multimercado Carbono, com o objetivo justamente de favorecer investimentos neste tipo de mercado, ao mesmo tempo que apoia o combate às mudanças climáticas.

O novo fundo integra o conjunto de iniciativas adotadas pelo Banco do Brasil para promover investimentos com base nas chamadas Práticas ASG (Ambiental, Social e Governança). A sigla se refere à adoção de condutas mais responsáveis na gestão corporativa e maior consciência em relação aos impactos do negócio no meio ambiente.

A aplicação de Práticas ASG no planejamento de investimentos e em modelos de negócios é um dos dez compromissos de longo prazo em sustentabilidade assumidos pelo Banco, com meta de R$ 20 bilhões em alocação de recursos até 2025. O portfólio ASG do BB possui atualmente 26 fundos, com investimentos tanto no Brasil quanto no exterior.

Com ações deste tipo, o Banco do Brasil busca expandir o financiamento à economia verde, apoiando empresas e projetos para a geração de créditos de carbono e a redução da emissão de gases de efeito estufa. As linhas de crédito são oferecidas tanto a pequenas e médias empresas e a agricultores quanto a projetos de infraestrutura, ampliando o acesso ao crédito. Dessa forma, o BB cumpre seu papel de instituição pública, gerando empregos e incentivando a sustentabilidade.

Fonte: Agência ANABB

BB acelera programa de eficiência; programa de home office pode ser adotado

Publicado em: 27/06/2020


As medidas adotadas pelo Banco do Brasil para melhorar a eficiência da gestão têm sido aceleradas com a pandemia do novo coronavírus. Segundo o jornal Valor Econômico, dos 32 mil funcionários das áreas administrativas que estão trabalhando remotamente, a instituição planeja manter 30% do contingente dessa forma em alguns dias da semana.

Além disso, com a expansão do home office, o banco poderá se desfazer de 15 a 20 imóveis alugados e próprios. O Flexy BB, um programa elaborado no fim do ano passado, prevê uma redução de R$ 1,7 bilhão em gastos com imóveis em 12 anos e uma economia de R$ 10 bilhões em dez anos com uma mudança na remuneração dos funcionários, com mais ênfase na parcela variável.

Diante da crise do novo coronavírus, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região cobrou dos bancos medidas a fim de conter a disseminação da doença entre os bancários. As negocações com a Fenaban garantiram a permanência de cerca de 300 mil bancários em regime de trabalho remoto.

O Banco do Brasil (BB) pretende manter cerca de 10 mil funcionários de áreas administrativas em jornada parcialmente remota. A ideia é que essa parcela de funcionários, que será definida segundo os critérios do gestor de cada área, trabalhe parte dos dias no escritório e parte em casa. A decisão ainda não foi tomada, mas estudos internos apontam uma economia de até R$ 180 milhões por ano com a implantação de um home office desta proporção no BB.

Para João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEE/BB), o Banco do Brasil deveria assumir uma série de compromissos que estão sendo ignorados, ao invés de adotar um debate torto, em que somente a economia do banco está sendo priorizada. “É no mínimo uma hipocrisia o Banco do Brasil enxergar este debate apenas sob o prisma da economia que será feita com o home office, sendo que o mesmo banco causou um processo desumano durante a pandemia, quando muitos colegas foram obrigados a utilizar as duas férias e tiveram de usar o banco de horas negativo porque não havia estrutura de home office para todos”, afirma Fukunaga.

“Se há uma previsão de economia com imóveis, o banco deve assumir a responsabilidade de fornecer equipamentos aos funcionários, já que o computador para as atividades profissionais deve ser monitorado por conta do sigilo bancário, o que irá violar a vida privada dos empregados se este monitoramento for feito nos computadores pessoais. Queremos, sim, discutir a questão, mas com seriedade e compromisso. E essas premissas estão faltando por parte da diretoria de pessoas e da sua vice-presidência”, afirma Fukunaga.

Isolamento, angústia, depressão e mais produtividade

Ana Tercia Sanches é autora de tese de doutorado com o tema Trabalho Bancário – Inovações Tecnológicas, Intensificação e Gestão por Resultados. A professora e pesquisadora da Faculdade 28 de Agosto ressalta que o home office por períodos prolongados pode resultar em uma série de problemas nos trabalhadores, sobretudo de ordem psicológica e ergonômica.

“O ser humano é um ser social. Ficar isolado em casa pode levar algumas pessoas a desenvolverem problemas mentais, como ansiedade e depressão. O ganho do trabalho se dá no coletivo. Existem outros sinais que vão compondo o aprendizado para um trabalho melhor, e a perda de sociabilidade pode fazer com que as trocas entre as pessoas se tornem insuficientes.”

Fonte: Money Report com Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região