A Fundação ArcelorMittal fez uma parceria com a Fundação Banco do Brasil para ampliar a Liga Steam, um programa de educação baseada em uma abordagem que integra os ensinos de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Essa abordagem é difundida em diversos países, como Estados Unidos, China, Austrália e Reino Unido, e busca, por meio de projetos para solucionar problemas do dia a dia, aplicar conhecimentos integrando habilidades de diferentes áreas. Com a parceria, os investimentos no programa vão dobrar, para R$ 6 milhões em dois anos, e dobrar o número de beneficiados.
O programa Liga Steam foi criado em 2022 pela Fundação ArcelorMittal e consiste na formação de educadores da rede pública de municípios selecionados, em parceria com as secretarias de Educação municipais, e treinamento para um grupo de 50 profissionais de educação em todo o país neste ano, e mais 50 em 2024. O programa também conta com o Prêmio Liga Steam, que reconhece projetos realizados em escolas que já adotam a abordagem Steam de ensino. Cada professor pode inscrever até cinco turmas de alunos.
O diretor superintendente da Fundação ArcelorMittal, Herik Marques, disse que todos os inscritos recebem um treinamento de 20 horas para elaborar os projetos. Neste ano, a formação de professores será feita em seis municípios por ano, onde o Grupo ArcelorMittal atua, ante 2 cidades em 2022. A premiação também foi ampliada, com a criação da categoria educação infantil. Antes a premiação era para escolas públicas dos ensinos fundamental e médio.
A turma que tiver o projeto vencedor receberá R$ 10 mil para viabilizar o projeto apresentado. No ano passado, 1,8 mil professores inscreveram projetos para o prêmio. Para este ano a previsão é chegar a 2,5 mil inscritos. O projeto vencedor de 2022 foi de uma turma do quinto ano do ensino fundamental de uma escola em Piracicaba (SP). O projeto era de revitalização de uma praça ao lado da escola, que havia se tornado ponto viciado de lixo, e foi implantado. “A metodologia parte de um problema para buscar as soluções possíveis e identificar as ferramentas de conhecimento para serem aplicadas. Os projetos acabam envolvendo mais de um desafio da sociedade, como disponibilidade de água, reciclagem, economia de energia. As ODS estão conectadas na sociedade”, afirmou Marques.
O programa conta com gestão técnica da Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI Brasil) e consultoria técnica da Tríade Educacional. O diretor de desenvolvimento social da Fundação Banco do Brasil, Rogério Biruel, ponderou que os alunos das redes públicas de ensino tiveram perdas com a migração das aulas para o ensino online durante a pandemia. “O resultado no ensino online não foi comparável ao presencial e no ensino público foi pior. Não adianta achar que vamos resolver isso de maneira tradicional, daí a proposta de adotar um modelo inovador. Nossa expectativa é muito boa em relação aos resultados”, afirmou Biruel.
O diretor disse que a Fundação Banco do Brasil atende mais de 26 mil alunos no país com 190 projetos, quase todos em parceria com prefeituras. “Trabalhamos principalmente com a oferta de atividades de reforço escolar, esportes e atividades lúdicas fora do turno escolar. A metodologia Steam casa muito com nossos projetos porque trabalha competências socioemocionais dos estudantes”, afirmou o executivo. A Fundação Banco do Brasil tem entre os seus programas sociais o Educação para o futuro, que faz capacitação para crianças, adolescentes e jovens.
Criada em 1988, a Fundação ArcelorMittal mantém iniciativas nas áreas de educação, cultura e esporte. No ano passado, destinou mais de R$ 73 milhões em recursos próprios a projetos nessas áreas. A Fundação Banco do Brasil, fundada em 1985, promove ações nos seguintes eixos: tecnologia social, educação para o futuro, meio ambiente e renda, saúde e bem-estar, ajuda humanitária e voluntariado. Nos últimos dez anos, a instituição investiu R$ 2,6 bilhões em 10 mil iniciativas, com impacto em 6,6 milhões de pessoas.