O Banco do Brasil (BBAS3) enviou um comunicado a empresas de defesa para informar que, a partir de agora, não vai usar mais capital próprio para fazer negócios com elas. Cabe ao governo federal destinar recursos para, por exemplo, garantir exportações, apurou o repórter Julio Wiziack, com Diego Félix, para a coluna Painel S.A., do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a apuração, com a nova política, a instituição financeira se junta aos demais bancos privados que, por razões de governança, não fazem negócios com empresas que produzem artigos destinados a guerras, como armas, equipamentos ou veículos.
A notícia desagradou o governo federal e José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, disse que já se reuniu com a presidente do BB, Tarciana Medeiros, que, por sua vez, prometeu avaliar uma possível ampliação do Proex (Programa de Financiamento às Exportações) para ajudar o setor, que, atualmente, responde por 4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os contratos em curso serão honrados, mas a instituição determinou que não haja contratos novos.
A situação implica as empresas Mac Jec, CBC, dona da Taurus (TASA4), Mectron e Avibrás, informa o veículo.