Cidades do AM recebem projetos de saneamento e tratamento de água

Publicado em: 16/03/2017

Cerca de duas mil famílias ribeirinhas e rurais do Amazonas receberão projetos nas áreas de saneamento básico, tratamento de água e saúde como parte da iniciativa “Tecnologias Sociais no Amazonas”, lançado na sexta-feira (10).

Os moradores de Borba, Nova Olinda e Itacoatiara serão os beneficiários do programa, realizado por meio de uma parceria entre Fundação Banco do Brasil e Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), apoiadores do Prêmio Empreendedor Social, e que terá investimento de R$ 1 milhão.

Os primeiros a receberem o projeto serão os moradores de Axinim, no município de Borba –a 6 horas de barco de Manaus. A tecnologia social que ajuda na rápida identificação e tratamento da anemia ferropriva (deficiência de ferro no organismo) chega para os alunos da rede pública já no fim de março.

As outras iniciativas desenvolvidas são o tratamento da água por raios solares e o banheiro ecológico, uma forma de saneamento descentralizado para comunidades ribeirinhas.

ATUAÇÃO

As tecnologias sociais são soluções desenvolvidas com comunidades locais e que resolvem um determinado problema social. Os criadores desses projetos podem se inscrever no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Após uma seleção, elas passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais.

A escolha das iniciativas para as comunidades do Amazonas foi feita a partir de diagnóstico preliminar, realizado com a participação das populações locais, que auxiliaram na identificação das demandas e carências dessas comunidades.

O Idis já trabalha com as comunidades ribeirinhas do Amazonas há seis anos, quando criou o PIR (Primeira Infância Ribeirinha) junto com outros parceiros . O programa foi um piloto que teve como objetivo o estabelecimento de uma política pública para a primeira infância no estado.

Após a capacitação de agentes comunitários de saúde para orientar famílias sobre cuidados básicos de gestantes e crianças, o governo criou, no ano passado, o Programa Primeira Infância Amazonense, que expande esse atendimento para todos os municípios do Amazonas.

Fonte: Folha de São Paulo

Banco do Brasil vai buscar inovação no Vale do Silício

Publicado em: 02/12/2016

Conectar-se a startups para acelerar o ritmo da inovação tem sido uma palavra de ordem para os bancos. Entre as maiores instituições nacionais, Itaú e Bradesco já vêm trabalhando há pelo menos um ano com o Cubo e o InovaBra, respectivamente. Ambos são programas de apoio a companhias novatas. Agora, o Banco do Brasil (BB) entrou no jogo.

O banco estatal montou um escritório no Vale do Silício, na Califórnia. No escritório, instalado em uma incubadora na cidade de Sunnyvale – lar de empresas como Yahoo, AMD e NetApp -, equipes de até cinco funcionários poderão desenvolver, ao longo de três meses, projetos de novos produtos e serviços que poderão ser usados internamente pelo banco, ou oferecidos aos seus clientes.

Segundo Marco Mastroeni, diretor de negócios digitais do BB, a ideia é levar quatro turmas para o Vale por ano. “Não é vida de turista, é uma imersão no ambiente. Eles participam de eventos de outras startups, têm que ir ao supermercado, administrar o orçamento do projeto”, conta o executivo. O primeiro grupo de funcionários foi para o BB Labs, como é chamada a iniciativa, no meio do ano e já voltou. Outra turma está lá neste momento.

Por que o banco resolveu investir nos EUA? A resposta tem relação com a natureza da instituição. Por se tratar de uma empresa pública, o BB tem restrições para investir ou se associar a startups. O relacionamento só pode ser estabelecido por meio de licitação ou se o banco comprar o controle de uma companhia – o que colocaria a empresa iniciante sob os processos de um grupo com mais de 100 mil funcionários. O risco é que isso poderia matar a inovação. O banco também está impedido de contratar profissionais sem concurso, por isso, é preciso capacitar o próprio quadro de funcionários.

Nos EUA, as equipes têm maior liberdade para experimentar novas tecnologias e modelos. Depois de validadas, as ideias têm sua viabilidade avaliada em termos de compatibilidade com os sistemas do banco e o ambiente regulatório local.

O BB Labs faz parte de uma iniciativa mais ampla do banco para estimular o empreendedorismo entre seus funcionários – o chamado intraempreendedorismo. Tudo começa por um programa batizado de Pensa, que visa estimular a geração de novos processos, produtos e serviços. No ano passado, foram mais de três mil propostas. Em 2016, até o momento, o número passa de cinco mil.

As ideias passam por uma série de avaliações internas e as mais promissoras seguem adiante. “É um modelo inspirado no ciclo de vida das startups, onde acontecem as validações dos investidores. As várias etapas ajudam a consolidar as ideias”, diz Mastroeni. “Leva tempo para acontecer, mas o fator multiplicador é muito forte; acende novas coisas na cabeça das pessoas”, diz.

Fonte: Valor Econômico