Em um esforço conjunto para promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer as populações tradicionais ribeirinhas e indígenas da Amazônia, o Banco do Brasil e a Associação para o Desenvolvimento da Bioeconomia (Assobio) formalizam um Memorando de Entendimento durante participação na Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-16), em Cali, na Colômbia. O acordo visa fomentar a sociobioeconomia na região através do financiamento e apoio técnico às cadeias produtivas locais, além de apoio a iniciativas de empreendedorismo na região da Amazônia Legal. Para tanto, serão realizados eventos e programas para fortalecer as empresas associadas e a cadeia de produtores responsáveis pelo fornecimento de insumos. Além disso, o BB poderá atuar na concessão de crédito e assistência técnica, conforme as necessidades dos extrativistas. As ações devem impactar 86 mil pessoas direta e indiretamente.
Participação de lideranças comunitárias e extrativistas
Certos de que a presença na COP 16 de representantes que vivenciam a bioeconomia no dia a dia é fundamental para que pessoas, órgãos e empresas conheçam a realidade de quem trabalha e empreende na região da Amazônia, o Banco do Brasil e o Banco Mundial promoveram a ida de extrativistas e pequenos produtores representantes da Associação de Negócios da Sociobioeconomia (Assobio). A iniciativa faz parte da parceria firmada entre os bancos em setembro de 2023, quando BB captou US$ 400 milhões com objetivo de impulsionar soluções sustentáveis para sociobioeconomia, agricultura sustentável e de baixo carbono no Brasil, com foco no bioma amazônico e no Cerrado.
Além da celebração do memorando, foram realizadas agendas de negócios com foco na troca de experiências entre os produtores locais e demais parceiros estratégicos sobre as principais oportunidades para escalar o financiamento de produtos da sociobioeconomia. Os diálogos enfatizaram também a expansão da carteira de crédito de maneira a beneficiar diretamente os associados; fortalecimento da atuação na região, com maior presença e impacto positivo no desenvolvimento sustentável e o estreitamento das relações com o governo, facilitando a implementação de políticas públicas favoráveis à bioeconomia e valorização dos produtos amazônicos.
“Este acordo representa um passo significativo para a promoção da sustentabilidade e o fortalecimento das comunidades tradicionais da Amazônia, contribuindo para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico da região”, destaca o vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial, José Ricardo Sasseron. “Estamos aqui discutindo metas para conservar a biodiversidade e promover a sociobioeconomia na região. É fundamental destacar o impacto positivo que essas iniciativas têm nas comunidades locais, proporcionando trabalho e renda a partir de produtos amazônicos”, complementa.
“Estamos ansiosos para desenvolver parcerias e adicionar valor para as organizações, governos federais, estados e municípios, população indígena e sociedade civil. A Sociobioeconomia é muito importante e o tempo está correndo, há muito trabalho pela frente, devemos começar o quanto antes”, destaca Benoît Bosquet, diretor do Banco Mundial.
O fomento à bioeconomia regional está em sintonia com os Compromissos BB 2030 para um mundo mais sustentável, que tem como um dos objetivos estabelecer uma relação direta entre o potencial de geração de renda e a conservação da floresta. Atualmente o Banco do Brasil aplica mais R$ 53 bilhões em projetos com adicionalidades sociais e ambientais na região amazônica, sendo cerca de R$ 1,5 bilhões de reais em projetos de Bioeconomia de produtos extraídos da floresta, como por exemplo, açaí, castanha-do-pará, cacau, palmito, dentre outros.