O Sindicato dos Bancários de Campo Grande e região fechou a agência do Banco do Brasil localizada na Avenida Afonso Pena esquina com a Rua 13 de maio, na manhã de hoje (27). Na agência, os atendimentos internos estão interrompidos durante todo o dia, apenas os caixas eletrônicos estão à disposição da população.
A medida foi tomada devido a falta de condições de trabalho, uma vez que a unidade está operando sem ar condicionado. Os dirigentes sindicais já vinham cobrando uma solução e a promessa do banco era de que a situação se resolveria até o final desta semana, o que não ocorreu. No local, funciona a principal agência do Banco do Brasil de Campo Grande, que abriga inclusive a superintendência regional, e por onde passam centenas de pessoas diariamente.
“Esse é um problema recorrente e sempre cobramos uma solução. Mas essa semana chegou a uma situação insuportável, colocando em risco o cliente e o funcionário. Essa agencia tem a demanda muito grande e precisamos de uma solução, imagina quando chegar o verão, as pessoas vão passar mal”, contou Edvaldo Barros, presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande.
Para o sindicato, a demora em providenciar a refrigeração adequada do prédio mostra o descaso da instituição financeira com seus clientes e trabalhadores, que são submetidos a temperaturas elevadas, caracterizando condições insalubres.
Dos clientes que estiveram na agencia procurando os serviços, Carlos Alberto da Silva, 35, gerente de vendas em concessionária, apoiou o movimento. “Eu acho que todo trabalhador tem que ter o mínimo de condições de trabalho, nesse calor de Campo Grande, pessoal trabalhar assim, é inadmissível”, opinou.
Por outro lado, Maria Lucia da Silva, 46, aposentada, ficou revoltada ao chegar na agencia e não ser atendida. “Preciso desbloquear meu cartão, cheguei às 10h e não aparece ninguém para falar que não vai atender. Não somos cachorros não”, reclamou.
De acordo com o sindicato, o Banco do Brasil registrou lucro de R$ 5,2 bilhões no primeiro semestre deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2016, houve um crescimento de 67,3%.
Fonte: O Estado de MS