Funcionário da ativa no BB, Adriano Domingos, candidato da AGEBB ao Conselho Fiscal do Economus, diz que optou por concorrer nas eleições de 2020 por não ver ações efetivas que possam trazer resultados para os participantes. “Hoje, não me sinto representado no instituto. Percebo que muitos conselheiros estão legislando em causa própria. Vejo muitas ações impensadas, que visam objetivos imediatistas e inconsequentes”, afirma.
Adriano, participante do Grupo C do Economus, argumenta que o instituto necessita de ações calculadas e viáveis, oriundas de propostas concretas e com resultados. “Acredito que, além do bolso, os participantes sentem as dores pela falta de perspectivas. E o que mais preocupa é a falta de transparência, pois as informações se limitam a notas em mídias sociais. É preciso estarmos mais próximos dos participantes, trazendo respostas em tempo real”, revela.
Adriano lembra que como membro do Conselho Fiscal seu papel será o de fiscalizar. Mas vai além. “Não é só no sentido de fiscalizar. É discutir o custo dos investimentos, os gastos, onde estão sendo aplicados e o que podem trazer de retorno. Ética e transparência precisamos ter todos os dias, mas chegou o momento de dialogarmos mais, costurarmos negociações, entendendo o contexto e discutindo com as alçadas superiores do patrocinador”, elenca.
O problema com as pensões foi detectado pela primeira vez em 2008, antes da incorporação da Nossa Caixa pelo BB. Com 24,8 mil participantes, o Economus é responsável pelo pagamento de aposentadorias a cerca de 8 mil ex-funcionários do extinto banco paulista. “Nossos participantes sentem no bolso todos os problemas do instituto. Por falta de conhecimento por vezes, mas principalmente, de comprometimento de nossos representantes, é preciso que sentemos e conversemos para buscar uma solução imediata e consistente, de modo também que BB entenda esse novo momento, e consiga, de certa forma, amenizar as perdas de cada um. É um momento delicado, quando se aposenta o funcionário tem reduções drásticas em seus vencimentos por erros de gestão que não fizeram seus trabalhos da melhor maneira possível”, esclarece.
Fonte: AGEBB