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PDV do BB vai até o dia 14; diretoria da AGEBB estuda as mudanças

Publicado em: 31/07/2019

O Banco do Brasil anunciou no princípio desta semana uma reorganização institucional para transferência de funcionários entre as diversas cidades em que possui agências. Além disso, um Programa de Adequação de Quadro (PAQ) foi aberto para os empregados do banco e oferece incentivos de R$ 20 mil a R$ 200 mil para aqueles que se demitirem voluntariamente. A estimativa, segundo fontes da equipe econômica, é que as mudanças afetem de 2 mil e 3 mil funcionários. A previsão inclui remanejamento de pessoas entre as unidades do banco, além das demissões. Os funcionários que reúnam as condições estabelecidas no regulamento poderão aderir ao plano de desligamento incentivado até 14 de agosto.

A diretoria da AGEBB, encabeçada pelo presidente Francisco Vianna de Oliveira Júnior, acompanha de perto toda a movimentação. “Mais uma vez os gerentes e gestores do banco foram surpreendidos com esse tipo de notícia e ficaram sabendo da anunciada reestruturação pela imprensa. Isso já havia ocorrido em 2016 e caracteriza desrespeito com os funcionários que vestem a camisa e defendem o BB há anos”, afirma o executivo.

Nesse cenário, a AGEBB está atenta às negociações e informações. Uma reunião entre seus diretores, especialmente aqueles da ativa e com a presença de seu corpo jurídico, será realizada no sábado, dia 3 de agosto, a partir das 9 horas, em caráter de urgência na sede da associação, em São Paulo. “Convocamos a todos para discutirmos a defesa dos interesses dos gerentes associados. É o momento de estarmos juntos, pois as regras ainda não estão muito claras, mas é certo que todas as áreas do banco serão atingidas nesse processo de reestruturação”, afirma Oliveira Júnior.

Além disso, lembra o presidente da AGEBB, é de se ressaltar o exíguo prazo dado aos mais de 90 mil funcionários para optar ou não por aposentar-se e deixar o emprego no banco. Para quem ficar, o futuro também é incerto. “O que mais aflige e nos preocupa é com o gerente que pretende continuar no banco. Muitos deles, certamente, ficarão longe de suas atuais agências, distantes de suas famílias, acumulando funções e ainda serão descomissionados nesse processo”, argumenta o dirigente.

No papel de única associação representativa dos gerentes do BB, a AGEBB, segundo o seu presidente, cumpre o dever de defender seus associados de riscos e perdas individuais ou coletivas, bem como manter e aumentar suas conquistas. “Sem o viés dos sindicatos, que cumprem o papel específico que lhes cabe na sociedade, acreditamos que à medida que os principais líderes da empresa sejam tratados com isonomia, respeito e dignidade, quem ganha é o banco, quem se fortalece e aumenta sua reputação, junto ao mercado e à comunidade, é o próprio BB”, argumenta Oliveira Júnior.

Melhorar a eficiência do banco

Segundo a estatal, a intenção nesse processo de reestruturação é melhorar a eficiência no atendimento e acabar com excesso de pessoal em algumas praças. A opção de desligamento é exclusiva para os funcionários lotados em função com excesso de pessoal. Empregados com até 20 anos de banco receberão até 7,8 salários brutos como incentivo para o desligamento. Quem está há mais de 20 anos na empresa pública receberá até 9,8 salários como incentivo para o desligamento. Nos dois casos, o piso de R$ 20 mil e o teto de R$ 200 mil devem ser respeitados.

O banco também pagará por até um ano as mensalidades do plano de saúde dos empregados e dos dependentes inscritos até o desligamento. Quem aderir ao PAQ fica dispensado de ressarcir custos com treinamentos, entre eles, cursos de MBA, graduação, idiomas e certificações, desde que estejam matriculados e cursando regularmente as disciplinas. Os empregados também ficam liberados de restituir o banco de vantagens recebidas em nomeação ou remoção ocorrida com menos de 365 dias da data de desligamento.

O atual presidente do BB, Rubem Novaes, já vinha demonstrando, por diversas vezes, que a instituição tem que diminuir de tamanho e abrir espaço para os concorrentes privados. O banco, inclusive, vem se desfazendo, sem alarde, de vários ativos. O certo é que, pelos dados do Banco Central, os bancos públicos vêm diminuindo o ritmo de crescimento. Nos seis primeiros meses deste ano, o estoque de crédito dessas instituições avançou 1,2%. Já o total do setor privado saltou 2,1%.

Fonte: UOL com AGEBB

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