Moradores de Traipu, interior de Alagoas, realizaram um protesto nesta quinta-feira (26) para pedir a manutenção do funcionamento da agência do Banco do Brasil da cidade. Segundo eles, o banco fecha as portas no dia 20 de novembro.
O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Banco do Brasil para confirmar as informações passadas pela população, mas ainda não obteve resposta.
O anúncio do fechamento da agência não só desagradou os funcionários como também os usuários do banco, que agora vão ter que se deslocar até o município vizinho de Girau do Ponciano para fazer movimentações bancárias.
“A população foi pega de surpresa com essa notícia. Muitos aposentados e pensionistas estão com medo porque vão ter que percorrer até 40 km a Girau do Ponciano. Ou seja, vão ter que se expor mais à violência, porque vão ter que andar com dinheiro. Então, somos contra isso”, disse um manifestante identificado apenas como Jonathan, em contato por telefone.
Ainda segundo os manifestantes, a superintendência do banco justificou insegurança, já que a agência foi assaltada duas vezes, além da pouca movimentação financeira.
“Em Traipu foi criada recentemente uma Secretaria de Segurança Pública municipal, o que fez com que a segurança em relação ao município fosse aumentada”, argumentou Jonathan.
Em relação à movimentação financeira, ele diz que os comerciantes se propuseram a realizar mais serviços na agência de Traipu, para aumentar o volume de movimentações financeiras.
O fechamento dessa e de outras agências no interior do estado será tema de uma reunião entre a superintendência do Banco do Brasil em Alagoas e o Sindicato dos Bancários. O encontro será na sexta (27), à tarde.
“A gente quer saber quantas agências estão fechadas e quantas estão fechando. Temos notícia desta de Traipu e de outras no Sertão, que foram alvos de bandidos e não foram reabertas, por falta de predisposição do banco. É um prejuízo muito grande para uma cidade pequena ter uma agência fechada”, afirma Nnilson Roberto Lopes Vieira, diretor financeiro do sindicato.
Fonte: G1