A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou que, depois de quase dois anos da atual gestão sendo bem vocal sobre o tamanho do banco, o mercado financeiro finalmente entendeu isso. Segundo ela, os analistas esperarem um lucro trimestral de R$ 9 bilhões, R$ 10 bilhões para a instituição é bom, e desafia a gestão a alcançar esses resultados.
“O mercado entendeu o novo patamar do BB, até que enfim. Cobrar esse lucro trimestral nos desafia a buscá-lo, porque sabemos que podemos.”
O balanço do BB do terceiro trimestre não agradou ao mercado, em meio ao avanço da inadimplência. As ações ordinárias (BBAS3) do banco fecharam em queda de 2,24%, a R$ 25,37, enquanto o Ibovespa subiu 0,05%, aos 127.792 pontos.
O vice-presidente financeiro do banco, Geovanne Tobias, disse que o banco vai, sim, cumprir o guidance (projeção) de lucro este ano, que vai de R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro foi de R$ 28,3 bilhões, ou seja, para chegar ao meio do guidance seria preciso ter um lucro de R$ 10,2 bilhões. “Não sei se vamos ficar no topo, centro ou piso do guidance, o ano ainda não acabou, ainda temos muitos negócios a fazer.”
O guidance de provisões para devedores duvidosos foi revisto para a faixa de R$ 34 bilhões a R$ 37 bilhões, sendo que de janeiro a setembro esse gasto foi de R$ 26,4 bilhões. Segundo Tobias, o desafio é sempre mirar o meio do guidance.
Já o vice-presidente de riscos, Felipe Prince, afirmou que o agro teve uma pressão adicional de quase R$ 3 bilhões em PDD no terceiro trimestre. “Se voltar para o patamar mais normal, de R$ 800 milhões, R$ 1 bilhão de PDD no agro, podemos até entregar o piso do guidance de PDD.”