Estudo da consultoria Mercer aponta que, de um universo de 665 planos mantidos por fundos de pensão, 72% não acumulam, no atual cenário de sua carteira de investimentos, recursos suficientes para uma aposentadoria considerada digna, conceito que significa manter o padrão de vida financeira de quando o participante estava na ativa, levando em conta que mudam os gastos com remédios, planos de saúde e lazer.
“Boa parte dos fundos de pensão tem batido metas de resultados, mas o nível de contribuição é baixo”, diz Tiago Calçada, diretor de previdência da Mercer Brasil. O estudo considera que o beneficiário irá se aposentar aos 60 anos e projeta um retorno de juros de 4%, 5% e 6% ao ano no longo prazo.
Essa parcela de 72% dos planos, mostra o relatório, fica na faixa de rendimento até 4%, o que significa que, mantendo o atual ritmo de contribuições com esse nível de retorno, pagará um benefício inferior a 40% do salário final.