Entre os brasileiros com idades entre 18 e 35 anos, a faixa etária com o maior número de empreendedores é entre 26 e 35 anos. Por outro lado, o grupo de 18 a 20 anos tem apenas 3% que se consideram empreendedores.
Os dados fazem parte da pesquisa “Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro”, divulgada hoje pela Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), em parceria com a Sicredi.
Dos 5.792 entrevistados, 49,5% residem no Sudeste, 21,9% no Sul, 15,6% no Nordeste, 4,3% no Norte e 8,8% no Centro-Oeste. Os homens representam a maioria, com 65%. Desses jovens, 73% têm ensino superior completo.
O perfil predominante atua em microempresas da área de serviço com faturamento de até R$ 360 mil por ano e nove funcionários. Não havia empresas familiares e apenas 10% atuam no mercado internacional.
No âmbito das dificuldades encontradas para o negócio, os jovens empresários avaliam como maior fator impeditivo de expansão e continuidade as questões burocráticas, a alta carga tributária e a gestão financeira.
Como forma de melhorar as condições adversas, a maioria dos empresários respondeu que busca políticas governamentais que diminuam a burocracia.
A pesquisa mostra ainda que a maioria destes jovens não participa de grupos e programas de inovação.
Por outro lado, em momentos de crise, 31% dos empreendedores buscaram ajuda junto ao Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Outros 19,4% contrataram consultoria especializada. A internet é uma aliada para 30,3%.
A instabilidade político-econômica nacional gerou duas consequências negativas: queda no faturamento e a redução de investimentos. No entanto, 55% dos jovens que se declaram empreendedores têm interesse em abrir uma nova empresa, entretanto, em outro segmento.