Com alto endividamento e um pesado acordo de leniência de 10,3 bilhões de reais para pagar, a JBS negociou suas dívidas com bancos. A renegociação envolveu cerca de 17 bilhões de reais, segundo a Coluna Broad, do jornal O Estado de S.Paulo.
Entre os credores, estão o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, HSBC e Citi, diz a coluna.
As instituições financeiras aceitaram adiar o pagamento em 24 meses. Como condição, exigiram que 80% de tudo o que o grupo J&F, holding que controla a JBS, levantar com a venda de ativos seja usado para pagar as dívidas.
Já o Itaú Unibanco decidiu ficar de fora da negociação coletiva e fez um acerto individual, diz o jornal. A cada dois terços que for quitado da dívida, o banco pode renovar o outro terço.
A JBS e a holding J&F colocaram diversos ativos à venda. A JBS espera levantar até 6 bilhões de reais, além do 1 bilhão de reais que já obteve com a venda das operações do grupo na Argentina, Paraguai e Uruguai para a Minerva.
A proposta inclui a venda da fatia de 19,2% na Vigor Alimentos e também da participação acionária na Moy Park, bem como a venda de ativos da Five Rivers Cattle Feeding e fazendas.
A holding J&F, dona da JBS, também busca interessados para a Eldorado Celulose e o restante da participação na Vigor. Ela já fechou a venda da Alpargatas, dona da Havaianas, para fundo Cambuhy, Itaúsa e Warrant Administração de Bens e Empresas por 3,5 bilhões de reais.