O futuro ministro da Economia Paulo Guedes indicou o nome do economista Rubem Novaes para a presidência do Banco do Brasil. Para a presidência da Caixa Econômica Federal, o nome indicado por Guedes é o do também economista Pedro Guimarães. Os dois estiveram na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, nesta quinta-feira (22). Ambos os nomes já foram submetidos ao presidente eleito Jair Bolsonaro. Para a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Guedes indicou Carlos von Doellinger, pesquisador do instituto.
O economista Rubem de Freitas Novaes, indicado para a presidência do Banco do Brasil, afirmou que a orientação da próxima gestão será a busca por eficiência, o enxugamento e a privatização de ativos da instituição. Ele disse ter recebido essas recomendações diretamente de Paulo Guedes e do próprio presidente eleito. “A orientação é eficiência, enxugamento e privatização do que for possível. Vamos buscar bons resultados e tornar o banco cada vez mais competitivo, mas de uma maneira enxuta”, afirmou.
Novaes descartou, por enquanto, a possibilidade de privatização total do banco. Perguntado sobre quais braços de atuação do banco poderiam ser negociados, ele evitou adiantar o que tem em mente. “Isso está muito prematuro para eu detalhar. Primeiro, preciso tomar ciência da situação do banco, das pessoas que estão lá, pensar na formação da equipe”, disse.
Novaes, que já foi diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), defendeu ainda a venda de ativos do banco por meio da venda de ações no mercado de capitais, buscando oferecer aquilo que pode interessar os investidores.”[Vamos] procurar fazer operações que mobilizem o mercado de capitais, com o máximo de transparência possível. Aquela fase de privatização em que você direcionava venda para determinados compradores, que montava aqueles consórcios de compra, [isso] está ultrapassado”, afirmou.
Rubem Novaes é doutor pela Universidade de Chicago e teve passagem pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já foi presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e deu aula na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Novaes também sempre foi próximo da equipe de transição de Bolsonaro. Ele vai ocupar o lugar de Marcelo Labuto no BB. Labuto passou a comandar o banco no início de novembro ao substituir Paulo Caffarelli, que assumiu a presidência da Cielo.
O atual presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, chegou a ser sondado pela equipe de Guedes para assumir o BB, mas prevaleceu o nome de Novaes.
Último resultado
No terceiro trimestre, o Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 3,175 bilhões, 11,78% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Ao comentar o resultado, Labuto disse que não havia sido procurado pelo novo governo para seguir no banco e que o processo de transição estava sendo comandado pelo Ministério da Fazenda.
“Já oferecemos ao ministério as informações do banco, todos os grandes números para suportar o trabalho de transição”, disse Labuto na ocasião. (Com Portal G1)