O novo presidente do Banco do Brasil, André Brandão, deixou uma boa impressão na primeira reunião que teve com os diretores da instituição nesta quarta-feira (23/09). Mas os presentes entenderam que precisarão apresentar projetos concretos e não promessas que todos sabem que não darão em nada. Eficiência e resultados darão a tônica da gestão do BB de agora em diante.
Quem ouviu as diretrizes de Brandão — que, ressalte-se, mostrou-se muito educado e atencioso —, entendeu o recado, que se espalhou pelos corredores da instituição. Imediatamente, o termo mais usado entre os empregados do Banco do Brasil foi: “Acabou o Migué!”, num tom de piada, mas, também, de preocupação. Por uma razão simples: não será mais aceita enrolação.
Os diretores do BB perceberam que precisarão de projetos mais sólidos e de muito mais argumentos para debater os assuntos com André Brandão, que tem 34 anos de experiência no sistema financeiro, inclusive internacional.
Todo mundo no Banco do Brasil sabe que o ex-presidente da instituição Rubem Novaes, apesar da formação em economia, não tinha passagem relevante pelo sistema financeiro. Não à toa, quando convidou Brandão para a presidência do BB, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi enfático: “O Banco do Brasil precisa de gestão, de um executivo”.