O Banco do Brasil, assim como todos os demais bancos, não acatou a determinação do governo e da prefeitura de São Paulo e obrigou seus funcionários a trabalharem nos feriados antecipados pelo governo do estado de São Paulo na segunda-feira (25) e pela administração municipal da capital na quarta e quinta-feira (20 e 21). Os feriados antecipados foram referentes à revolução constitucionalista (9 de julho), em todo Estado, ao Corpus Christi (11 de junho) e Dia da Consciência Negra (20 de novembro).
A representante dos funcionários no Conselho Administrativo do Banco do Brasil (Caref), Débora Fonseca, criticou a medida tomada pelo Banco do Brasil com relação ao trabalho realizado nos feriados antecipados. “Apesar da articulação dos sindicatos, os bancos optaram por não proteger seus funcionários e clientes. Permaneceram abertos, mais uma vez, olhando apenas pros seus lucros.”
Débora informou, ainda, que o Banco do Brasil, para não ter que dar duas folgas aos funcionários que trabalharam nos feriados, determinaram que a jornada fosse de, no máximo 5h59min. “Mais do que desrespeitoso, um escárnio colocar o funcionário pra trabalhar numa situação de risco e determinar o não cumprimento da jornada de seis horas para dar apenas uma folga pelo dia trabalhado no feriado”, disse a Caref.
A secretária de Juventude e representante da Contraf-CUT na mesa e negociações com o banco, Fernanda Lopes, concorda com a posição de Débora. “O banco vem tomando medidas sem negociação prévia com a CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do BB). Em toda mesa de negociação reclamamos sobre essa postura. Foi assim com a implementação do banco de horas e a imposição de férias compulsórias ao pessoal que estava em casa à disposição do banco durante o primeiro período da pandemia. Com certeza, este será mais um assunto que teremos que tratar na mesa”, disse a dirigente da Contraf-CUT, informando ainda que não previsão de data para a realização da próxima mesa.