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Coronavírus: análise da conjuntura econômica e de investimentos do Economus

Publicado em: 16/04/2020

No mês de março/2020, a declaração da Organização Mundial de Saúde -OMS, de que a Covid-19 se caracterizava como uma pandemia, causou uma reação bastante aguda e rápida dos investidores, não apenas no Brasil, mas em todos os mercados do mundo. Observou-se que a aversão ao risco atingiu todos os ativos, de forma indistinta. Ativos de renda fixa, renda variável e commodities, subitamente, perderam expressivo valor de mercado.

A incerteza dos investidores é em relação ao impacto e à duração dessa pandemia na economia, ou seja, na redução do consumo pelas famílias, na saúde financeira das empresas, que tendem a reduzir suas atividades e deverão produzir resultados inferiores, bem como dos entes públicos, cujos gastos devem aumentar substancialmente para suportar os serviços, que serão bastante demandados pela população.

Até a chegada da Covid-19 no Brasil, a economia se encontrava em meio a uma recuperação gradual. Esse otimismo havia feito o índice Ibovespa registrar nível recorde à época.

Com a incerteza e a aversão ao risco tomando conta dos mercados, mesmo os títulos emitidos pelo governo brasileiro, considerados de mais baixo risco no país, também tiveram perda de preço (com o aumento das taxas), pois investidores preferiram trocá-los por ativo ainda de menor risco, dinheiro em caixa. E, nesse mesmo sentido, seguiram também os títulos de renda fixa privados, emitidos por empresas e instituições financeiras.

O segmento de renda variável, de maior risco, teve impacto ainda mais severo. Para se ter ideia da magnitude das variações, apenas no mês de março, o Ibovespa apresentou queda de 29,9%, acumulando -36,8% em 2020. O índice de Títulos Públicos NTN-B (IMA-B) variou -6,97%, em março, enquanto o índice de Fundos Imobiliários (IFIX), -18,8%, e o índice de Fundos Multimercado, (IHFA) -6,5%.

Ao longo do mês de março, com os pacotes de ajuda financeira divulgados por vários países, sobretudo os Estados Unidos, o mercado esboçou recuperação. Entretanto, ainda reage às novas informações, que ora são negativas, sendo a volatilidade a característica marcante do seu comportamento no momento, sem clara demarcação do seu sentido ainda.

A Política de Investimentos do Economus é concebida com base no perfil de compromissos dos Planos Previdenciários, em fundamentos técnicos e na assunção de nível de risco adequado ao grau de maturidade de cada plano. Além disso, a alocação dos ativos também se orienta pelo horizonte de investimento da poupança previdenciária, que é de longo prazo.

Com relação aos investimentos de renda fixa, apesar do ajuste negativo de valor (da cota do perfil conservador, por consequência), são todos de boa qualidade creditícia. No momento, não vislumbramos problemas de pagamento dos compromissos pelos seus emissores.

Com relação aos investimentos de renda variável e estruturados, o horizonte de investimento para esses ativos é de longo prazo. Estamos passando por um momento adverso e não previsto. Porém, esse ciclo deverá passar e, no médio prazo, os ativos deverão recuperar seu valor.

A seguir, apresentamos a composição dos investimentos por segmento, acompanhada dos resultados no mês de março, e em horizontes mais longos:

Fonte: Economus

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