Com o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos avançados de atendimento (PAA) com quase dez mil demissões, as condições de trabalho dos funcionários do Banco do Brasil pioraram muito. Inúmeras denúncias chegam aos Sindicatos. Gerentes de PAA estão atuando como gerentes gerais, sem a devida comissão, sobrecarregados de serviços. Um dos prejudicados afirma que cuida do posto inteiro, que antes era uma agência, das máquinas, ambiente, segurança, atendimento, funcionários, vendas, inadimplência e reclamações de clientes. Tudo isso com menos funcionários.
Para Ernesto Izumi, secretário de organização do sindicato, “isso é desvio de função”, e continua, “gerentes de PAA estão recebendo comunicados como se fossem administradores, convocados para reuniões de gerentes gerais”
A situação dos PAA’s ainda se agrava devido a atribuições que são indevidas nesses setores. Os postos estão sendo obrigados a cumprirem metas separadas das metas das agências centralizadoras, e os gerentes gerais querem que os gerentes de PAA façam “negócios” para a centralizadora.
Essa política da direção golpista do BB tem um objetivo claro: precarizar e em seguida fechar os postos. Para a direção da empresa o fechamento de agências e postos tem como finalidade “reduzir” custo; conversa para boi dormir! Todo mundo sabe que praticamente todas as dependências do banco que foram fechadas são altamente lucrativas, basta ver o fabuloso lucro do banco ano após ano.
Com o fechamento de agências e posto houve um aumento considerável de reclamações junto ao Banco Central por parte dos clientes por mau atendimento devido a falta de pessoal, aumento na espera em filas, que chega ao absurdo de ficar por mais de duas horas, etc.
Fonte: Diário Online Causa Operária