Uma nova rodada de negociação envolvendo entidades de representação dos funcionários e o Banco do Brasil para discutir a proposta apresentada para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) estava marcada para a sexta-feira 8, logo após o feriado de carnaval. No último encontro, na quarta-feira 27 de fevereiro, os representantes dos trabalhadores alegaram que a proposta do banco é insuficiente para um encaminhamento ao Corpo Social, uma vez que está inferior à rejeitada pelos associados na consulta feita no ano passado. Além da proposta financeira pesar mais para os associados, ainda há muitos complicadores na parte de governança, como, por exemplo, a troca das diretorias.
As entidades informaram ao banco que a proposta divulgada serve para debates com os associados, mas que não há como defendê-la da forma como está apresentada.
Para Wagner Nascimento, coordenador da mesa pelas entidades e também da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o momento requer maior participação dos associados e intensidade no processo de negociação. “A proposta apresentada pelo banco não nos atende. Estamos dispostos a achar uma alternativa para garantir minimamente a sustentabilidade da Cassi, evitando intervenção de terceiros no processo. Contudo, é necessário um esforço e entendimento do banco sobre o que cabe da parte dele zelar pela saúde dos funcionários”, disse. “Além disso, como patrocinador, o Banco do Brasil deve fazer seu esforço financeiro para melhorar a proposta de forma que cheguemos a um acordo”, acrescenta.
O diretor recém-empossado da Diretoria Gestão de Pessoas do BB (Dipes), José Avelar Matias Lopes, que participou da abertura da última mesa de negociação, e ressaltou a necessidade de se chegar a um acordo negociado.
Wagner Nascimento acrescentou que a experiência do ano passado não foi boa, numa consulta sem a participação dos associados. “A solução negociada é o que queremos e esperamos achar o bom termo numa proposta que atenda às necessidades da Cassi e dos associados”, disse.
Sobre a ANS
O presidente da Cassi novamente falou sobre as reuniões com a Agência Nacional de Saúde (ANS) e sobre o que seria uma Direção Fiscal, que é a designação de uma pessoa que acompanha o que acontece no plano de saúde e orienta sobre o que pode acontecer, sem o controle da entidade.
Déficit da Cassi
O presidente da Cassi deu relato sobre a prévia dos números do balanço da Caixa de Assistência, que deve fechar 2018 com cerca de R$ 370 milhões de déficit. Os números oficiais serão divulgados assim que apreciados pelo conselho fiscal e aprovados dentro dos órgãos da governança da entidade.
Reabertura do plano aos novos funcionários
O Banco do Brasil falou que, sendo aprovado um novo estatuto que se adeque a algumas exigências dos órgãos reguladores, o Plano Associados possibilitará a entrada dos novos funcionários que recentemente tomaram posse no BB e que estão fora da Cassi.
Projeções de cálculos
O Banco do Brasil apresentou dados sobre as projeções financeiras da proposta apresentada e também simulações solicitadas pelas entidades da Mesa de Negociação, com o objetivo de subsidiar os debates e andamento das negociações, considerando o déficit atual da Cassi e as projeções de receita, que podem equilibrar a Caixa de Assistência.
Debates com os associados
As entidades afirmaram que há a necessidade de intensificar os debates com os associados da ativa nos locais de trabalho e nas associações de aposentados, para que se chegue a uma proposta com amparo na realidade dos associados.
Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região