O BTG Pactual avalia que o Banco do Brasil deve entregar um resultado mais próximo de o teto de sua meta (guidance) para 2022, de R$ 26 bilhões, e talvez ainda mais alto, após participar de uma reunião com a diretoria da empresa e investidores locais para uma atualização sobre últimos eventos de sua a gestão, nesta terça-feira (19/7).
Em maio, a instituição financeira reiterou a projeção de lucro líquido ajustado entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões no ano de 2022, anunciada em fevereiro, depois de ter lucrado R$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre, e disse que revisaria em um momento oportuno.
“O lucro líquido do segundo trimestre provavelmente será estável ou superior o do primeiro trimestre, o que implica que o lucro líquido de 2022 pode ficar acima das projeções atuais”, disseram os analistas do BTG, em relatório.
O BB também espera um carregamento de ganhos para 2023, o que pode gerar um alto crescimento de um dígito no resultado final e implica em risco de revisão para cima para a tese de investimento do BTG e para o mercado.
“Se o lucro líquido se aproximar do teto do guidance em 2022, a ação seria negociada abaixo do P/L de 4,0 estimado para 2022, apesar de nos últimos dois anos a governança corporativa ter melhorado e sua carteira de crédito ter crescido abaixo de seus pares, garantindo um sólido índice de capital”, explicaram os analistas.
Com isso, o BTG Pactual manteve a sua recomendação de compra para a ação do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 51,00, e sua indicação como a principal escolha entre os bancos incumbentes.