O Centro Cultural Banco do Brasil vai fechar sua biblioteca a partir de sábado, por tempo indeterminado. Em nota, o CCBB informa que o fechamento se dará “por motivo de reorganização administrativa”. “O fechamento é temporário. A biblioteca do CCBB sempre foi motivo de orgulho para esta instituição, e retomaremos as atividades para os usuários o mais breve possível”, diz a nota.
Segundo a assessoria de imprensa do centro cultural, em Brasília, o fechamento foi necessário porque a empresa contratada para prestar serviços na biblioteca não estava conseguindo cumprir com suas obrigações, e foi preciso romper o contrato. Já foi iniciado o processo de licitação para contratação de uma outra prestadora de serviços, o que deve durar pelo menos 60 dias – tempo necessário para o cumprimento dos trâmites legais, além da troca de pessoal e reorganização dos postos de trabalho.
A biblioteca do CCBB no Rio de Janeiro fica no 5º andar do edifício erguido em 1880 e costumava funcionar de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h, recebendo cerca de 500 visitantes por dia. Criada em 1931, a antiga biblioteca do Banco do Brasil (originalmente voltada para assuntos mais técnicos) passou a funcionar como importante fonte de consulta nas áreas de Artes, Ciências Sociais, Filosofia e Literatura. Seu acervo conta com mais de 150 mil exemplares informatizados, atualizado e periodicamente higienizado por uma equipe especializada.
São 2.200m², que abrigam um salão de leitura para 120 pessoas, três salas para a coleção geral, sala de referências com enciclopédias e dicionários, sala de literatura infantojuvenil com mais de 4 mil títulos, sala de multimídia, sala de periódicos, além de salas com coleções especiais e obras raras. Há ainda um espaço chamado Sala de Convivência, destinado a estudos coletivos.
Entre os destaques do acervo da Biblioteca do CCBB estão a primeira edição francesa de “A Riqueza das Nações”, de Adam Smith (1800), e uma edição rara das tragédias de Eurípedes, com texto em grego (1879), além de 280 exemplares do que se chama de jornalismo primitivo (séculos XVII e XIX).