SÃO PAULO – (Atualizada às 8h29) A BB Seguridade, companhia que reúne os negócios de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil (BB), obteve lucro líquido de R$ 992,803 milhões no primeiro trimestre de 2017, 3,67% superior ao obtido no mesmo período de um ano antes.
Os negócios de risco e acumulação geraram ganho de R$ 594,118 milhões entre janeiro e março, o que representa queda de 2,33% na comparação com igual intervalo de 2016. Porém, os negócios de distribuição avançaram 9,28%, para R$ 404,875 milhões.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado recuou de 49,9% para 47,3% na comparação entre o primeiro trimestre do ano passado e o deste exercício fiscal.
De acordo com a BB Seguridade, o desempenho comercial da corretora deu suporte ao resultado do período, especialmente nos segmentos rural e de previdência. A queda da sinistralidade de seguros e o aumento das reservas da área de previdência também contribuíram para o aumento do lucro, segundo a empresa.
No entanto, a queda da taxa Selic e da inflação tiveram impacto no retorno de títulos pós-fixados e atrelados à inflação, o que pesou no resultado financeiro das companhias do grupo.
Ainda nos três primeiros meses de 2017, a operação de seguros de patrimônio e automóvel (Mapfre BB SH2) teve prejuízo líquido de R$ 4,6 milhões, frente a um lucro de R$ 50,5 milhões um ano antes.
Esse resultado, notou a BB Seguridade, reflete uma piora tanto no desempenho operacional quanto no financeiro. A queda nos prêmios ganhos retidos e o aumento no índice de comissionamento são alguns dos fatores que explicam essa piora, segundo a empresa. Houve ainda alguns efeitos pontuais, mas eles se compensaram e o impacto no resultado foi praticamente nulo.
Os prêmios emitidos nessa categoria aumentaram 1,7%, somando R$ 2,2 bilhões. Houve queda de 1,4% em automóveis, mas ela foi compensada pelas demais áreas.
Quanto a área de seguros de vida, habitacional e rural (BB Mapfre SH1), o lucro líquido de R$ 391,5 milhões no primeiro trimestre deste ano representou uma alta de 3,2% perante igual período de 2016. O crescimento do resultado operacional não decorrente de juros e a redução da alíquota efetiva de impostos contribuíram para o resultado maior.
Os prêmios emitidos no trimestre totalizaram R$ 1,633 bilhão, aumento de 9,1% na comparação com o período de janeiro a março do calendário anterior. O desempenho forte em seguros rurais (alta de 51,2%) e habitacionais (+9,9%) compensou a queda em seguros de vida e prestamista.
A sinistralidade do segmento recuou para 24,6%, ante 34,3% no primeiro trimestre do ano passado. O índice combinado — que mede a eficiência operacional da seguradora e, quanto menor, melhor — caiu de 73,1% para 72,1% na mesma base de comparação.
Fonte: Valor Econômico