Fechada há mais de um ano por causa de um assalto, a agência do Banco do Brasil em Taguatinga, região sul do Tocantins, terá que instalar pelo menos dois caixas eletrônicos num prazo de 10 dias. A decisão é do juiz Gerson Fernandes Azevedo e atende a um pedido do Ministério Público Estadual. Segundo o documento, o fechamento da agência tem causado sérios prejuízos à população e ao comércio local.
O Banco do Brasil confirmou o recebimento da notificação e informou que está tomando providências internas em relação ao assunto.
O assalto aconteceu no dia 4 de julho do ano passado. Criminosos invadiram a cidade de madrugada, atiraram no pelotão da Polícia Militar e detonaram caixas eletrônicos das agências do Banco do Brasil e do Bradesco.
Desde então, a agência está fechada. Serviços como impressões de saldos e extratos, emissão de cheques, saques, pagamentos de boletos não estão sendo realizados.
Mesmo assim, segundo o Ministério Público Estadual, o banco estava cobrando taxas de manutenção de conta. Por causa disso, o juiz também determinou que a agência pare de cobrar as tarifas dos serviços que não estão sendo ofertados até que o funcionamento seja normalizado. Em caso de descumprimento, o banco terá que pagar uma multa diária de R$ 10 mil.
A decisão é provisória e cabe recurso. No documento, o juiz ressaltou que o município de Taguatinga já foi alvo de criminosos por quatro vezes, mas que este é um risco ligado à atividade. Argumentou também que a cidade, por muitos anos, possuía apenas uma agência, a do Banco do Brasil e que, por causa disso, grande parte dos moradores possui conta na instituição.
O MPE disse que em fevereiro deste ano foi feita uma audiência pública para discutir os problemas que impediam à reabertura da agência. Segundo a promotoria, ficou claro que a instituição não tinha interesse em voltar o atendimento ao público, já que apenas alguns clientes proporcionam lucros e as metas e faturamentos estavam sendo mantidos mesmo com a agência fechada.
Na decisão, o juiz argumenta que isso configura crime contra a economia popular. Na cidade tem um correspondente bancário, mas não consegue suprir as demandas dos moradores.