O Banco do Brasil está presente na 28ª edição da Agrishow. Sediado na cidade de Ribeirão Preto (SP), o evento será realizado entre os dias 1º e 5 de maio. A expectativa do BB é de gerar R$ 1,5 bilhão em negócios.
Ao longo da tarde desta sexta-feira (28), diante de questionamentos da imprensa sobre patrocínio à feira, o BB emitiu, à noite, o seguinte posicionamento sobre manutenção de sua presença: “O Banco do Brasil informa que estará presente na Agrishow por meio de sua atuação comercial para realização de negócios e atendimento aos seus clientes. O Banco do Brasil tomará as medidas cabíveis se, durante a feira, houver qualquer desvio das finalidades negociais previstas”
Presente no dia a dia dos produtores rurais, o BB atua em eventos como a Agrishow, levando sempre as melhores condições para que os clientes ampliem a produção de maneira sustentável. Durante a feira, o Banco do Brasil promove ações de relacionamento e de negócios, como a assinatura de operações rurais, eventos com clientes e realização de palestras técnicas. Destaque para a apresentação Mulheres no Topo, que abordará o papel das lideranças femininas no agro com a participação de clientes produtoras rurais.
Antes mesmo da presença física na feira, o BB promoveu ações comerciais em 377 eventos pré-feira, sendo 5 com a presença das Carretas Agro BB, mobilizando produtores rurais e empresas do agro para realização de negócios e fomentando a economia nas localidades.
Desembolsos
O BB liberou, até 19 de abril, o montante de R$ 154 bilhões na safra 2022/23, crescimento de 29% na comparação com o mesmo período da safra 2021/22. São cerca de 500 mil operações em mais de 5 mil municípios em todas as regiões do País, sendo 70% desses contratos realizados com agricultores familiares (Pronaf) e médios produtores (Pronamp).
“Estamos cada vez mais consolidando nossa vocação de apoio à agricultura e pecuária. Estamos trabalhando forte em cadeia produtiva, desde o pequeno produtor até o financiamento da indústria que exporta. Nossos desembolsos para a agricultura familiar cresceram 36% em relação a 2022, com R$ 4,4 bilhões liberados. Tudo isso sem descuidar do agronegócio empresarial, com liberações superiores a R$ 35 bilhões até o mês de abril, 34% de crescimento em relação ao mesmo trimestre do ano passado”, ressalta a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
O apoio do Banco do Brasil ao agronegócio brasileiro resulta na geração de negócios, renda para o produtor rural e fomento à toda a cadeia de valor do agro. O BB vai fortalecer a parceria histórica com o setor, criando mais um capítulo de sucesso com novos recordes em negócios prospectados.
Desconvite ao ministro
O evento do agronegócio sugeriu na semana passada que ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não participasse da abertura para priorizar presença de Bolsonaro, que terá primeira agenda pública no Brasil após ser acusado de instigar tentativa de golpe. O Banco do Brasil, assim, comunicou que retiraria o patrocínio da Agrishow. A informação foi confirmada na sexta-feira (28/04) pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta.
Tradicionalmente, o titular da pasta da Agricultura é um convidado de destaque da abertura da Agrishow, ainda mais no início de um novo governo. Já a presença de ex-presidentes na abertura é inédita. Em 2022, o setor do agronegócio, em sua maioria, apoiou a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro.
Segundo relatou o ministro Carlos Fávaro, o presidente da feira, Francisco Matturro, entrou em contato com a pasta para informar sobre a presença de Bolsonaro na abertura, e que isso poderia causar desconforto ou manifestações contrárias ao governo.
“Eu fui desconvidado talvez para evitar algum mal-estar. Foi pedido se não seria melhor eu ir no dia 2. Eu entendi o recado, compreendo”, disse o ministro. “Entendo que o Brasil precisa avançar, lá é uma feira de negócios não é um palanque político. Mas se em determinado momento quiserem transformar a Agrishow num palanque político isso é direito de seus organizadores que podem fazê-lo com tranquilidade”, criticou Fávaro.
À jornalista Andréia Sadi, o ministro afirmou acreditar que toda a situação foi coordenada com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um aliado de Bolsonaro, numa tentativa de constranger o governo politicamente.
O presidente da feira negou que tenha desconvidado Fávaro para a abertura da Agrishow. Ao Globo Rural, Matturro disse que era sua “obrigação informar o ministro do movimento que está acontecendo em Ribeirão Preto”. “Ligamos com a preocupação de informá-lo de que o ex-presidente virá à feira e queremos apenas informar que pode haver um constrangimento para todo mundo”, disse.
Bolsonaro deve comparecer à feira na companhia do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um aliado do ex-presidente. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o convite para Bolsonaro visitar Ribeirão partiu do presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, Paulo Junqueira, que também preside a Associação Rural de Ribeirão e é vice-presidente da Associação Rural Vale do Rio Pardo.
A atitude da organização levou o governo a rever o patrocínio do Banco do Brasil à feira. O primeiro movimento público nesse sentido foi feito pelo ministro Márcio França (Portos e Aeroportos), que contestou no Twitter o patrocínio do banco. “Se a Agrishow não quer o governo federal no evento, não sei se Banco do Brasil e o Governo Federal deveriam continuar patrocinando o evento”, escreveu.
Fonte: Banco do Brasil com IstoÉ Dinheiro