O Ministério do Planejamento divulgou nesta sexta-feira um ranking de eficiência das empresas estatais. Petrobras e Banco do Brasil receberam a maior nota: 10. Alvo da maior investigação da história do país, a petroleira conseguiu a nota máxima em todos os critérios.
— Aquela Petrobras que teve todos aqueles escândalos não tiraria nota 10. Essa Petrobras merece nota 10 — frisou o ministro Dyogo Oliveira.
Segundo o Indicador de Governança da Sest (Secretaria de Estatais) mostrou que o BNDES ficou com nota 9,5. Eletrobrás e Engea tiveram 8 e Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco da Amazônia (Basa) ficaram com 7,5.
Essas empresas são as melhores classificadas. Entre os critérios estão: gestão, controle, auditoria, transparência e o trabalho dos conselhos, comitês e diretorias. O planejamento financeiro ficou de fora da avaliação.
As melhores colocadas estão no grupo um. A divisão vai até o grupo quatro, onde são enquadradas as empresas com a pior avaliação. Entre elas, estão a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Telebrás.
— Não tenho dúvida que a cada avaliação vamos ver uma evolução desse numero.
O Planejamento avaliou 48 de empresas de controle direto. A intenção, entretanto, é que todas as 150 estatais recebam notas.
Durante a entrevista coletiva, Dyogo foi questionado sobre as promessas de greve de funcionários públicos e a tramitação da medida provisória que adia o reajuste dos servidores. Segundo ele, é normal os parlamentares fazerem emendas com novas propostas. A MP recebeu 255 propostas de alteração. Algumas distorcem a medida.
No entanto, ele ressaltou a importância de manter a medida que faz parte do ajuste fiscal do governo. Frisou várias vezes que os funcionários públicos não têm culpa desse atraso, mas ele é importante para o equilíbrio das contas do país.
— Essa medida não trata de uma responsabilização dos servidores. Não há condição de se esquecer que há um desequilíbrio fiscal no pais e o governo não tem condição de pagar o reajuste — falou o ministro.
— Dentro das dificuldades que o país está passando, essas medidas foram necessárias.
Fonte: O Globo