O Banco do Brasil tem passado por uma reestrutura em seu quadro de funcionários. Na agência de Picos não tem sido diferente. Em torno de quatorze pessoas excede o que permite a atual conjuntura da instituição.
De acordo com o diretor do Sindicato Regional dos Bancários em Picos, Antônio Libório, a intenção é de que essas pessoas sejam transferidas, mas como para o Piauí a possibilidade de vagas é quase nula, muitas vezes não compensa para o funcionário sair para outro estado.
“O Banco do Brasil está fazendo uma reestruturação e com essa mudança da reforma trabalhista, tudo é possível. Aqui na agência de Picos nós temos um excedente de 14 funcionários no quadro. Como estão excedentes, a qualquer hora o banco pode transferir, caso não aceite a transferência, aí o caminho é a rescisão do contrato empregatício. No Piauí há poucas vagas para transferência. Onde tem surgido mais vagas é no Maranhão e na região Norte do país. E aí para uma pessoa ser transferida para um lugar longe assim, com toda a família, é complicado, pois as que estão como excedentes são as que possuem menor salário. Assim não dá para sobreviver. Fica difícil”, lamentou ele.
Ele relatou ainda que as possíveis demissões ou transferências não serão imediatas, pois o banco está investindo na aposentadoria de funcionários para evitar os referidos transtornos já citados.
“O Banco do Brasil está dando um incentivo para o pessoal que já está em período de aposentar e queiram sair. Então temos a previsão até setembro. Somente depois disso é que saberemos quantas pessoas vão sair, aí é que o banco vai começar a tomar essa medida nessa segunda parte. O BB está oferecendo incentivo para as pessoas se aposentarem. Dependendo da quantidade de pessoas que saírem – aqui na agência temos pessoas que têm condições de saírem –, aí que saberemos quantas poderão ficar por Picos e quantas terão que decidir entre transferência e demissão”, explicou.
Ao final de setembro, após saber quantas pessoas aceitaram a aposentadoria, o BB se pronunciará novamente sobre o assunto.