Mesmo com lucros robustos nos últimos trimestres, a gestão do Banco do Brasil (BBAS3) espera crescer suas últimas linhas do balanço a um dígito percentual no ano que vem.
Durante teleconferência de resultados, o CFO do Banco do Brasil, Marco Geovanne Tobias da Silva, destacou que pelos números divulgados essa é a expectativa, apesar de não ser o guidance oficial – a ser anunciado somente no resultado do Banco do Brasil referente ao 4T23.
Os executivos ainda destacaram que esperam crescimentos de um dígito percentual ou em se tratando da carteira de crédito, ou até mesmo pouco acima de 10%.
O CFO do Banco do Brasil disse que, no panorama atual, a carteira de crédito do banco tem sido inclusive um grande propulsor para a companhia alcançar o guidance de 2023.
“Sobre o guidance, em linhas gerais, a expectativa é de convergência com o que foi divulgado. Continuamos vendo boas tendências na carteira de crédito, com força do agro”.
Durante a teleconferência, ao ser perguntado sobre o patamar de remuneração dos acionistas de BBAS3, o CFO destacou que a companhia estuda ‘cautelosamente’ um eventual aumento do payout do banco.
Às risadas, o executivo brincou que ‘um concorrente paga 30%, menos que os 40% do banco’, e ironizou: “Vamos esperá-lo aumentar para aumentarmos o nosso também”.
No mesmo contexto, o executivo acrescentou que a gestão atual tem tomado a decisão de usar esses recursos para impulsionar os resultados do banco.
“Atualmente estamos reinvestindo esse lucro em benefício dos acionistas”, disse.
Nesta quinta (9), após a divulgação do resultado na véspera, as ações do Banco do Brasil caíram 4,18%. No acumulado do ano, contudo, os papéis sobem 50%.