O Banco do Brasil (BBAS3) deverá ver o seu lucro saltar 16% no segundo trimestre ante mesmo período do ano passado, prevê a Ativa Investimentos em relatório enviado a clientes. Enquanto isso, os analistas Sergio Berruezo e Pedro Dietrich preveem alta de 14,9% para o Bradesco (BBDC4) e 15,2% para o Itaú (ITUB4). O Santander (SANB11) deverá ter lucro reduzido em 8%.
Mas isso é suficiente para sustentar a compra em Banco do Brasil? Segundo a Ativa, não. A corretora reiterou sua recomendação neutra.
De acordo com a dupla, em decorrência da maior agressividade, haverá um aumento significativo do custo de crédito, que vinha sendo bem menor que seus concorrentes.
Eles ainda projetam crescimento “robusto” de 15,5% no trimestre na margem financeira bruta, impulsionando um aumento do produto bancário de 12%.
Outros bancos
Nesse momento, os analistas da Ativa preferem Itaú e Bradesco. De acordo com os analistas, o Itaú deverá ter crescimento de 3,6% no produto bancário, em função de alta de 5,1% na receita com serviços e de 7,7% nas Receitas com seguros, previdência e capitalização.
“Também esperamos aumento de 4,5% no custo de crédito e 2,6% em demais despesas operacionais”, coloca.
No caso do Bradesco, Berruezo e Dietrich esperam que nesse segundo trimestre, resultado será muito semelhante ao primeiro trimestre, com expansão de 3,% na margem financeira gerencial, que por sua vez, levará para um crescimento de 2,1% do produto bancário.
“Do lado negativo, devemos ver piora mais significativa no custo de crédito, na casa de 6,8%. Além disso, acreditamos que o banco conseguirá manter as despesas operacionais controladas, aumentando 1,1% em relação ao 1T22, trimestre que surpreendeu ao abaixar essas despesas em 9%”, coloca.
Por fim, a Ativa diz que o Santander terá um segundo trimestre bem pior que os demais, com o custo de crédito aumentando consideravelmente nos últimos trimestres.
“Para o segundo trimestre, continuamos projetando uma piora no custo de crédito, subindo 1,6%. Para o Produto bancário, devemos ver crescimento de 5,1%, impulsionado pelo crescimento da margem financeira bruta, crescendo 5,2%”, argumenta.