O Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) deve enfrentar dias um pouco menos ensolarados pela frente. É o que espera a XP Investimentos (BVMF:XPBR31), ao revisar as projeções para a instituição financeira e manter o preço-alvo de R$61 por ação para o ano que vem, ainda que reforce a recomendação de compra.
“A política monetária está agora a mover-se na direção oposta e, embora isto possa ainda não ser um obstáculo, certamente não será um vento favorável tão forte como tem sido durante os últimos dois anos”, destaca a XP.
Ainda que as ações tenham apresentado alta de mais de 50% no acumulado do ano, o valuation ainda estaria atrativo, segundo o relatório.
“Vemos a carteira de crédito defensiva do banco como adequada para continuar entregando um ROE saudável, apesar do ciclo de afrouxamento monetário em curso”, apontam os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.
No entanto, os analistas acreditam que discussões regulatórias e as incertezas políticas em torno das empresas estatais podem ainda levar à volatilidade dos papéis.
Maior agressividade na originação de crédito e receios sobre a governança estão entre os pontos de cautela citados pelos analistas.
A instituição financeira completou 215 anos nesta quinta, 12. Em alusão à data, a presidente do banco, Tarciana Medeiros, apontou, em reses sociais, que no primeiro semestre deste ano, o banco concedeu linha de crédito ou de financiamento a 4,2 milhões de pessoas. Ao todo, o valor chegou a R$ 48 bilhões para mais de 180 mil micro e pequenas e empresas, uma elevação anual de 22%.
Às 12h40 (de Brasília) desta sexta-feira, 13, as ações estavam estáveis, a R$ 48,97.