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Banco do Brasil: descomissionamentos em todo pais geram ainda mais injustiças

Publicado em: 13/02/2019

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil reuniu-se, na quarta-feira (6), com a direção do banco numa Mesa de Negociação Permanente para tratar das mudanças no modelo de atendimento e gerenciamento das agências, escritórios de varejo e estilo. Também foram tratados na mesa a suspensão da CCV e a onda de descomissionamentos em todos o pais, principalmente nos escritórios digitais, sem critérios claros e sem observar os ciclos avaliatórios de GDP (Gestão de Desempenho Profissional).

Foram citados inúmeros casos em que não há feedbacks ou anotações positivas e também o caso de gerentes gerais que, se aproveitando da distância que as superintendências estão, têm informado que a ordem do descomissionamento vem das novas superintendências centralizadoras no Rio de Janeiro e São Paulo.

Manifestações no Rio

Aqui no Rio, o Sindicato estará realizando nessa terça-feira, dia 12, manifestações no Sedan e Andaraí para denunciar a falta de critérios e perseguição promovida por alguns administradores.

“Em vários casos que chegam ao sindicato, observamos que as GDPs são feitas desconsiderando as próprias instruções normativas do banco. Não são feitos acordos de trabalho, apesar da formalidade no sistema, nem são dados feedbacks e orientações para o desenvolvimento profissional. Chega ao ponto não ficar claro o motivo do descomissionamento, o que leva a crer que há meta para descomissionar. Os funcionários devem ficar atentos ao processo para evitar avaliações subjetivas que possam levar retirada de comissões injustamente”, comenta Rita Mota, diretora do sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB).

Os representantes dos funcionários também levaram ao banco as diversas reclamações que estão chegando em todos os locais do país, sobre o programa de metas Conexão, em que os parâmetros usados estão sendo alterados de forma que a maioria das carteiras não conseguirá atingir as suas metas, com sérios impactos financeiros pois reduz a PLR, o Programa de Desempenho Gratificado (PDG) e cria mais assédio para descomissionamentos.

Ficou definido que haverá nova reunião com o BB em data a ser agendada, para tratar especificamente de GDP e CONEXÃO (programa de metas).

Comissão de Conciliação Voluntária

Na mesa de negociação permanente, também foi tratada a suspensão da CCV. O banco começou a apresentar em algumas sessões de CCV termos de quitação com mais de 5 anos, sem alterar o valor dos acordos. A Contraf-CUT cobrou do banco a falta de negociação e comunicado prévio, causando enorme desconfiança e questionamento ético sobre o comportamento do BB.

O banco apresentou uma proposta de solução que precisa ser analisada pelos sindicatos. As negociações sobre o retorno da CCV vão continuar nos próximos dias.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro

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