O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região assinou, nesta sexta-feira 4, o Acordo Coletivo de Trabalho dos funcionários do Banco do Brasil. Com isso, a Campanha Nacional dos Bancários 2020 chega ao fim e todos os direitos dos bancários do BB estarão garantidos pelos próximos dois anos.
Na mesma sexta-feira 4, a Convencção Coletiva de Trabalho da categoria bancária e o Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados da Caixa também foram renovados, garantindo assim todos os direitos dos bancários até 2022.
A renovação do ACT com validade de dois anos (primeiro de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2022) garante a manutenção de todos os direitos clausulados, além de reajuste de 1,5% e abono de R$ 2 mil em 2020, mais ganho real de 0,5% (acima da inflação) em 2021 sobre todas as verbas ne natureza salarial.
“A manutenção de toda as cláusulas do ACT é um avanço diante dos ataques aos direitos dos trabalhadores e ao funcionalismo público promovidos pelo governo Bolsonaro representados por medidas provisórias, reforma trabalhista, reforma da Previdência e ameaças de privatização. A preservação dos direitos documentados em uma acordo bianual garante para a os trabalhadores uma estabilidade diante desta conjuntura extremamente desfavorável aos trabalhadores”, reforça João Fukunaga, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
Resumo das negociações com o Banco do Brasil
Reajuste salarial – conforme negociado na mesa única da Fenaban
Proposta inicial: reajuste ZERO.
Proposta final: 2020: Reajuste de 1,5% para salários + abono de R$ 2 mil para todos. Garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários (isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS). INPC sobre VR, VA, valores fixos e tetos da PLR.
2021: Reposição da inflação + 0,5% de aumento real para salários e demais verbas, como VA, VR e auxílio-creche.
Todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho e do Acordo Coletivo de Trabalho foram mantidos.
PLR
Proposta inicial: Redução da distribuição do lucro líquido (parcela linear) para 2%.
Após negociação: Mantida PLR como está no acordo atual (4% lucro líquido mais 45% salário, mais módulo variável determinado pelo Banco do Brasil por semestre).
GDP
Proposta inicial: 1 ciclo avaliatório para descomissionamento.
Após negociação: Mantidas as três avaliações negativas para descomissionamento por desempenho (3 GDPs).
Intervalo intrajornada
Proposta inicial: 15 a 30 minutos com registro para todos os funcionários de seis horas.
Após negociação: Até uma hora com registro apenas para quem fizer opção acima dos 15 minutos.
Faltas abonadas
Proposta inicial: 2020 e 2021 – cinco faltas não conversíveis e não acumuláveis.
Após negociação: Regra de transição, com conversão em pecúnia do saldo de abonos adquiridos a partir de primeiro de setembro de 2020. Os adquiridos a partir de primeiro de setembro de 2021 terão que ser usufruídos até agosto de 2022, inclusive nas férias, mas sem conversão em pecúnia ou acumulação. Os abonos já adquiridos e acumulados permanecem com as regras anteriores.
Folga Justiça Eleitoral
Proposta inicial: 60 dias para gozar a folga.
Após negociação: 180 dias para gozar a folga.
Prazo para realização de perícia psicológica
Proposta inicial: 12 meses.
Após negociação: Manutenção de 18 meses.
Horário de repouso
Proposta inicial: Apenas para atividades repetitivas.
Após negociação: Manutenção de atendentes de Sala de Auto Atendimento.
Outros pontos negociados
– Mesa sobre bancos incorporados a ser conduzida a iniciada a partir de outubro, com apresentação de pautas em setembro/2020.
– Mesa permanente sobre Teletrabalho e Escritórios Digitais.
– Mesa permanente sobre Saúde e Segurança.
Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região