A maior dor que temos não é aquilo que perdemos ou não tivemos. É aquela de ficarmos presos àquilo que poderia ter sido feito, mas não foi.
Você já deve ter visto alguém contando essa história… “Ah, se eu tivesse feito tal coisa, a minha vida seria muito melhor!!” ou “Ah, se aquilo não tivesse acontecido, eu seria mais feliz hoje!!”.
Essas duas histórias têm algo em comum. A dor e o sofrimento que carregamos, às vezes por muitos anos, por não termos feito algo que achávamos que mudaria a nossa vida, é uma receita excelente para sofrer indefinidamente.
Lembre-se de quantas discussões absolutamente inúteis já tivemos, simplesmente por não nos conformarmos com uma expectativa não atendida, imaginando que discutir o “leite derramado” faria ele voltar para dentro da garrafa…
Apesar de ser um comportamento muito frequente, e pernicioso, podemos rapidamente mudar essa realidade. Como? Simples!! Basta olharmos para a realidade e nos fazermos perguntas de melhor qualidade.
Perguntas do tipo, “Como posso resolver esse problema neste instante?” e “Quais seriam os passos necessários para seguir adiante?”, direcionam nosso pensamento para a solução da situação, ao invés de ficarmos buscando fantasmas e culpados.
Mas porque fazemos isso? Porque nos prendemos à dor?
Parece não fazer sentido, mas por trás de todo e qualquer comportamento, existe uma “intenção positiva”, uma necessidade que temos e que procuramos atender com aquele comportamento. Ficar preso a reminiscências do que poderia ter sido e não foi, também tem uma intenção positiva.
Muitas vezes ficamos reprocessando um fato, porque existe algo a ser aprendido com ele. E geralmente esse aprendizado é melhor absorvido quando pensamos nas atitudes que podemos tomar daqui para frente, em situações semelhantes. Isso é bem mais produtivo do que ruminar o passado.
Então, da próxima vez que se perceber revivendo um drama criado, faça algo mais inteligente e se prontifique a agir de forma diferente da próxima vez, e deixe que essa história seja somente isso, uma história.
E dessa forma usamos nossa experiência de vida como fonte de aprendizado e levamos a nossa energia para solução dos problemas.
E não se assuste se de repente estiver vivendo mais feliz!
Artigo de Marcelo Katayama é médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria