O Banco do Brasil (BB) deve fechar oito agências no Ceará e transformar outras cinco em postos de atendimento, segundo informações do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB). As medidas fazem parte do plano de reestruturação do banco anunciado em janeiro, mas o BB não confirma quantas e quais agências devem ser afetadas no Estado.
De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, serão fechadas as seguintes agências:
Fortaleza (Aerolândia, Parquelândia e Av. Barão de Studart) e Região Metropolitana de Fortaleza e interior (Juaci Sampaio, Santana do Cariri, Alto Santo, São João do Jaguaribe e Itaiçaba).
As agências do Cambeba (Fortaleza), Orós, Aiuaba, Catarina e Irauçuba devem virar postos de atendimento, conforme o Sindicato. “Está faltando muita transparência do Banco do Brasil. Eles não deram nenhum detalhe. Mas um levantamento feito pelo próprio sindicato está denunciando o fechamento dessas agências. Funcionários já relataram que foram retirados de suas funções originais e constam agora no quadro como excesso”, explica Bezerra.
Ele detalha que as pessoas enquadradas como excesso não têm um destino certo, podendo ser transferidas para qualquer outra cidade e estado.
O projeto de reestruturação prevê fechamento de 112 agências no Brasil. Na segunda-feira (8), o BB comunicou que mais de 5,5 mil funcionários já aderiram aos programas de desligamento voluntário da empresa no País, lançados em janeiro.
De acordo com o Sindicato, ao todo, as medidas devem afetar 150 mil pessoas, entre clientes e população em geral nessas localidades.
Procurado, o Banco do Brasil informou, por meio de nota, que comunicou prontamente os sindicatos da reestruturação e “colocou-se à disposição das entidades sindicais para prestar os esclarecimentos necessários”. No entanto, o banco não se pronunciou sobre quantas e quais agências no Ceará serão afetadas. A instituição também ressalta que os clientes serão comunicados com antecedência sobre qualquer mudança.
O BB justifica as modificações com base no “aumento do comportamento digital de seus clientes”. Segundo o banco, desde 2016, vem havendo “significativa redução nas transações em guichês de caixa (-42%), enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo período e já responde por 86% das transações, junto com o internet banking”.