Muitas empresas ainda estão com seus funcionários em home office devido a pandemia, e outras tantas já anunciam que permaneceram por mais três a cinco meses com equipes administrativas trabalhando remotamente. Com isso, o que se tem visto no mercado é que as empresas estão devolvendo escritórios e espaços comerciais. Um dos principais pontos ressaltados é que o home office trouxe economia com aluguéis e manutenção.
O Banco do Brasil, por exemplo, anunciou no início do mês que vai devolver 19 de seus 35 edifícios de escritórios em sete capitais e no Distrito Federal, com economia estimada em R$ 1,7 bilhão em 12 anos.
Desde 2019, o BB estuda redesenhar os espaços corporativos, utilizando espaços amplos ao invés de várias salas fechadas. A ideia é otimizar os espaços e isso tem sido implantado através do Programa Flex. “O Flex é preparar os espaços para o futuro, promover uma otimização de trabalho e dar flexibilidade às equipes. São ambientes planejados para isso, com salas de conferências menores para reuniões online, é toda uma gestão de tecnologia envolvida baseada na metodologia de um prédio inteligente, sem paredes entre equipes e gestores”, explica Cibele Vale, assessora da Diretoria de Gestão de Pessoas do BB.
Muito dessa flexibilização dos espaços atenderá também, em alguns momentos, os funcionários que trabalharão em home office. No BB, cerca de 30% dos funcionários vão continuar a atuar parcialmente de casa mesmo depois da pandemia.
Em entrevista recente o vice-presidente corporativo do BB, Mauro Ribeiro Neto, afirmou que a redução dos espaços será profunda e vai afetar as grandes áreas corporativas do BB, e que por hora não será aplicado a agências ou a pequenos escritórios espalhados pelo País. “Vamos nos concentrar nas lajes de maior porte, que permitem uma aplicação maior do escritório de conceito aberto (…) A medição de produtividade por permanência no escritório é coisa do passado. Precisamos deixar isso para trás”, diz o executivo.