Os bancários do Banco do Brasil estão denunciando um problema causado pela falta de normativo específico para a disponibilização do sistema para realizar o trabalho de forma remota, o VPN. No início da pandemia, o banco viabilizou para alguns funcionários a ferramenta VPN.
Já para os que coabitam ou fazem parte do grupo de risco, o BB passou a exigir que os bancários usem as férias adquiridas, as por adquirir e mais os abonos disponíveis antes de propiciar a ferramenta de trabalho.
Como não existe uma previsão normativa padronizando a conduta para autorizar o VPN, cada agência tem tomado uma decisão diferente, o que gera uma disparidade e penaliza mais uns funcionários que outros. Por exemplo, algumas unidades disponibilizaram a ferramenta para o funcionário que antecipou as férias adquiridas para este ano, outras, exigem a antecipação de férias ainda não adquiridas para ter acesso.
“Uma instituição bicentenária – de abrangência nacional, com atuação em vários países, com ativos em bolsa de valores e que tem mais de 90.000 funcionários – não pode condicionar o acesso à ferramenta de trabalho remoto a antecipação de férias que nem foram adquiridas, sem nenhuma negociação com os representantes da categoria e sem existir uma previsão normativa para isso. Num total desrespeito e tamanho absurdo, o BB ainda opta pela obscuridade na tomada de decisões sobre a vida e o trabalho dos seus funcionários sem nenhum diálogo com o Comando Nacional”, considera Leonardo Viana, presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.