O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, descumpriu o código de ética ao atacar prefeitos e governadores na tentativa de defender o presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que “governadores e prefeitos impedem a atividade econômica e oferecem esmolas, com o dinheiro alheio, em troca”.
Novaes descumpriu pelo menos quatro artigos do código de ética, que ele próprio aprovou. Criou constrangimentos e prejuízos à imagem do banco. Fez ofensas e caluniou justamente quem ele chama de parceiros. Contrariou a norma que prevê respeito a convicções ideológicas.
Veja os artigos desrespeitados:
- Devemos prevenir constrangimentos e prejuízos à imagem do Banco e do próprio funcionário.
- Desautorizamos iniciar ou divulgar, em qualquer meio — interno ou externo — críticas ofensivas à honra ou calúnias que exponham a imagem do BB ou de qualquer de nossas áreas
ou funcionários. - Somos parceiros do poder público na implementação de políticas, projetos e programas socioeconômicos voltados para o desenvolvimento sustentável do Brasil e dos países em que atuamos.
- Devemos estabelecer, independentemente de convicções ideológicas individuais, relacionamento cortês com o poder público brasileiro e com o dos países em que atuamos.
Novaes é considerado, dentro do governo, um dos mais radicais críticos das políticas de intervenção do Estado na economia. Neste momento, porém, toda a cartilha liberal do governo está sendo rasgada para atender às demandas da sociedade a fim de conter os estragos do novo coronavírus na economia.