O Banco do Brasil prevê crescimento de 10% no lucro em 2020, disse o vice-presidente de finanças e de relações com investidores da instituição, Carlos Hamilton, em reunião com analistas nesta quinta-feira. O lucro do BB em 2019 deve chegar a R$ 18,5 bilhões, de acordo com as previsões do início deste ano.
Em 2020, a receita líquida será impulsionada por empréstimos ao consumidor e menores despesas com provisão para perdas com empréstimos, enquanto a receita de tarifas aumentará em linha com a inflação, disse o presidente-executivo, Rubem Novaes.
Ainda assim, é provável que sua carteira de empréstimos total apresente um crescimento leve, uma vez que os empréstimos corporativos deverão cair por mais um ano, pois o BB vê grandes empresas levantando dinheiro no mercado de capitais.
O BB anunciou recentemente uma joint venture com o UBS em banco de investimentos. Novaes disse que ela deve começar a atender clientes até junho.
Novaes afirmou que a aprovação pelo Conselho Monetário Nacional de um teto no juro cobrado no cheque especial em 8% ao mês terá impacto negativo no lucro do banco, mas não deve ser “tão grande”.
Na véspera, o CMN aprovou resolução que limitou as taxas de juros nas linhas de cheque especial, mas permitiu que os bancos cobrem taxas mensais pelos limites estendidos.
O BB está considerando contratar uma empresa de consultoria para revisar sua estratégia no negócio de processamento de cartões, que inclui uma participação na Cielo.
Novaes disse que o banco não está de olho na venda de sua participação na Cielo por enquanto, mas que não tem certeza se o Bradesco, seu parceiro na Cielo, tem a mesma visão estratégica de longo prazo para o processador de cartões.