O secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, Salim Mattar, afirmou hoje que a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a Petrobras não serão privatizadas pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo ele, essa é uma decisão do presidente Jair Bolsonaro, que é favorável as privatizações e a redução do tamanho do estado. “Caixa, Petrobras e Banco do Brasil não está no nosso mandato para privatização”, disse.
Mattar ainda afirmou que as eventuais divergências que existiam entre ministros do governo sobre a venda de estatais não existem mais. Em entrevista nos primeiros meses de governo, o secretário declarou que encontrou resistência de ministros para vender algumas estatais.
“Há um alinhamento entre os ministros. Hoje está claro que o candidato eleito Jair Bolsonaro, com 57 milhões de votos e 55% dos eleitores [votos válidos], teve um mandato garantido pelo povo. Todos disseram que queriam reduzir o tamanho do estado. Decorridos esses meses, os ministros estão alinhados”, disse.
Além de definir que estatais não serão vendidas, o secretário especial de Desestatização afirmou que o governo já mapeou as empresas públicas que dependerão de autorização do Congresso Nacional para serem vendidas. Entre elas, estão os Correios, a Casa da Moeda e a Eletrobras.
Ao deixar uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que é favorável à privatização da Eletrobras e Correios. Entretanto, ele declarou que a eventual venda da Petrobras não é uma unanimidade na sociedade e no Legislativo.
“Não consigo responder de forma genérica sobre privatizações. Sou a favor da privatização da Eletrobras. Acho que o custo da administração da Eletrobras prejudica muito o Estado brasileiro. Isso acaba gerando prejuízo à sociedade. Esse é um caso importante”, destacou.